Frases #53

“Somente Deus vê o coração e somente o coração vê a Deus”

Thomas Manton

Frases #52

"Se você acha que é terrível morrer sem a companhia de Deus, como gosta de ir a ambientes que Deus acha terríveis?"

C. H. Spurgeon

Comentários Lição 5 - Criação e Moralidade (Prof. Sikberto Marks)

de 26 de Janeiro a 2 de Fevereiro de 2013

Verso para memorizar: “O Senhor DEUS lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gên. 2:16, 17).

Introdução de sábado à tarde
O ser humano foi criado à imagem e semelhança do Criador. Isso quer dizer, tem capacidade de tomar decisões de modo complexo. Os animais também decidem, mas com eles é diferente de como decidem os seres humanos racionais. Nós, à semelhança de DEUS, somos capazes de decidir e de avaliar as repercussões das decisões. Por exemplo, se decidimos fazer uma viagem, somos capazes de planejar essa viagem para que ela seja a melhor, de providenciar o que for necessário para que tudo dê certo; somos capazes de decidir a velocidade do automóvel para evitar o quanto possível os acidentes; somos capazes de saber que devemos revisar o automóvel, e assim por diante.Sabemos que decisões têm consequências e temos poder para antecipar essas consequências e decidir para obter resultados favoráveis e evitar resultados indesejáveis.
Portanto, o ser humano deve responder pelo que decide. Se sabemos, por exemplo, que dirigir embriagado é perigoso, que pode resultar em acidente, e inclusive coloca em risco a vida, então, se agirmos assim, devemos responder com alguma punição. Ou seja, nem seria necessário haver alguma lei proibindo dirigir embriagado. Seres racionais deveriam saber que isso é imprudência. Mas o ser humano afastou-se de DEUS, e já não tem mais boa noção das consequências de seus atos. E o afastamento vem aumentando, portanto, se não houver leis severas e fiscalização contínua, as pessoas simplesmente dirigirão embriagadas pensando que com elas nada acontece. Chegamos a uma situação tão degenerada quanto à nossa capacidade de tomar decisões que tendemos a quase sempre decidir errado, com consequências negativas prontas a se manifestarem.
Assim sendo, somos seres morais, isto quer dizer, temos a capacidade, por criação, de antecipar os efeitos de nossas decisões e atos. Mas, degenerados como ficamos pelo efeito do pecado, muitos seres humanos, a maioria, só focam no que fazem, não nos efeitos. Muitos só focam em seus supostos direitos, mas não mais nos deveres nem nas consequências das suas ações. Estamos, como raça humana, perdendo a originalidade à imagem e semelhança do Criador. É por isso que o mundo vai de mal a pior.
Contudo, nós, os que estamos na igreja verdadeira, ao menos muitos de nós, estamos procurando ser transformados pelo poder do ESPÍRITO SANTO, nos tornando mais semelhantes a JESUS, voltando à originalidade de seres morais capazes de avaliarem seus atos e as repercussões. Estes estão no caminho da salvação.


  1. 1.      Primeiro dia:  Nossa dependência do Criador
Há diferenças entre os seres humanos e os animais. Somos parecidos com o Criador e somos seres morais, que devem ter capacidade de avaliar os resultados dos seus atos. Por isso também os seres humanos devem responder por atos que criam problemas à natureza, aos animais, aos outros seres humanos e ao próprio que agiu de forma incorreta. A conduta dos animais depende do exemplo do ser humano. Quando Adão e Eva foram criados, havia um perfeito equilíbrio em toda a criação, e esse equilíbrio se manteria perpetuamente caso o primeiro casal e seus descendentes se mantivessem fiéis ao padrão moral instituído por DEUS. Os seres morais têm algo que os demais não possuem: consciência ética, que se encontra no caráter. São capazes de seguir princípios de vida de modo livre e consciente. Por meio desses princípios são capazes de distinguir entre as decisões convenientes e as inconvenientes. Portanto, os seres humanos tem algo que DEUS também tem: a capacidade de agir livremente e de manter essa ação sempre em harmonia com tudo o mais que existe. Este é o princípio de servir, não de ser servido!
Isto se perdeu com a entrada do pecado. O ser humano agora tem bem mais propensão a agir de modo inconveniente, pensando mais em si mesmo que nos outros. Agora quer levar vantagem, ganhar mais, tomar do outro, dominar sobre o outro. Isso nada tem a ver com a imagem e semelhança a DEUS, mas sim, a satanás. O trabalho do ESPÍRITO SANTO é nos recriar gradativamente, segundo desejarmos, como seríamos se nunca houvéssemos pecado. Então seremos verdadeiros cidadãos do Reino de DEUS, capazes de amar o próximo como a nós mesmos.
No princípio, ainda no Jardim do Éden, o casal foi submetido a um teste que só se poderia aplicar a seres morais. Eles receberam total liberdade de comer dos frutos de todas as árvores, menos de uma delas, chamada de “árvore do conhecimento do bem e do mal”. Não havia nada de especial e de tentador nesta árvore, senão que não devessem comer dela. Ela não os atrairia por algum aroma, ou por alguma atração forte que devessem resistir; era para simplesmente não comer e isso era tudo.Mas o que havia de especial estava em Adão e Eva, a demonstração da capacidade de obedecer a uma ordem do Criador, obedecer porque O amavam.
A situação era a seguinte: Eles foram criados seres morais, isto é, com livre arbítrio que possuíam conhecimento sobre os efeitos de seus atos. Sabiam perfeitamente que sua vida dependia de sua relação de amor com o Criador, que lhes proveria uma boa relação de amor entre eles, homem e mulher. Assim teriam condições de vida eterna e feliz. Só com amor vale a pena viver sempre. Aliás, sem amor não se vive por muito tempo, cada dia se morre um pouco mais, até que o corpo não suporte mais, então tudo acaba. Assim como a vida veio de DEUS, do mesmo modo, um ser criado, para continuar vivendo, precisa estar ligado a DEUS, para continuar recebendo dEle a vida. A vida se origina somente em DEUS, seja para o início da vida, seja durante todo o tempo em que se vive. Assim sendo, sem DEUS ninguém vive plenamente, apenas por um tempo, enquanto envelhece para morrer.
Se para se viver há dependência de estar ligado a DEUS, porque dEle vem a vida de cada ser criado, para morrer basta se desligar de DEUS. E o desligamento só pode ser feito por separação da criatura com o Criador, e esta separação só há uma maneira de se obter, por algum tipo de desobediência à Sua vontade, que sempre é boa e favorável a uma vida feliz. No caso de Adão e Eva havia apenas uma maneira deles se separarem da fonte de vida, comer daquela árvore. É que eles desconheciam qualquer outra maneira. Se no Éden vivessem alguns seres humanos de hoje, logo inventariam muitas outras maneiras de se tornarem mortais, como por exemplo, inventar uma mentira, ou não santificar o dia de sábado, cortar árvores, atirar uma pedra num animal, etc. Mas Adão e Eva não sabiam inventar tais coisas, tinham, portanto, somente como opção de desobediência comer daquele fruto proibido. Era esta a sua única opção de comprovação de que eram seres morais, capazes de avaliar seus atos e de escolher entre algo bom e algo ruim.
Como descendentes de Adão e Eva, sabemos, com muita dor, o efeito da escolha feita por eles, naquele trágico dia. Como seres inteligentes e morais, hoje, deveríamos ser capazes não apenas de avaliar nossos atos futuros, mas também de entender os atos passados, e entender seus efeitos, muitos dos quais nós mesmos estamos sofrendo. Quase é de se perguntar: será que a raça humana já não se distanciou demais para entender a razão de nosso sofrimento? Certamente não, pois se assim fosse, a porta da graça já se teria fechado. Se ainda DEUS permite a pregação do evangelho é porque nesse mundo ainda nem tudo está perdido.

  1. 2.      Segunda: A imagem de DEUS
Toda a natureza foi criada segundo um plano e cada planta ou criatura tem uma estrutura física definida bem como um comportamento estabelecido. Cada um faz o que lhe foi planejado pelo Criador. Com o ser humano é diferente. Foi criado à imagem e semelhança de DEUS, do próprio Criador. E isso quer dizer o quê?
Ser conforme a imagem e semelhança do Criador quer dizer que temos os traços físicos bem parecidos com os do Criador e que temos um comportamento intelectual como Ele. Temos o que o Criador também tem, mas nós somos limitados enquanto Ele é ilimitado. Vamos a alguns exemplos, além dos traços físicos.
Somos capazes de planejar para depois executar;
Somos capazes de seguir princípios de vida e de amor;
Somos capazes de trabalhar com base no que planejamos;
Somos capazes de avaliar os efeitos de nossos atos;
Somos capazes de refletir sobre todo tipo de assunto e de chegar a conclusões;
Somos capazes de amar e de receber amor, isto quer dizer, de estabelecer um relacionamento construtivo;
Somos capazes de aprender indefinidamente e de aperfeiçoar nossas capacidades intelectuais;
Se DEUS é capaz de criar vida nós somos capazes de gerar vida;
Somos capazes de estudar e de entender o funcionamento da natureza e de descobrir as suas leis;
Atenção, estas capacidades, e ainda outras, estão se perdendo rapidamente nestes últimos dias, na medida em que os humanos se distanciam de DEUS.
Portanto, a partir destas capacidades dadas por DEUS, os vegetais e os animais dependem do ser humano para existirem. Como aqui entrou o pecado, essas capacidades, acima, que DEUS nos deu, e mais outras, foram ao longo do tempo se degenerando. Hoje, apesar de por um lado a ciência ter-se desenvolvido, por outro lado, pela própria ciência o ser humano está destruindo o planeta. Essa é uma destruição física e moral. Da destruição física vemos os efeitos praticamente todos os dias, basta olhar para o clima. Quanto à destruição moral, vemos a sociedade sofrendo por causa da violência, da imoralidade, das drogas, da criminalidade, do terrorismo, das guerras, da corrupção, etc. Vemos a destruição da família por outros costumes estranhos aos motivos da criação. Tornando-se o ser humano cada vez mais avesso ao casamento entre homem e mulher, até os animais já vem fazendo o mesmo. De um modo muito poderoso toda a natureza depende do comportamento dos humanos, assim como estes dependem do comportamento de DEUS. DEUS continua o mesmo, mas o homem, rebelado, somente alguns poucos permitindo a transformação, desligou-se da fonte da vida e da moralidade, e eis os resultados em todos os lugares. Nem a natureza não suporta mais a ação irresponsável dos seres humanos. Nós, os que queremos ser salvos, devemos ter consciência da necessidade da transformação para o que seríamos se nunca tivéssemos pecado, outra vez à imagem e semelhança do Criador.

  1. 3.      Terça: Feitos do mesmo sangue
DEUS criava pelo poder de Sua palavra. Assim fez a luz, preparou os mares, os continentes e a atmosfera, plantou as ervas e as árvores, criou os pássaros, os peixes e os animais. Mas o homem e a mulher Ele fez diferente. O homem Ele moldou com Suas mãos com os elementos da terra e depois soprou de Seu próprio fôlego em seu nariz, e este passou a ser alma vivente. O que significa esse modo de DEUS criar o homem? Significa carinho, amor, intimidade. DEUS Se identifica com o homem; este é a Sua imagem e semelhança. Foi com as mãos, detalhe por detalhe que o grande Artista revelou Sua perícia e poder, mas também Seus sentimentos.
Depois de algumas horas, DEUS decidiu pela última parte de Seu trabalho de criação – Ele foi fazer a mulher. Fez Adão cair em profundo sono, como seria hoje a anestesia, e lhe fez uma cirurgia tirando uma costela de seu lado esquerdo. Preencheu aquele lugar como jamais outro seria capaz, deixando-o intacto. Aquela costela com um pouco de carne tinha vida, a vida era Adão, e viera de DEUS, que a fez aumentar de tamanho e a transformou, por um processo diferente de tudo o que tinha feito até o momento, vindo a costela a ser um outro ser vivo, uma mulher. Podemos ter certeza que ela era linda como jamais se viu algo igual.
O que significava esta forma de DEUS agir para criar a primeira mulher? DEUS disse que ela era idônea ao homem, isto quer dizer, no mesmo nível intelectual. Portanto, nem ele e nem ela dominariam, mas estariam sempre em acordo e harmonia, isto é, a idoneidade lhes daria condições de um amar o outro. Atualmente não é mais bem assim. Em razão da entrada do pecado o homem passou a dominar sobre a mulher. Passou a valer mais a força física que a sabedoria do intelecto.
Atentemos bem para esse ponto vital do relacionamento. Ele não pode ser na base da força, mas a partir da inteligência e da capacidade de avaliar os atos. JESUS disse que nós deveríamos amar uns aos outros assim como nos amamos a nós mesmos. Isto quer dizer que a base para tudo na criação de DEUS é pensar e agir de tal maneira que sempre o resultado será felicidade em alguma outra pessoa. Por isso que JESUS disse que veio para servir, não para ser servido. A lógica divina da vida é que vivamos para fazer outros felizes, sempre!
Por esse motivo DEUS moldou o corpo de Adão e dele tirou uma parte de seu corpo e de sua vida para fazer a sua mulher. Ela é parte de sua vida, carne de sua carne, sangue de seu sangue, vida de sua vida. São, a rigor, dois seres, mas também um ser só pela intimidade do amor, que liga um casal de tal maneira que se tornam um em afetos e desejos de felicidade. Isso significa que a fórmula da felicidade está no amor, que por meio da intimidade do que DEUS chamou “uma só carne” se amam tanto que serão capazes de duas coisas incríveis e boas: uma gerar felicidade no outro, e os dois juntos, gerarem uma nova vida. Esta nova vida virá ao mundo para ser amada pelo casal, e assim se multiplica o amor, preenchendo a Terra toda.
Mas o que vemos como realidade? Não é nada disso. Vemos divisões, facções e competição. É por isso que o verdadeiro cristão, como não canso de escrever e falar, não ingressa em nenhum esquema que divide, como por exemplo, torcer por esse ou aquele time de futebol. Nada que divide é de interesse daqueles que verdadeiramente estão se preparando para serem salvos, pois eles passam aqui mesmo a viver como é o amor de DEUS. Nada deve interferir no bom relacionamento entre estas pessoas.
Mas o pecado cuidou para dividir as pessoas entre si. Hoje as pessoas, quando encontram um desconhecido, não o veem como irmão, filho da mesma mulher, Eva. As pessoas querem tirar as coisas umas das outras, querem fazer guerra, querem ser mais que as outras, e assim por diante. É evidente que assim não há condições do cultivo do amor, muito menos haverá felicidade. Por isso o ser humano procura coisas para passar o tempo, como baladas, festas loucas, esportes radicais, drogas, filmes horríveis, glutonaria, e muito mais. O ser humano precisa enganar a sua mente, pensando que é feliz. Mas nós, que aguardamos a segunda vinda de CRISTO já aprendemos que a vida deve ser bem diferente, e de fato, se somos autênticos, vivemos pelos princípios do amor que une, não pelos princípios da competição que divide.

  1. 4.      Quarta: O caráter do nosso Criador
O aspecto mais nobre de semelhança entre DEUS e nós é o caráter. Temos um cérebro no qual se forma a mente dos pensamentos e do conhecimento. Na mente DEUS nos dotou de uma capacidade especial, a de seguirmos princípios bons de vida. Um conjunto de bons princípios de vida formam o que se conhece por caráter, ou também, sabedoria. É a capacidade de fazer o bem sempre visando um bom propósito. O princípio mais nobre de caráter é o amor, aquela capacidade de servirmos aos outros para que sejamos bem sucedidos no conjunto. E esse é o princípio elementar para toda e qualquer sociedade com a finalidade de ser construtiva e ser feliz.
O amor sempre foca no outro, sempre tem por objetivo beneficiar o semelhante, mas nunca esquece a si mesmo. Pelo princípio geral do amor, o equilíbrio recomenda que se ame a todos, inclusive a nós mesmos, sempre na mesma medida. Tente imaginar um lar onde todos se amam e todos sempre estão predispostos a servirem aos outros. É impossível que num lar assim ocorra um desentendimento, pois desejam servir, não dominar. Onde entra o espírito de superioridade, de querer ser mais, de querer mandar nos outros, aí não pode haver harmonia; sempre haverá desconfiança e desentendimento. Por isso aqueles que verdadeiramente desejam viver na sociedade perfeita de DEUS, aqui mesmo deixam de lado todo espírito de dominação e de superioridade, pois estas coisas nada tem a ver com o caráter de DEUS.
Aliás, é bem fácil perceber quem tem realmente desejo de ser como DEUS no caráter ou de ser como satanás, que só quer dominar. Basta perguntar se torce por algum time, não importa se de futebol ou outro tipo de esporte. Se ele tem alguma predileção, não tem o caráter de DEUS, mas de satanás, pois querer ser mais que o outro nada tem a ver com ser semelhante a DEUS.
Como é o caráter de DEUS? Segundo os versos bíblicos selecionados pelo autor da lição, Ele faz vir o Sol e a chuva sobre todos indistintamente, bons e maus. JESUS morreu por todos, bons e maus. DEUS, a Trindade, serve a todos, indistintamente. A salvação está disponível a todos.
Já satanás é como os torcedores de futebol: ele tem seus prediletos e os demais ele detesta e persegue, se possível, mata. No sistema de satanás a coisa é terrível. Um bate no outro. Na Teoria do Evolucionismo dizem que o mais forte é quem vence (como no futebol, acho um contrassenso um adventista do sétimo dia ser fanático por jogo, e pior se for ministro do evangelho, que deveria ser exemplo). Eles dizem que na luta entre fortes e fracos é que as raças se purificam. Se tal coisa, absurda, fosse verdadeira, então a guerra não seria um mal, mas uma solução. Nesse caso, deveríamos tratar de desencadear logo a Terceira Guerra Mundial, pois com as armas poderosas que hoje existem, a raça humana melhoraria sensivelmente… Mas que coisa absurda é esse Evolucionismo!
O princípio do amor, desdobrado em Dez Mandamentos, é construtivo, mas o princípio de satanás, que é o ódio, é destrutivo. O impressionante é que satanás, astuto, conseguiu traduzir esse princípio no mesmo número de Mandamentos como DEUS fez. Apenas com algumas modificações, e fez uma mistura para enganar. Satanás sempre age assim: misturar muita coisa boa com alguma coisa má, e assim consegue levar multidões ao engano. Estas modificações estão no terceiro mandamento, o da idolatria, que caiu fora; o quarto mandamento que foi alterado do sábado para o domingo e o décimo, que foi fracionado em dois. Mas o que torna essas mudanças em princípio de satanás? Ora, não é difícil saber. O que essas mudanças provocaram foi a ruptura da vinculação de amor com DEUS para uma vinculação de escravidão a satanás. A idolatria e a santificação do domingo, o dia do não criador.
Mas os outros mandamentos não são bons? Sim, eles são bons, porém, estando as pessoas vinculadas ao princípio do ódio, de nada adianta dizer “não matarás” ou “não furtarás”, pois isso tudo, e outras coisas ruins mais, serão realizadas, porque o que domina é o princípio, não o mandamento. Isto quer dizer, se amamos, nem necessitaria estar escrito “não furtarás” ou “não dirás falso testemunho”, pois quem ama não faz isso em hipótese alguma.
Nós, servos de DEUS, que realmente almejamos a Nova Terra, onde reina o amor, devemos aqui mesmo formar caráter semelhante a JESUS. “O verdadeiro pesquisador que se esforça por ser semelhante a Jesus na palavra, na vida e no caráter, contemplará seu Redentor, e, pela contemplação é transformado à Sua imagem, porque almeja a mesma disposição de Espírito que havia em Cristo Jesus, e por ela ora” (Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 121 e 122).

  1. 5.      Quinta: Moralidade e responsabilidade
Somos feitos com consciência dos efeitos de nossos pensamentos e atos, e portanto, devemos responder por eles. Mas, por efeito da moderna educação, que deseduca, vemos hoje uma juventude que quer seguir seus desejos e não interessa se prejudica outras pessoas. Com poucas exceções os jovens atuais querem acelerar seus carros em alta velocidade, fazendo muito barulho, drogados ou bêbados. E ninguém deve se importar com isso. Querem equipar os carros com som poderoso e assim espalhar suas músicas para mais de mil metros de distância, eles mesmos prejudicando seu sistema auditivo. E não interessa se passam em frente a um hospital, escola ou igreja.
Só os jovens? Não, os adultos também. Há os que querem enriquecer a todo custo, seja roubando nos impostos, seja passando os clientes para trás, seja mentindo, seja fazendo alianças estratégicas sempre com interesses de levar vantagem de alguma maneira. E como brigam com o cônjuge! E como tratam mal seus filhos! Destroem a natureza e reclamam dos efeitos climáticos. E quando algo de ruim acontece com eles mesmos, e sempre é assim, DEUS é o culpado. Aprenderam isto de Adão e Eva: alguém outro sempre deve ter a culpa. Por fim, culpam a DEUS. Como se pode ter uma sociedade boa para se viver se as pessoas agem assim?
Quem tem a capacidade de antecipar as consequências de seus pensamentos e atos, pela lógica natural das coisas, deve também responder por essas consequências, assumindo sua responsabilidade pelo que acontece a partir delas. Por exemplo, dia 20/12/12 a Presidente do Brasil sancionou as novas regras da Lei Seca, que endurece o combate ao uso do álcool na direção por parte dos condutores de veículos automotores. No dia 24/12 soube de um grande acidente em Pernambuco entre um caminhão e uma vã, que transportava trabalhadores que iriam visitar seus familiares no natal. Vários morreram. Qual foi a causa do acidente? O motorista do caminhão estava alcoolizado. Ou esses motoristas respondem mesmo por seus atos, ou poderão dobrar mais uma vez as multas e pouca coisa irá melhorar; mortes por causa da bebida com álcool continuarão se sucedendo. Imagine uma lei assim: o motorista encontrado alcoolizado perde a carteira na hora, paga multa pesada para um fundo de amparo às vítimas desse tipo de motorista, e ele mesmo, deve pagar pelo menos parte dos tratamentos de suas vítimas. Tudo com certo equilíbrio para não castigar a família do mau motorista que geralmente também se torna vítima. E o principal, uma fiscalização eficaz e não corrupta, que prende e pune mesmo. Mas porque tanta dureza quanto à carteira de habilitação? Ora, simples: depois que ele provocou um acidente, e pior ainda, provocou uma ou mais mortes, só então recolher sua habilitação?
No reino de DEUS não há espaço para a impunidade. Quem não se arrepende pagará integralmente pelo que fez. E quem se arrepender, JESUS já fez este pagamento. Porém, alguém teve que arcar com as consequências dos atos maus. Nada fica sem que seja alguém responsabilizado, ou como a Bíblia prefere, seja espiado. Sem esse requisito não há sociedade no Universo que funcione sem se degradar.

  1. 6.      Aplicação do estudo  Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Quando era criança, conheci uma senhora cujo crâneo era alongado. Do queixo à parte superior da cabeça era longo, e no restante, mais estreito que o normal. Essa mulher caminhava pelas ruas, trabalhava e se comunicava como uma pessoa perfeitamente normal. O que diriam os cientistas de hoje se ela tivesse vivido há 4 mil anos? Que categoria criariam para ela? Certamente de algum elo intermediário entre os ser humano atual e outra fase anterior. No entanto, esta era uma mulher do século XX. Assim já conheci pessoas maravilhosas, gentis, inteligentes, sorridentes, trabalhadoras, porém, com o corpo todo deformado, e os membros também. Mas a mente era normal e inteligente como qualquer pessoa. Deve ter havido algum problema genético, ou outro motivo para que nascesse assim, mas se trata de um ser de nosso tempo, perfeitamente enquadrado com todos os demais seres humanos. Alguns nascem pequenos, como os anões, outros ficam muito altos, outras são pessoas lindas e outras não são bonitas, e muitas tem defeitos físicos de todos os tipos. Mas nenhuma delas é um elo entre fases da evolução, todas pertencem ao nosso tempo. Porém, se elas tivessem vivido há alguns milhares de anos, certamente seriam vistas com o interesse dos evolucionistas. As pessoas com problemas físicos dos tempos bem antigos por certo estão servindo a estes interesses. Macacos com defeitos por certo servem para a mesma finalidade. Que tal se encontrassem os ossos do gigante Golias por aí? E se ao lado de seus ossos encontrassem os de um ser humano deformado? Que tipo de história inventariam para explicar o achado?
Tempos atrás, na Cidade de Santa Maria, RS, cientistas encontraram os restos mortais, só ossos e junto algumas pedras, panelas de metal, pedaços de madeira, e mais nada. O que li foi incrível: os cientistas conseguiram com tão pouco descrever todo o sistema de vida daquelas pessoas, o que faziam, como viviam, como se alimentavam, seu sistema social, etc. Houve um exercício de criatividade artística impressionante. Mas o que não fizeram foi convidar outros cientistas para darem suas versões sobre o achado, sem um saber do outro. Certamente cada grupo inventaria uma interpretação diferente.
A Bíblia está sendo coerente em seus relatos ao longo de todos os tempos. A ciência acerta muitas vezes, mas também erra clamorosamente. Devemos ter cuidado em que cremos.

Assista o comentário clicando aqui.

Comentários Lição 5 - Criação e Moralidade (Prof. César Pagani)

de 26 de Janeiro a 02 de Fevereiro de 2013
 
Verso para Memorizar:
“E o Senhor deu ao homem a seguinte ordem: — Você pode comer as frutas de qualquer árvore do jardim, menos da árvore que dá o conhecimento do bem e do mal. Não coma a fruta dessa árvore; pois, no dia em que você a comer, certamente morrerá.” (Gn 2:16, 17 - NTLH)

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.

            A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada mediante a Resolução 217 A (II) da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948.
            Trata-se do reconhecimento mundial dos direitos de cada ser humano e seu texto tem força de propositura, mas não de lei. Não há c0minações penais.
            Ressalte-se que cada um dos 30 artigos é vergonhosamente desrespeitado e tripudiado, mesmo pelas ditas nações de primeiro mundo e também pelos emergentes e subdesenvolvidos.  A Declaração é maravilhosa na exatidão filosófica e moral de seus termos, mas não funciona na realidade porque o homem pecou e carece da glória do caráter de Deus, e é antinomista (indiferença e indisposição com relação à Lei) por natureza.
            Deus é um Ser moral, aliás, o Ser moral por excelência, o suprassumo da perfeição. Por força de Seu caráter, Ele é também o Legislador e prescreveu leis que contemplam direitos e deveres de todos os seres pensantes criados. Desde o mais elevado querubim até o mais obscuro homem que habita este planeta pecador, todos estão obrigados ao estado de justiça.
            Deus não poupou Seu mais íntimo anjo por ter ele pecado contra o Criador. Não poderia fazê-lo sob pena de violar Seu próprio caráter eminentemente santíssimo. Deus não é um monstro moral, mas um amoroso Senhor que sabe que a felicidade de Suas criaturas está na harmonia com os princípios de justiça que regem o Universo, porém, não pode abrir mão da santidade exigível para se viver em Seus domínios.
            Ele não podia relaxar os preceitos de Sua Lei para desculpar Adão e Eva por seu desacato à autoridade divina. Sendo a Lei um traslado de Seu caráter, somente Alguém igual a Deus poderia desagravar a terrível ofensa feita ao Imperador do Universo. Por isso Jesus veio para arrostar a responsabilidade da culpa da humanidade.
            Pelo ato de Deus em dar Seu Filho Unigênito, podemos ter uma ideia da tremenda relação de santidade que deve existir entre as criaturas e o Criador.
                                   
DOMINGO
Nossa dependência do Criador
            A dependência do homem de Deus tem sua base nas origens. O primeiro homem originou-se diretamente das mãos do Criador. Em primeiro lugar, ele foi moldado pelos dedos divinos, a partir de uma obra de Deus chamada “pó da terra”. A escultura inerte recebeu vida procedente do Criador mediante uma expiração divina.  O patriarca Jó fala de sua vida como originária do sopro de Deus (Jó 27:3).  Jó 33:4 atesta que o Espírito de Deus fez o ser humano e, sendo Todo-Poderoso, dele procede a vida.
            Pois bem, Deus fez o homem não somente à Sua imagem (forma física), mas também segundo a Sua semelhança (essência moral). O homem é um ser moral porque procede de um Deus moral.
            Assim, como padrão de conduta foram-lhe dadas ordens morais chamadas mandamentos, porque não são optativos ou dependentes de sua vontade ou desejo. O primeiro mandamento que Adão ouviu dos lábios do Criador foi: “Frutificai e multiplicai-vos, enchei a Terra e sujeitai-a. Dominai sobre ela...” (Gn 1:28) Essa ordem implicava uma responsabilidade de cumprir o plano de Deus para este mundo. O segundo mandamento audível foi não comer da árvore da ciência do bem e do mal, mandado estritamente moral porque implicava em sujeitar-se ao governo divino como cidadão do Universo. A árvore interdita era propriedade divina e devia ser respeitada como tal. Nela Deus colocava Sua soberania e direitos de dispor dela como bem achasse.
            A exigência era branda e não implicava em nenhum esforço especial, exceto atender a ordem.
            Nesse mandamento, porém, havia uma ameaça bem clara. Não que Deus quisesse intimidar o casal, mas, a bem da justiça, a questão deveria ficar bem clara também como Lei de causa e efeito.
            A única prova moral a que o casal seria submetido seria essa. Deus nada mais requereria deles. “Quando Adão e Eva foram colocados no belo jardim, tinham para sua felicidade tudo que pudessem desejar. Mas Deus determinou, em Seu plano onisciente, testar sua lealdade, antes que eles pudessem ser considerados eternamente fora de perigo. Teriam Seu favor, Ele conversaria com eles e eles com Ele. Contudo, Ele não colocou o mal fora do seu alcance. A Satanás foi permitido tentá-los. Se resistissem às tentações, haveriam de estar no eterno favor de Deus e dos anjos celestiais.” HR, 24.  
“[Anjos celestiais] Contaram a Adão e Eva que Deus não os compelia a obedecer - que Ele não removera deles o poder de contrariar Sua vontade; que eles eram agentes morais, livres para obedecer ou desobedecer. Havia apenas uma proibição que Deus considerara próprio impor-lhes. Se transgredissem a vontade de Deus, certamente morreriam. Contaram a Adão e Eva que o mais exaltado anjo, imediato a Cristo, recusara obedecer à lei de Deus, a qual tinha Ele ordenado para governar os seres celestiais; que esta rebelião causara guerra no Céu, a qual resultara na expulsão dos rebeldes, de todos aqueles que se uniram a ele em pôr em dúvida a autoridade do grande Jeová; e que o rebelde caído era agora inimigo de tudo o que interessasse a Deus e Seu amado Filho.”  HR, 30.
Resistissem eles a essa prova e seriam postos definitivamente fora do alcance do tentador. Fora-lhes concedida a primeira oportunidade de usar sua liberdade moral de escolher  entre duas opções.  Optassem por escolher a vontade de Deus e seriam blindados contra o mal para sempre.

SEGUNDA

            Imagem e semelhança – Dois característicos que o Criador imprimiu  no ser humano ao momento de sua criação. O homem não foi feito semelhante aos anjos. Ele tinha de possuir  os característicos de seu Pai.
            Aqui estão compreendidos o aspecto físico e o aspecto moral. Imagem, do hebraico tselem, tem a ver mais com o aspecto físico. Em todas as visões que Deus concedeu aos profetas sobre Sua pessoa, Ele se apresenta como um Ser que tem formas. Einstein não acreditava que Deus tinha forma definida. Os anjos, que também são filhos de Deus, têm forma definida. Têm olhos, cabeça, braços, pernas, cabelos, mãos, etc.
            A verdade é que tanto na forma exterior como no caráter, o homem era um “espelho” de Deus. Todos os atributos comunicáveis do Criador foram outorgados graciosamente a Adão.  
“Nos concílios do Céu, Deus disse: ‘Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança ... Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o criou.’ Gn 1:26 e 27. O Senhor criou as faculdades morais do homem e suas faculdades físicas. Tudo era uma reprodução sem pecado de Sua própria Pessoa. Deus dotou o homem de santos atributos e colocou-o num jardim feito especialmente para ele. Só o pecado podia arruinar os seres criados pela mão do Onipotente.” The Youth's Instructor, 20 de julho de 1899.   
            EGW relaciona em alguns de seus textos o termo “semelhança” a atributos de caráter.
Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia  ele em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador. ‘E criou Deus o homem à Sua imagem’ (Gn 1:27), e era Seu intento que quanto mais o homem vivesse tanto mais plenamente revelasse esta imagem, refletindo mais completamente a glória do Criador. Todas as suas faculdades eram passíveis de desenvolvimento; sua capacidade e vigor deveriam aumentar continuamente. Vasto era o alvo oferecido a seu exercício, e glorioso o campo aberto à sua pesquisa. Os mistérios do universo visível - as ‘maravilhas dAquele que é perfeito nos conhecimentos’ (Jó 37:16) convidavam o homem ao estudo. Aquela comunhão com Seu criador, face a face e toda íntima, era o seu alto privilégio. Houvesse ele permanecido fiel a Deus, e tudo isto teria sido seu para sempre. Através dos séculos infindáveis, teria ele continuado a obter novos tesouros de conhecimentos, a descobrir novas fontes de felicidade e a alcançar concepções cada vez mais claras da sabedoria, do poder e do amor de Deus. Mais e mais amplamente teria ele cumprido o objetivo de sua criação, mais e mais teria ele refletido a glória do Criador.” Ed, 15. 
“Criados para serem a ‘imagem e glória de Deus’ (1Co 11:7), Adão e Eva tinham obtido prerrogativas que os faziam bem dignos de seu alto destino. Dotados de formas graciosas e simétricas, de aspecto regular e belo, o rosto resplandecendo com o rubor da saúde e a luz da alegria e esperança, apresentavam eles em sua aparência exterior a semelhança dAquele que os criara. Esta semelhança não se manifestava apenas na natureza física. Todas as faculdades do espírito e da alma refletiam a glória do Criador. Favorecidos com elevados dotes espirituais e mentais, Adão e Eva foram feitos um pouco menores do que os anjos (Hb 2:7), para que não somente pudessem discernir as maravilhas do universo visível, mas também compreender as responsabilidades e obrigações morais.” Idem, 15.  

TERÇA
Feitos  do mesmo sangue
            Na comunidade científica mundial, formulam-se três hipóteses para a origem do ser humano. Como eles não creem no modo mais simples e lógico de explicar a vida, apresentam em primeiro lugar a hipótese da origem extraterrestre, dizendo que os seres vivos que povoaram a Terra no início provieram de esporos ou formas de resistência que, presos a meteoritos que bombardearam nosso planeta, aqui se desenvolveram até o estágio atual. Os adeptos dessa hipótese não conseguem explicar como já existia vida em outros planetas.
            A segunda hipótese (para eles) é a da criação divina. Essa é a que mais acompanha a linha bíblica, mas é “contestada” pelos “cientistas” que dizem que a Terra surgiu a 4,5 bilhões de anos e que os seres vivos evoluíram a partir de um dado momento e continuam em curso evolutivo. A vaidade, a bazófia, da comunidade científica, com exceção de um grupo mais despreconcebido, impede que os “sábios segundo a carne” (1Co 1:26) examinem esse conceito. Cabe-lhes a revelação do Sl 10:4: “O perverso, na sua soberba, não investiga; que não há Deus são todas as suas cogitações.”
            A terceira hipótese é da evolução química, proposta pelos cientistas Oparin e Haldane na década de 20. Ela afirma: “A vida deve ter surgido da matéria inanimada [abiogênese], com associações entre as moléculas, formando substâncias cada vez mais complexas, que acabaram se organizando de modo que originou os primeiros seres vivos.” Como diria o ex-presidente Jânio da Silva Quadros: “Desculpe-me se me rio.”
A verdade sobre a origem do ser humano
Atos 17:26: “De um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra...” Notem a tradução desse texto a partir da New King James Version: “E Ele fez, de um só sangue, cada nação de homens para habitar sobre toda a face da Terra...” A Versão Hispânica Reina-Valera segue pela mesma linha. Interessante, não?
Gênesis 3:20: “E deu o homem o nome de Eva a sua mulher, por ser a mãe de todos os seres humanos.” Do ventre de Eva procederam todas as nações.
Gênesis 2:23: “E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada.”
Mateus 23:9: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus.”
Unamos estes versos à genealogia de Jesus registrada pelo Dr. Lucas em seu evangelho, capítulo 3:23-38. Observamos que é uma típica genealogia invertida ou retroativa. Traçando a origem do homem e estabelecendo sua consanguinidade geral, ela principia em Jesus e termina com o Criador como Pai original dos seres humanos. Deus é o Pai dos pais da raça humana.
Quando Jesus assumiu a carne humana, Ele participou do mesmo sangue que procedia de Adão (Ver Hb 2:14). Com isso mostrou que todos são irmãos – Ele é nosso Irmão mais velho – e que Deus não faz acepção de raça, cor, nacionalidade, pessoas, estado socioeconômico, grau de instrução, estado político, crenças, cultura, etc. Ele amou o mundo de tal maneira e não uma nação, uma religião, um grupo de indivíduos.
“Qualquer discriminação é aborrecível a Deus. É-Lhe desconhecida qualquer coisa dessa natureza. Aos Seus olhos, a alma de todos os homens é de igual valor. "De um só fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da Terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites de Sua habitação; para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, O pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós." Sem distinção de idade ou categoria, de nacionalidade ou de privilégio religioso, são todos convidados a ir a Ele e viver.” DTN, 403.
Cristo procurou ensinar Seus seguidores a grande verdade de que no reino de Deus não há fronteiras, barreiras de quaisquer tipos, nem classes sociais. O evangelho que lhes foi confiado deveria ir a todas as nações. O Cristo era e é mundial e ao mundo devia tornar-Se conhecido, pois só Ele é o Salvador da raça.  

QUARTA
O caráter de nosso criador
             Caráter é o conjunto de traços psicológicos ou morais que caracterizam um indivíduo ou um grupo.
            Quais são as características do Eterno as quais Ele nos revelou por Sua Palavra e, principalmente mediante Cristo?
            Deus fez um sumário de quem Ele é quando passou diante de Moisés para mostrar-lhe Sua glória. O próprio Senhor  declarou de Si mesmo: “Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniquidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado, e visita a iniquidade dos pais nos filhos e nos filhos dos filhos, até à terceira e quarta geração!” (Gn 34:6, 7) A
            Aqui o Senhor mostra Sua face de gracioso perdoador de pecados, paciente com os erros e pecados humanos, cheio de compaixão e fiel em todos os Seus caminhos. Mais adiante Ele mostra que é justo porque lida com o pecado como se deve fazê-lo. Ele o pune se não houver mudança de rumos.
            Em toda a Escritura ressalta essa característica de Deus – sempre prontíssimo a perdoar, a não tomar vingança contra pecadores erradios, mas dando-lhes inúmeras oportunidades de corrigir seus caminhos.
            Jesus ensinou aquilo que Deus sempre praticou desde a entrada do pecado no Universo. Amar os inimigos e perdoá-los. O Senhor quer ver esse traço de caráter em Seu povo. Deus age por princípios e quer que sigamos Seu exemplo.
“Deus derrama Suas bênçãos sobre todos. ‘Faz que o Seu Sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.’ É ‘benigno até para com os ingratos e maus’. Lc 6:35. Pede-nos que sejamos semelhantes a Ele. ‘Bendizei os que vos maldizem’, disse Jesus: ‘Fazei bem aos que vos odeiam... para que sejais filhos do vosso Pai que está nos Céus.’ Mt 5:44. Eis os princípios da lei, e são as fontes da vida. 
            “O ideal de Deus para Seus filhos é mais alto do que pode alcançar o pensamento humano. ‘Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos Céus.’ Mt 5:48. Este mandamento é uma promessa. O plano da redenção visa ao nosso completo libertamento do poder de Satanás. Cristo separa sempre do pecado a alma contrita. Veio para destruir as obras do diabo, e tomou providências para que o Espírito Santo fosse comunicado a toda alma arrependida, para guardá-la de pecar.” DTN, 311. 

Moralidade e responsabilidade
            A concepção da origem tem tudo a ver com a responsabilidade de exercer a moralidade. Depois de Paulo, em sua argumentação, apresentar o Deus dos hebreus, o Deus desconhecido do mundo gentio, como a Divindade suprema e verdadeira, ele O revelou também como um Deus moral que há de julgar – porque tem toda a autoridade – o mundo por meio de Cristo, Seu Filho Unigênito. Paulo diz também que a ressurreição de Cristo é um testemunho vivo de que Deus fará o que disse, isto é, constituí-Lo Juiz de toda carne.
            Paulo explica que Deus pede arrependimento da parte dos homens. Arrependimento de quê? Da transgressão, da imoralidade, da idolatria, da resistência aos apelos do Espírito. Paulo usou a palavra grega metanoeo para significar que Deus requer uma mudança de mente para melhor. E esse termo era bem explícito para os gregos. Mas a mente tinha de ser mudada segundo os princípios, não da filosofia e cultura gregas, mas de acordo com a revelação das escrituras hebraicas.
            O apóstolo menciona um juízo vindouro. Deus chamará cada ser humano à responsabilidade perante a corte celestial. Imagine estar perante um Deus que conhece todos os segredos da alma, tudo quanto se passa na mente do indivíduo, seus motivos, intenções, maquinações, razões... Não há corte superior para apelar em caso de condenação. A sentença é definitiva.  
            Arrependendo-se ou não, os homens estariam sujeitos a dois juízos. O primeiro deles refere-se àqueles que um dia professaram aceitar o “Deus desconhecido” e Seu gracioso plano de resgate. O segundo, para os impenitentes, trata da apuração das razões da sentença máxima a ser aplicada depois de mil anos decorrentes desde a segunda vinda de Cristo. No pós-juízo tanto de um como de outro julgamento, haverá ressurreições. Os moralmente responsáveis segundo guiados pelo Espírito, participarão da primeira ressurreição. São as ovelhas de Cristo. Os moralmente irresponsáveis terão parte na segunda, pois foram guiados pelo espírito de inimizade contra Deus.  São os bodes de Satã.
            Haverá um dia em que a erradicação do pecado dos domínios universais de Deus será uma realidade. A partir de então, tudo será paz, felicidade, harmonia, eterno desfrute da presença de Cristo. E o pecado não se levantará jamais pela segunda vez.
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