Comentário Lição 07 – Unidade: o vínculo do reavivamento (Carlos Bittencourt)

10 a 17 de Agosto de 2013

Não pense que é fácil formar uma equipe de vendas não! A tarefa é árdua! Um único funcionário que vista de verdade a camisa da empresa é fruto de muito sacrifício!
Lidar com pessoas é muito difícil. Cada um traz uma “mochila” diferente do outro. A cor da mochila; o peso; o tamanho – as diferenças são enormes! Idade, sexo, escolaridade, etc., etc., etc. Cada pessoa é uma pessoa. Ninguém é igual a ninguém. Nem os dedos da mão são iguais.
Agora, trazendo essa ilustração para o contexto da Lição, que trata de assuntos espirituais e eclesiásticos – o que podemos fazer diante de tantas diferenças no pensar, no agir, nas preferências e no modo de encarar as coisas? Vamos entrar em desespero e ficar sem esperança? Não! Esse assunto também pertence ao Mestre – até nisso o Senhor Jesus pensou. Mesmo diante da cruz que se aproximava, Cristo pensou na união de Sua equipe.
Sendo verdade que, em relação a nossa salvação, o início, o durante, e o depois – tudo é obra de Deus, então Ele realmente pensou em tudo – o que inclui as nossas diferenças.
Olhando para a roda de uma bicicleta, vemos que os ferrinhos (raios) estão separados nas extremidades de fora. Mas, no seu eixo central, todos estão ligados, unidos. E eu não vou, nessa Lição, explorar as nossas extremidades de fora não. Não vou evidenciar as distâncias. Não. Prefiro falar do ponto de encontro, do centro, da união.
Domingo – Resposta à Oração de Cristo Pela Unidade (11 de agosto). Cristo disse assim: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que Me deste, porque são Teus. E todas as Minhas coisas são Tuas, e as Tuas coisas são Minhas; e neles Sou glorificado. E Eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai Santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós” (João 17:9-11).
Que verso repleto de alegria! Nós somos de Deus!!! O Pai nos deu Cristo, e depois nos deu para Cristo para que Ele nos salvasse; e, então, o Salvador nos dá para ser guardados pelo Pai. Existe coisa mais maravilhosa do que esta?
Davi tinha conhecimento sobre isso, e então cantou: “Protege-me como protegerias os Teus próprios olhos e, na sombra das Tuas asas” (Salmos 17:8).
Tempos depois, o próprio Senhor disse por intermédio de Zacarias: “Quem toca no Meu povo toca na menina dos Meus olhos” (2:8).
Queridos, a Lição precisa ter esse sentimento de “propriedade” – nós somos de Deus!
E é exatamente por isso que Cristo manifestou Seu desejo, e o fez em forma de oração – sagrada oração: “Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por intermédio da Tua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em Nóspara que o mundo creia que Tu Me enviaste. Eu lhes tenho transmitido a glória que Me tens dado, para que sejam um, como Nós o somos; Eu neles, e Tu em Mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidadepara que o mundo conheça que Tu Me enviaste e os amaste, como também amaste a Mim. Pai, a Minha vontade é que onde Eu estiver, estejam também comigo os que Me deste, para que vejam a Minha glória que Me conferiste, porque Me amaste antes da fundação do mundo” (João 17:20-24).
Queridos leitores, nós não estamos sendo chamados para uma união no erro. Não! A união proposta por Cristo é para a glória de Deus, para a eficácia na pregação do Evangelho, para o aperfeiçoamento de nosso caráter.
O Espírito Santo não Se cansou dos indisciplinados discípulos. Ao contrário! Trabalhou neles, e os preparou para trabalhar neles. O Espírito Santo iniciou uma obra neles, e eles permitiram que Ele continuasse; e Ele continuou, e operou o derramamento de Sua poderosa benção.
Usufrua, querido irmão, dessa poderosa benção a nós disponível também. Permita-se!
Deseja você ser a resposta à oração de Cristo?
Segunda – Ilustrações do Novo Testamento Sobre Unidade (12 de agosto). Paulo mencionou o corpo para ilustrar a igreja e seus membros. Pedro acrescentou a ilustração de um edifício espiritual. Em suma, em Cristo, cada cristão está intimamente ligado ao outro.
Não vou perder a oportunidade de citar a própria lição: “O mundo do Novo Testamento, no primeiro século, era dividido em castas, status social e gênero. Era uma sociedade em crise social. Os conceitos de igualdade de direitos, liberdade e dignidade humana não eram as normas aceitas.
Então, o cristianismo entrou em cena. Ele criou uma revolução social. Os ensinamentos de Jesus sobre igualdade, justiça, preocupação para com os pobres e respeito pelos marginalizados pareceram radicais. Ao mesmo tempo, os cristãos do Novo Testamento se uniram em torno dos valores fundamentais da criação e redenção. Eles ensinavam que todos os seres humanos foram criados por Deus e que a redenção foi oferecida a todas as pessoas por meio do sacrifício de Cristo na cruz. Jesus mostrou que cada pessoa, independentemente de sua condição material, é de imenso valor aos olhos de Deus”.
De igual forma, hoje somos chamados a desenvolver uma “nova” linha de conduta também. E só o faremos se sintonizados na mesma estação, dentro dos mesmos objetivos – sejam eles individuais ou coletivos, mas todos enraizados no “desejo” de Cristo.
Ao mesmo tempo, no entanto, não ignoremos a existência de “diferentes” personalidades. Assim diz a Inspiração: “A Igreja é composta de pessoas com diferentes temperamentos e várias disposições. Eles vêm de diferentes denominações, pois o Arquiteto da verdade tira um daqui e outro dali, da grande pedreira do mundo e, na igreja de Cristo, todos esses membros são mutuamente vinculados pelo Espírito de Deus. Se o amor de Cristo estiver no coração dos membros da igreja, mediante Sua graça abundante, haverá unidade entre os irmãos. Devemos fechar a porta do coração a toda sugestão que tenha a menor tendência de nos privar desse estado de harmonia” (Signs of the Times, 13/04/1891).
“Mas a unidade que deve existir entre Cristo e Seus seguidores não destrói a personalidade de nenhum deles” (Meditação Matinal, Olhando Para o Alto, 19/05/1983).
Terça – Missão e Mensagem: Elementos da Unidade (13 de agosto). Será que pode existir um grupo de pessoas que se unam na ociosidade, na contenda e no faz-de-conta? Bem, talvez até exista isso, e não sabemos. Mas a Lição dignifica a razão para nossa união; dá um propósito – não está no erro e nem no desperdiçar tempo, mas “na missão” e “na mensagem”.
Com o derramamento da poderosa benção do Espírito Santo, a igreja apostólica expressou a paixão que a dominava: revelar que em Cristo Jesus cumpria-se o Plano da Redenção – que, ressurreto, o Mestre agora os representava nas cortes celestiais, e que prometera voltar, sendo que todos deviam se preparar para isso.
Para mim, são fantásticas as histórias sobre o pregador Guilherme Miller. O senso de missão era extraordinário. A mensagem era a mais poderosa possível.
Que mais pregadores se levantem hoje. Ajudemos. Cooperemos. Unamos nossas forças para a pregação desta última mensagem que o mundo carece receber. Falemos da nossa esperança. Falemos da volta de Jesus. [Quando falo “pregadores” não me limito àqueles que usam o púlpito. Todos somos pregadores onde estamos].
“A unidade da igreja é a prova convincente de que Deus enviou Jesus ao mundo para o salvar; um argumento que os ímpios não poderão controverter.
É por isso que Satanás se esforça continuamente para impedir essa união e harmonia entre os crentes, a fim de os descrentes, observando essa apostasia, dissensão e contenda que reina entre os cristãos professos, aborreçam a religião e sejam confirmados na sua impenitência” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 620).
“Satanás trabalha para criar diferenças de opiniões entre nós, e abalar nossa confiança mútua. Assim, ele busca nos levar a permitir que a nossa mente seja trabalhada por um espírito que não é o de Deus, que nos levará à alienação e falta de afeto” (Review and Herald, 19/08/1909).
Não permita que o inimigo o faça gastar tempo. Você deve é participar da gloriosa tarefa de levar pessoas para a salvação em Cristo Jesus.
Quarta – Organização da Igreja: estrutura Para a Unidade (14 de agosto). Ora, Deus não é Deus de confusão. Ele criou a “ordem”, e caminha por ela. No entanto, alguns têm apresentado o pensamento de que, ao nos aproximarmos do fim do tempo, todo filho de Deus deveria e estaria autorizado a supostamente agir independentemente de qualquer organização religiosa. Não à toa, escândalos são mostrados nas páginas policiais. E, assim, o inimigo nos leva a pensar ser correto agir separado de “placas” de igreja.
Queridos leitores, não tenho a pretensão de fazê-los ignorar os problemas de outras igrejas e nem da nossa mesmo (e nem os meus individuais), mas, pelo que estou entendendo da Lição, carecemos aceitar que nossos problemas e diferenças é que devem ser abandonados, e não a igreja.
Entendo que Cristo habita em meu coração, e que este mesmo Cristo habita no seu também. Então, compreendo que Ele não luta contra Si mesmo; que Ele jamais exerceria influência contra Ele mesmo.
Sendo assim, estejamos unidos em favor da organização do corpo de Cristo, do edifício espiritual, que existe só, única e exclusivamente para servir. Nós existimos para servir.
Quinta  Alcançando a Unidade (15 de agosto). Assim está na Lição: “Quando o Espírito Santo foi derramado em plenitude no Pentecostes, as atitudes dos discípulos para com seus irmãos de fé foram drasticamente alteradas. Diante da luz que provinha da cruz, eles passaram a ver um ao outro de modo diferente”.
E continua: “Cada cristão via em seu irmão uma revelação do amor e benevolência divinos. Só um interesse prevalecia; um elemento de emulação absorveu todos os outros. A ambição dos cristãos era revelar a semelhança do caráter de Cristo, bem como trabalhar pelo desenvolvimento de Seu reino” (Atos dos Apóstolos, pág. 48).

A graça de Deus é maravilhosa. Revela meu estado atual e me mostra como poderei ser em Cristo Jesus. Aceito que há pessoas em igual situação, e passo a me interessar a andar lado a lado com elas.
reavivamento não é exclusivamente para mim. Todos somos alcançados pela graça. Ajudemo-nos na reforma que Cristo está disposto a realizar em nossa vida.
Sexta – Conclusão (16 de agosto). “Nenhuma palavra de desânimo deve ser dita a ninguém, pois isso ofende a Cristo e alegra tremendamente o adversário… Todos devem reprimir as observações ofensivas e se aproximar de Cristo para que possam apreciar as pesadas responsabilidades dos coobreiros de Cristo. ‘Unam-se, unam-se!’, são as palavras de nosso Instrutor divino” (Pacific Union Recorder, 13/02/1902).

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