Comentários Lição 01 – O santuário celestial (Prof. Sikberto Marks)

28 Set. a 05 de Out de 2013

Verso para memorizar: “Ouve Tu nos Céus, lugar da Tua habitação, a sua prece e a sua súplica e faze-lhe justiça” (I Reis 8:49).

Introdução de sábado à tarde
Onde mora DEUS (Trindade)? Pela Bíblia sabemos que Ele mora num Tabernáculo, um lugar de adoração, de reverência, e ali, no lugar santíssimo, está o Seu trono. Sabemos que ali estão os Dez Mandamentos originais da Lei de DEUS, dentro de uma arca. Este é o lugar de onde emana amor para todo o Universo. Esse é o lugar mais poderoso do Universo, onde existe a capacidade de criar vida, de ressuscitar mortos, de julgar com retidão e de retribuir conforme os atos e possíveis arrependimentos, de um modo justo e verdadeiro, sem que se cometa o menor resquício de favorecimento aos salvos ou de exagero na pena ou na absolvição. Mesmo na condenação final, um anjo, representando a todos, declarará: “Declara o anjo de Deus: “Justo és Tu, ó Senhor, … porque julgastes estas coisas” (Apoc. 16:2, grifo meu).

  1. 1.      Primeiro dia: A habitação de DEUS
DEUS, que é eterno – existiu desde sempre, e existirá sempre, e com Ele existirão para sempre aqueles que O amam, pois Ele também os ama – não necessita de um lugar de habitação. Afinal, pelo que sabemos, DEUS criou todas as coisas que existem, só não criou a Si mesmo, porque vem da eternidade. Então, pelo que se pode deduzir em nossos fracos raciocínios, deve ter havido um tempo em que só existia DEUS, mais nada e mais ninguém.
O que será que DEUS criou primeiro? Seguindo o mesmo raciocínio, que é contestável, certamente, Ele deve ter criado em primeiro lugar, a Sua habitação, Seu santuário, onde mais tarde, criaturas feitas por Ele, O viessem adorar, isto é, amar.
O moto central do governo de DEUS é o amor. DEUS, Ele mesmo, é amor. E esse é o motivo original de Sua criação e de como Ele Se comporta. É a única explicação para que JESUS, membro da Trindade, viesse à Terra, em situação humilhante, morrer por nós, porque nos tornamos pecadores e mortais.
Esse raciocínio ainda leva a se considerar a possibilidade de DEUS não ter necessidade de morar em algum lugar definido, mas, por causa das criaturas, tem um lugar onde habita, e para onde se dirigem os seres inteligentes. Ele tem uma sede, com uma cidade capital, um palácio, isto é, um tabernáculo e Seu trono. Para O servir, Ele criou milhares de seres inteligentes, e é interessante notar que Ele não necessita ser servido. Ele é servido como uma demonstração de amor por parte dos que O servem. É, entre nós, inimaginável como ocorre a relação de amor entre DEUS e Suas criaturas, pois nós temos uma natureza pecaminosa. O Criador tem um lugar onde Ele mora por um motivo muito especial: como disse o sábio Salomão, a fim de que para lá se dirigissem todos para adorá-Lo. O Seu lugar, afinal, é a nossa casa de adoração, de vida eterna, de felicidade absoluta. É o lugar de onde emana o amor de DEUS e para onde aflui nossa gratidão, eternamente. Maravilha de lugar! “Mas verdadeiramente habitará Deus com os homens na Terra? Eis que o Céu e o Céu dos Céus não Te podem conter, quanto menos esta casa que tenho edificado. Atende, pois, à oração do Teu servo, e à sua súplica, ó Senhor meu Deus, para ouvires o clamor, e a oração que o Teu servo ora perante Ti. Que os Teus olhos estejam dia e noite abertos sobre este lugar, de que dissestes que ali porias o Teu nome, para ouvires a oração que o Teu servo orar neste lugar. Ouve, pois, as súplicas do Teu servo, e do Teu povo Israel, que fizerem neste lugar; e ouve Tu do lugar da Tua habitação, desde os Céus; ouve, pois, e perdoa” (I Reis 27-30).
Para os pecadores, o lugar de habitação de DEUS é fonte de esperança para o retorno à vida eterna, para aqueles que nunca se perderam porque nunca pecaram, e que certamente não estão aqui entre nós, para estes esse lugar é fonte de amor eterno e perfeito.

  1. 2.      Segunda: Sala do trono
O lugar do trono é lugar de justiça, de juízo, de graça e de verdade. Ali estão os Dez Mandamentos, que resumem em dez itens, como se ama a DEUS e como se ama o próximo, a partir de nossos pais. São os mandamentos que infelizmente menos fazem parte em nosso mundo, castigado pela discórdia, violência, imoralidade e corrupção. Faltam os Dez Mandamentos.
Esses mandamentos, que são o centro da justiça divina, se resumem em dois: amar a DEUS e amar o próximo, que, portanto, se resumem em um só: amor a todos.
O amor é o princípio geral do governo de DEUS. Portanto, se a Ele nos dirigimos, a lógica deve ser esse amor, isto é, seremos atendidos conforme essa lógica. É isso que simboliza o trono de DEUS, ou melhor, é assim que Ele governa a todos.
Nós, aqui na Terra, estamos diante de DEUS numa situação especial. Somos vistos por DEUS como seres para resgatar do pecado para o amor. Nós aqui nem sabemos direito o que afinal é amor, temos pelo menos uma pálida ideia. Sabemos, por exemplo, que o amor é bom, e que é capaz de morrer por nós.
Outra coisa bem importante que devemos constatar ao meditarmos sobre o trono de DEUS é que ali está o Ser que pode tudo. Lá está a fonte de todo o poder no Universo. Lá está Quem tem todo o poder, que é capaz de saber o que se passa em todas as mentes das criaturas, que é capaz de estar presente em todos os lugares. E não fosse assim, DEUS não seria capaz de governar esse imenso Universo, que talvez seja infinito. O Universo é um gigante, e DEUS é maior e mais capaz que todas as forças e inteligências que se encontram no Universo. E se DEUS não tivesse as capacidades que Ele tem, o Seu governo não poderia ser de amor, pois dependeria de testemunhas e informantes para colocá-Lo a par do que acontece no Universo afora. E DEUS tem essas testemunhas, mas não necessita delas. Elas existem para confirmar a todos que DEUS já sabia e que é justo e retoAs testemunhas de DEUS, e delas fazemos parte, tem uma lógica: atestar a todos, bons ou maus, de nosso planeta ou do restante do Universo, que DEUS age por amor. E isso é tudo!

  1. 3.      Terça: Adoração no Céu
O que afinal é adoração? E porque as criaturas devem adorar a DEUS? Essas perguntas são simples e fáceis de responder. Se conhecemos a DEUS, saberemos que Ele é um Ser social, que cria criaturas para poder amar e fazer o bem a elas. Isso Ele, que é Criador, reproduziu, por exemplo, nos seres humanos, que nascem, crescem, casam e que querem ter filhos para amar. Na normalidade; porque hoje as coisas estão saindo da normalidade, as criaturas tem para amar seus pais, um ao outro quando se casam e tem para amar os filhos a partir da geração. E esse amor vem de DEUS, por isso amam em primeiro lugar a fonte do amor. Se não mantiverem o relacionamento prioritário de amor com DEUS, também não saberão como amar o próximo. É isso que acontece em nosso mundo castigado pelo pecado e pelo ódio. Vem só, estamos outra vez num rumor de guerra, envolvendo a Síria, Estados Unidos e outras nações (escrevi isto em 5/9/2013).
Há dois modos de relacionamento por parte de DEUS com Suas criaturas. Um é o modo como Ele Se relaciona com os que nunca pecaram; outro modo é com os pecadores. Os primeiros não precisam ser salvos, mas precisam ser protegidos para que não se tornem também pecadores. Nós, que infelizmente pecamos, precisamos ser salvos, coisa que os outros não necessitam. Mas o princípio geral do governo de DEUS é um só: o amor.
Detendo-nos no amor de DEUS por nós, em como Ele Se relaciona conosco, podemos visualizar o Senhor JESUS CRISTO, em pé, diante do trono do DEUS Pai, intercedendo pela vida de cada um de nós, pecadores. E se orarmos a DEUS, podemos visualizar o ESPÍRITO SANTO traduzindo nossas imperfeitas palavras e frases em gemidos inexprimíveis diante do DEUS Pai.
Hoje, o centro das atenções no trono de DEUS é a atividade do Cordeiro, o Senhor JESUS CRISTO. O Universo inteiro está observando, e nós aqui na Terra nem tanto, porque somos desligados de tudo o que mais nos interessa: a atividade do Cordeiro. Ele faz ali o que aqui na Terra fazia o sumo sacerdote, no dia da expiação. Ele intercede por nós junto a DEUS Pai, isto é, toda vez que aparece um pedido de perdão, traduzido pelo ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO vale-se de Seu sacrifício para oferecer a esse pedido o perdão, pelos méritos que só pertencem a Ele, a mais ninguém, nem mesmo ao Pai e nem ao ESPÍRITO SANTO, e muito menos a algum ser humano.
Vendo as coisas por este ângulo, então sim, entendemos o que é adoração: é um tributo de agradecimento a DEUS, porque nos criou e em JESUS CRISTO nos salvou. Nós, terrestres, temos dois motivos de adoração: a criação e a salvação. Os demais seres não caídos só tem por motivo de adoração a criação. Mesmo assim, bem que gostaria de ser um deles.
“Nosso Deus é um terno e misericordioso Pai. Seu serviço não deve ser considerado como um exercício penoso e entristecedor. Deve ser uma honra adorar o Senhor e tomar parte em Sua obra. Deus não quer que Seus filhos, para quem preparou uma tão grande salvação, procedam como se Ele fosse um duro e exigente feitor. É seu melhor amigo, e espera que, quando O adorem, possa estar com eles, para os abençoar e confortar, enchendo-lhes o coração de alegria e amor. O Senhor deseja que Seus filhos encontrem conforto em Seu serviço, achando mais prazer que fadiga em Sua obra. Deseja que aqueles que O buscam para Lhe render adoração, levem consigo preciosos pensamentos acerca de Seu cuidado e amor, a fim de poderem ser animados em todas as ocupações da vida diária, e disporem de graça para lidar sincera e fielmente em todas as coisas” (Caminho a CRISTO, 103).

  1. 4.      Quarta: Sala do tribunal
DEUS observa e atenta para o que se passa no Universo, e também aqui na Terra. Ele governa com absoluta justiça, seja sobre o contexto de pecado terrestre, seja no contexto de pureza do restante do Universo. Aqui Ele julga com retidão, e cada coisa a seu tempo, no devido tempo, irá retribuir aos bons pelo seu arrependimento, e aos maus pelos atos dos quais não se arrependeram. Aos que se arrependeram, dará como recompensa, a vida eterna de volta; aos que se mantiverem rebeldes, não dará de volta a vida eterna, mas, como sendo uma opção consciente deles, os exterminará para sempre. Infelizmente terá que proceder assim, pois não pode permitir que o mal persista eternamente. Esse é Seu ato estranho, é incoerente com o amor, mas tem que ser feito.
A história da humanidade envolve uma sucessão de atos de DEUS, aqui na Terra. Primeiro veio o pecado, uma sucessão de injustiças, e depois, só no final, vem o juízo. Já estamos em tempo de juízo, desde 1844. É a fase investigativa. Tempo em que os justos serão julgados para ver se são justos mesmo. Isso implica no seguinte: não que eles tiveram uma vida sem pecado, mas que se arrependeram e que a justiça de CRISTO, demonstrada na cruz, lhes foi atribuída. Se em sua vida houver o sangue de CRISTO, assim como nas portas do povo de DEUS na saída do Egito, eles serão considerados puros assim como CRISTO foi ser humano puro e venceu.
Antes da execução, durante o milênio haverá uma fase em que os livros estarão à disposição dos salvos para investigarem a respeito das razões da condenação dos outros. Depois vem a faze executiva, quando os justos forem levados para o Céu, e os ímpios forem condenados a extinção. “O mundo ímpio todo acha-se em julgamento perante o tribunal de Deus, acusado de alta traição contra o governo do Céu. Ninguém há para pleitear sua causa; estão sem desculpa; e a sentença de morte eterna é pronunciada contra eles” (O Grande Conflito, 668).

  1. 5.      Quinta: Lugar de adoração
“Foi-me mostrado que toda igreja entre nós necessita das profundas atuações do Espírito de Deus. Oh! haveríamos de dirigir os homens para a cruz do Calvário. Recomendaríamos que olhassem para Aquele que foi traspassado por seus pecados. Recomendaríamos que contemplassem o Redentor do mundo sofrendo a penalidade da transgressão da lei de Deus por eles. O veredicto é: “A alma que pecar, essa morrerá.” Ezeq. 18:4. Mas na cruz o pecador vê o Unigênito do Pai morrendo em seu lugar e dando vida ao transgressor. Todos os seres na Terra e no Céu são convidados a ver que grande amor nos tem concedido o Pai, ao ponto de sermos chamados filhos de Deus. Todo pecador pode olhar e viver. Não observeis a cena do Calvário de maneira descuidada e irrefletida. Dar-se-á o caso de que os anjos, ao olharem para nós, os recipientes do amor de Deus, notem que somos frios, indiferentes e insensíveis, quando o Céu contempla com assombro a estupenda obra de redenção para salvar um mundo caído, e deseja devassar o mistério do amor e da aflição do Calvário? Os anjos olham com admiração e assombro para aqueles em cujo favor foi provida tão grande salvação, e se admiram de que o amor de Deus não os desperte, incentivando-os a emitir melodiosos acordes de gratidão e adoração. Mas o resultado que todo o Céu almeja contemplar não é visto entre os que professam ser seguidores de Cristo. Com que facilidade proferimos palavras afetuosas acerca de nossos amigos e parentes; e, no entanto, como somos remissos em falar dAquele cujo amor não tem paralelo, manifestado em Cristo crucificado entre vós!” (Fundamentos da Educação Cristã, 197 e 198).

  1. 6.      Resumo e aplicação – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
a)      Síntese dos principais pontos da lição
  • Qual o foco principal?
O foco da lição desta semana é o santuário celestial como morada de DEUS e como fonte de todo o amor no Universo, e também o lugar onde podemos ser perdoados. Isso nos diz que o santuário celestial é o centro do Universo, onde está o Criador e para onde as criaturas podem dirigir suas atenções a fim de viverem com felicidade.
  • Quais os tópicos relevantes?
Os mais relevantes, para nós seres terrestres, são a possibilidade de sermos perdoados e de recebermos de volta a vida eterna bem como a perfeição. Como poderíamos hoje, nas condições em que nos encontramos, entender tão grande favor por nós, se nem mesmo entendemos bem a nossa situação assim como não discernimos direito o grande amor de DEUS por nós?
  • Você descobriu outros pontos a acrescentar?
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b)      Que coisas importantes podemos aprender desse estudo?
Que existe um santuário onde DEUS habita, lá está o trono do Universo, e ali estão os Dez Mandamentos bem como ali se faz justiça verdadeira. Ali é o lugar de onde vem a graça a todos aqueles que a desejam. É um lugar onde a verdade tem valor, e de onde emana amor a todos os seres do Universo.
  • Que aspectos posso acrescentar a partir do meu estudo?
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c)       Que providências devemos tomar a partir desse estudo?
Por essa lição, entendemos que devemos adorar a DEUS por meio de verdadeiro louvor, assim como Ele estabeleceu, não como nós achamos ou imaginamos que é louvor. Muitas vezes o nosso louvor é um tributo àquele que presta louvor. Esse não está louvando, está buscando se engrandecer.
  • O que me proponho a reforçar, se for bom, ou mudar se for mau, em minha vida?
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d)     Comentário de Ellen G. White (grifos acrescentados)
“A alma pode ascender para mais perto do Céu nas asas do louvor. Deus é adorado com hinos e músicas nas cortes celestes, e, ao exprimir-Lhe a nossa gratidão, estamo-nos aproximando do culto que Lhe é prestado pelas hostes celestes. “Aquele que oferece sacrifício de louvor Me glorificará.” Sal. 50:23. Cheguemos, pois, com reverente alegria a nosso Criador, com “ações de graças e voz de melodia”. Isa. 51:3” (Caminho a Cristo, págs. 103 e 104).

e)      Conclusão geral
Tenhamos em mente que DEUS existe, Ele é amor, nós somos pecadores, e necessitamos dEle para nos salvar. Existe um lugar no Universo onde DEUS ministra, é Seu santuário, onde está o Seu trono. Ali ocorre o julgamento da raça humana, agora para saber quem será salvo, depois, para saber qual será a sentença dos que se perderam.
  • Qual é o ponto mais relevante a que cheguei com este estudo?
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