Comentário Lição 02 - Oração: A Pulsação do Reavivamento (Prof. César Pagani)

06 a 12 de Julho de 2013

Verso para Memorizar:

“Se vós, sendo maus, sabeis como dar boas dádivas a seus filhos, quanto mais vosso Pai que está no Céu dará boas coisas àqueles que Lhe pedirem.” (Mt 7:11 - NVKJ)

César Luís Pagani

          Por que o Senhor, mesmo para tudo quanto concirna à Sua obra, quer que oremos sempre, de modo diligente e fervoroso? Ele não sabe de antemão tudo quanto ela precisa? Deus trabalha com os seres humanos em base à Sua incomensurável graça, e graça precisa ser solicitada a cada instante. Deus não pode nos prestar favores com base em nossa “santidade e justiça”, porque isso não existe naturalmente em nós. Pedir e será dado, buscar e será achado, bater e a porta do Céu se abrirá de par em par.
            EGW diz que a oração é a chave nas mãos da fé para abrir os tesouros celestiais. Deus não Se faz de rogado. Isto é, Se faz de difícil só para que Lhe dirijamos orações para tentar arrancar um pouco de disposição de Sua parte.  Ele tem o maior prazer de atender orações, por isso elas precisam ser feitas.
       Um reavivamento legítimo se faz pelo poder do Espírito Santo. Temos de orar diariamente pelo batismo do Espírito. Jesus falou da infinita boa vontade do Pai em prontamente atender pedidos pelo Espírito (Lc 11:13)
            “Os reavivamentos resultaram em profundo exame de coração e humildade. Caracterizavam-se pelos apelos solenes e fervorosos ao pecador, pela terna misericórdia para com a aquisição efetuada pelo sangue de Cristo. Homens e mulheres oravam e lutavam com Deus pela salvação de outros. Os frutos de semelhantes avivamentos eram vistos nas pessoas que não fugiam da renúncia e do sacrifício, mas que se regozijavam de que fossem consideradas dignas de sofrer dificuldade e provação por amor de Cristo. Notava-se uma transformação na vida dos que tinham professado o nome de Jesus. A comunidade se beneficiava por sua influência...
“Esse é o resultado da obra do Espírito de Deus. Não há prova de genuíno arrependimento a menos que ele opere reforma na vida. Se restitui o penhor, devolve o que tinha roubado, confessa os pecados e ama a Deus e seus semelhantes, o pecador pode estar certo de que encontrou paz com Deus. Foram esses os efeitos que, em anos anteriores, se seguiram às ocasiões de reavivamento espiritual. Julgados pelos seus frutos, sabia-se que eram abençoados por Deus para a salvação dos homens e para reerguimento da humanidade.” Reavivamento e Seus Resultados, p. 8. 

DOMINGO
Oração e reavivamento em Atos
            Jesus já não estava mais presente em Sua igreja. Ele partira para o Céu a fim de proceder a outras fases do plano de salvação dos homens. Agora parecia que os discípulos não podiam contar mais com a maravilhosa liderança do Messias. Cristo, porém, lhes fizera a promessa de que continuaria com eles através do Espírito Santo, o Outro Consolador. A vinda do Espírito significava um poder nunca antes recebido, um poder que revestiria os discípulos de força divina para dar prosseguimento à expansão do evangelho.
            Nosso Salvador falou de plenitude, de repleção do Espírito. Isto é, os discípulos seriam dirigidos pelo poder do próprio Deus e todo o seu ser respiraria Cristo. A pregação que Cristo ordenara não poderia ser feita sem a energia do Espírito Santo. As conversões só seriam possíveis se o Espírito estivesse com eles. Nenhuma alma se converte, é atraída para Deus, deixa a vida de pecado, sem a ação benigna do Espírito Santo.
            Os testemunhos dos discípulos não seriam dados mediante artifícios de manipulação de emoções, como fazem muitos pregadores hoje em dia, que, com alta dose de teatralidade e recursos tecnológicos, levam as pessoas a arroubos emocionais.
            Antes, porém, de receber a promessa de Deus, os discípulos, poucos no início, se reuniram em Jerusalém. Agora não havia mais o desejo de saber quem era o maior, quem era o melhor e quem seria o novo Moisés do povo de Deus. Eles oravam unidos e se consagravam. Não eram orações formais, mas expressões fervorosas de alma e pedidos de socorro divino (súplica). Também havia doutrina, comunhão, fraternidade, reuniões de orações conjuntas pelo avanço da causa de Cristo (At. 2:42)
            Quando, em resultado de consagração total, o Espírito veio, Pedro, em dois sermões de uns 12 minutos cada, ganhou quase 8.000 almas.  Até mesmo os líderes religiosos de Israel, os sacerdotes, em grande parte, passaram a aceitar Cristo, o mesmo a quem haviam crucificado, como Salvador e Senhor.
            Cheios de poder os novos discípulos de Jesus saiam pelas terras para anunciar as boas novas de salvação e muitas igrejas se formaram na Judeia, na vasta Galileia e em Samaria, reduto de povos mistos. O Espírito Santo não somente energizava os discípulos, mas fortalecia as igrejas e as multiplicava.
            Vê-se um incidente interessante em At 4:31. Após a soltura de Pedro e João da prisão, os apóstolos se reuniram com os irmãos que por eles oravam e oraram mais uma vez pedindo poder para enfrentar a irada oposição dos judeus. Nova dotação do Espírito lhes foi concedida (At 4:31). Em resultado, “era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém dizia que coisa alguma do que possuíam era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns”.
“Jesus almeja conceder a dotação celestial a Seu povo em grande medida. Diariamente ascendem petições a Deus pelo cumprimento da promessa; e não é perdida nenhuma das orações feitas com fé. Cristo subiu às alturas, levando cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Após a ascensão de Cristo, quando o Espírito desceu segundo fora prometido, como um vento veemente e impetuoso, enchendo todo o aposento em que os discípulos estavam reunidos, qual foi o resultado? Milhares se converteram num dia.” E Recebereis Poder, 160.             Uma vez que este é o meio pelo qual havemos de receber poder, por que não sentimos fome e sede pelo dom do Espírito? Por que não falamos sobre ele, não oramos por ele e não pregamos a seu respeito? O Senhor está mais disposto a dar o Espírito Santo àqueles que O servem do que os pais a dar boas dádivas a seus filhos. Cada obreiro devia fazer sua petição a Deus pelo batismo diário do Espírito. Grupos de obreiros cristãos se devem reunir para suplicar auxílio especial, sabedoria celestial, para que saibam como planejar e executar sabiamente.” AA, 50.

SEGUNDA
            O Modelo perfeito de uma vida de oração – Nosso bendito Salvador tinha uma rotina da qual não abria mão: consagrar-Se a Deus cada manhã para o desempenho de Seu ministério salvador. A comunhão com Deus era vital para Jesus. Ele Se entregava ao Pai para fazer a ligação entre o Altíssimo e os seres humanos. Estudo das Escrituras, meditação calma e profunda das coisas divinas, louvores e muita oração faziam parte das manhãs e noites de Cristo.
            E isto o fazia desde Seus mais tenros anos: “A infância de Jesus, passada na pobreza, não fora contaminada pelos hábitos artificiais de uma era corrupta. Trabalhando ao banco de carpinteiro, desempenhando as responsabilidades da vida doméstica, aprendendo as lições da obediência e da labuta, encontrava recreação entre as cenas da natureza, colhendo conhecimento enquanto buscava compreender os mistérios dessa natureza. Estudava a Palavra de Deus, e as horas de maior felicidade para Ele eram aquelas em que Se podia afastar do cenário de Seus labores e ir para o campo a meditar nos quietos vales, a entreter comunhão com Deus na encosta da montanha, ou entre as árvores da floresta. O alvorecer encontrava-O muitas vezes em algum lugar retirado, meditando, examinando as Escrituras, ou em oração. Com cânticos saudava a luz matinal. Com hinos de gratidão alegrava Suas horas de labor, e levava a alegria celeste ao cansado e ao abatido.” CBV, 52.  
            “Jesus mesmo, enquanto andava entre os homens, muitas vezes Se entregava à oração. Nosso Salvador identificou-Se com nossas necessidades e fraquezas, tornando-Se um suplicante, um solicitador junto de Seu Pai, para buscar dEle novos suprimentos de força, a fim de que pudesse sair revigorado para os deveres e provações. Ele é nosso exemplo em todas as coisas. É um irmão em nossas fraquezas, pois ‘como nós, em tudo foi  tentado’ (Hb 4:15); mas, sem pecado como era, Sua natureza recuava do mal; suportou lutas e agonias de alma num mundo de pecado. Sua humanidade tornou-Lhe a oração uma necessidade e privilégio. Encontrava conforto e alegria na comunhão com o Pai. E se o Salvador dos homens, o Filho de Deus, sentia a necessidade de orar, quanto mais devemos nós, débeis e pecaminosos mortais que somos, sentir a necessidade de fervente e constante oração!" CC, 93, 94.
            Grande parte das orações de Jesus era de caráter intercessório. Ele não rogava por Si mesmo, mas pelos seres humanos. Queria obter todos os recursos da graça do Pai para concedê-los a homens e mulheres que sofriam sob o poder do rei das trevas.
            Por Pedro nosso Redentor orou para que sua vacilante fé não esmorecesse quando provado e pressionado pelo maligno. Certamente muitas vezes orou por Judas, o traidor, para que não se submetesse à cobiça e ao ganho. Orou pelos irmãos Tiago e João, os filhos do trovão, para que seu temperamento impulsivo não os levasse à derrota. Assim, Ele orava diária e persistentemente por Seus seguidores. Acredito piamente que Ele ainda, em Seu supremo ministério sacerdotal, ora por Laodiceia e por seus “habitantes” (nós), para que nossa fé não desfaleça neste tempo em que a iniquidade progride em escala geométrica e o amor de muitos se esfria.
            Nas horas mais negras e amargas de Sua vida de abnegação, sacrifício e pressões insuportáveis de homens e demônios, o bendito Salvador Se refugiava em Deus em longas conversas e busca de poder. Ele foi vitorioso também em Sua vida de oração e deixou-nos um exemplo cristalino a ser seguido. Se quisermos vencer como Ele venceu, temos de orar como Ele orou!


            As Escrituras têm muitas recomendações sobre oração. Manda-nos que oremos sem cessar, em todo tempo, que oremos em jejum, que oremos em todos os lugares, que derramemos a alma em orações secretas, que oremos nos cultos a Deus, que também oremos em grupos de oração reunidos alhures. 
            Dois ou três – Esse é o número regulamentar estabelecido por Jesus para grupos de oração. Não é preciso uma grande multidão, embora isso não seja impróprio. Porém, observe que Jesus fala de uma união antes da oração: “Se todos estiverem de acordo quanto ao que pedir.” Quando há desavenças, desacordos, questiúnculas, divisões, não adianta reunir grupos de oração. Não existe na Bíblia a modalidade de oração para contendas.
            No verso 20 de Mateus 18, foco do estudo de hoje, Jesus promete estar presente aos eventos de oração grupal. Ele vem ouvir de perto, embora disso não necessite, as preces de Seu amado povo. EGW revela que desses grupos de oração se obtém um poder muito maior do que mediante orações particulares.
            Não seria o caso de os irmãos e irmãs combinarem de se reunir (pequenos grupos são uma grande oportunidade para isso) nas casas, para orarem por determinados objetivos espirituais? Temas para oração não faltam. Os cultos das quartas-feiras também são excelentes oportunidades para grupos de oração (os demais cultos também, é claro.). Também reuniões de comissões de igreja, ensaios de grupos musicais, encontros de planejamento e avaliação, reuniões de anciãos, reuniões de departamentos, classes batismais e de estudos em geral, etc., são oportunidades para alguns minutos de oração grupal.
            Estamos no tempo de reavivamento e reforma espiritual. Não seria o caso de se criar algum grupo de oração para interceder especialmente junto a Cristo, para que esses fantásticos eventos ocorram na vida da Igreja?
            Não se requer que os grupos de oração se reúnam por horas e horas, se bem que isso não seja impeditivo. Algum tempo passado em fervorosa oração, confissão, entrega e rogos é suficiente.  Contudo, os grupos precisam caracterizar-se por fervor (é preciso espantar a mornidão de Laodiceia), calor, desejo intenso de obter a bênção e confiança no amor divino.
            Notemos o caso da prisão de Pedro. Um grupo de oração contínua estava reunido na casa de Maria, mãe de João Marcos, o evangelista (At 12:5, 12). O tema era a libertação do grande líder.  Embora Deus pudesse libertar o apóstolo mesmo sem as orações da igreja, Seu nome foi glorificado e a igreja fortalecida com esse acontecimento. Todos se certificaram mais ainda do poder da oração conjunta e intercessória. Tiveram uma prova tangível de que Deus ouve as orações e as atende de modo maravilhoso. Sua fé foi fortalecida.
“Ascendam nossas orações a Deus por Sua graça que converte e transforma. Em cada igreja devem ser realizadas reuniões para solene oração e diligente investigação da Palavra, para saber que é verdade. Tomai as promessas de Deus, e solicitai-Lhe, com viva fé, o derramamento de Seu Espírito Santo. Quando o Espírito Santo for derramado sobre nós, será extraído tutano e gordura da Palavra de Deus...” E Recebereis Poder, 314.
  
QUARTA
Nossa liberdade
             Foi escolha divina desde o início conceder às Suas criaturas pensantes o direito de pensar livremente. Anjos, principados, potestades, seres de todo o Universo, foram agraciados com essa faculdade. Deus, nessa concessão, deu-lhes até a liberdade de pensar diferentemente dEle, embora isso não fosse conveniente a ninguém.
            Para não ter nenhum tipo de problema como ocorreu no Céu com Lúcifer e seus simpatizantes e depois na Terra com Adão e a humanidade, o Senhor poderia muito bem restringir completamente a liberdade de escolha ou outorgá-la parcialmente. Não fez isso porque ama Suas criaturas e não vê como o amor poderia encabrestar (exercer domínio absoluto, subjugar, submeter) a mente perfeita que criara.
            Quando o Criador fez todas as coisas o mal não existia. Não sabemos quanto tempo decorreu entre a criação de Lúcifer e dos anjos e a terrível rebelião do pecado. Porém, o Senhor anteviu o surgimento da insurreição e ainda assim permitiu que quem quisesse, posteriormente, optar pela transgressão da Lei fosse respeitado. Isso não quer dizer que Deus deixaria impunes os transgressores. Eles teriam de arcar com os efeitos e frutos de sua própria escolha.
            Interessante é que Deus nos pede que Lhe demos liberdade de atuar em nossa existência e concedeu-nos o recurso da oração para isso. Como muito bem exposto na lição de hoje, “quanto mais oramos, mais reconhecemos Sua todo-suficiência”. Há um provérbio alemão que diz que quando juntamos as mãos, Deus abre as dEle.
            No interessante livreto “Você e Deus”, de autoria do saudoso pastor, poeta, escritor e jornalista Luiz Waldvogel, encontramos dez regras singelas para uma prática de oração eficiente:
1)      Ore onde você está. Deus está presente em todos os lugares e sempre pronto a ouvi-lo.
2)     Ore, quanto possível, em lugar sossegado, onde você possa estar a sós. É bom fixar a mente em Deus evitando toda distração.
3)     Ore a Deus, simples e naturalmente, como a um amigo. Diga-Lhe o que está em seu coração.
4)     Ore lembrando as bênçãos que Deus lhe tem concedido. Some estas bênçãos, de tempos em tempos e dê graças por todas elas.
5)     Ore pelo perdão de Deus para as coisas indignas que você tem feito. Ele está sempre perto dos corações humildes e contritos.
6)     Ore pelas coisas que você precisa, especialmente por aquelas que farão sua vida mais pura e digna do nome de cristão.  
7)     Ore pelos outros, lembrando as situações difíceis que os afligem e os auxílios de que necessitam.
8)    Ore pelo mundo e suas necessidades, pedindo a Deus que ajude os homens a solucionar seus problemas.
9)     Ore, acima de tudo, para que a vontade de Deus seja feita através de sua vida e do mundo em que você vive.
10)  Ore e comece a responder sua oração.
As orações precisam ser sempre carregadas de louvor e ações de graças. É uma questão de reconhecimento da bondade infinita de Deus. Cante-Lhe orações musicais de agradecimento. Deus não tem a menor necessidade de elogios, porém, Ele aprecia tributos de corações gratos e crentes.
Nunca deixemos passar um só dia sem prestarmos tributos de louvor ao Senhor. O bem que isso nos faz é incalculável.
As orações também são veículos de confissão. Nossos pecados devem ser expostos a Deus sem rodeios e sem desculpas. Precisamos reconhecer exatamente os pecados de que somos culpados.
Paulo recomenda que demos sempre graças em tudo, até mesmo pelas vicissitudes e provações. Isso não é masoquismo. É a convicção de que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados por Seu decreto de salvação.
Orar o tempo todo, conforme o apóstolo recomenda em Ef 6:18, nada mais é do que conversar com Deus a todo o momento. Peça-Lhe opiniões, orientações, inteligência para fazer bem tudo quanto vier às suas mãos para realizar.  Quando algum elemento tentador surgir e tentar fazer pressão, acuse-o diante de Deus e peça-Lhe providências para não cair. Conte-lhe suas alegrias, tristezas, pesares, planos, dores; faça-Lhe queixas e reclame com Ele acerca de tudo quanto cause perplexidade, horror, abalo e infelicidade.

Oração eficaz
            Fixar os olhos sempre em Cristo e em Seus méritos, inteiramente suficientes, aumenta a fé, aviva a faculdade do discernimento espiritual, fortalece o desejo de se assemelhar a Ele, e traz à oração um fervor que a torna eficaz.”  OE, 166.
            Nem sempre a oração eficaz é a oração atendida. Paulo orou muito tempo para que Deus lhe tirasse o espinho na carne. O Senhor não atendeu às preces do apóstolo, mas ensinou-o a viver conformado com aquela fraqueza. O próprio Senhor Jesus orou com toda a Sua alma pedindo a Deus que, se possível, o cálice da amargura de ter os pecados do mundo postos sobre Si Lhe fosse tomado das mãos. Deus não O atendeu, mas proveu-Lhe graça para suportar até o fim as tremendas pressões das hostes das trevas e mais a cortante sensação de ficar separado do Pai por causa do pecado.
            Se pudéssemos fazer uma estatística das orações atendidas, como ocorreu com George Miller (ele contabilizou 55.000 orações atendidas em toda a sua vida), veríamos que são muito mais as orações deferidas do que as orações indeferidas. E as orações indeferidas se enquadram no princípio de que, muitas vezes, não sabemos orar como convém. As orações delongadas, isto é, as que são transferidas para outro momento, Deus as acaba atendendo no tempo mais oportuno e quando receberíamos bênçãos maiores e melhores.
            Uma prática muito saudável é incluir agradecimentos e louvores numa oração de pedidos.  Veja, por exemplo, o modelo das orações de Davi. Sua configuração  de orações incluía pedidos, rogos, súplica, confissão, bendições ao nome do Senhor, louvores e agradecimentos; também continha forte conteúdo de adoração. Ele reconhecia a infinita grandeza de Deus, Seu direito exclusivo à adoração, à obediência, a justiça de Seus mandamentos e o amor que excede a todo entendimento.
            Já Daniel, em Dn 9:8-13, fez uma oração confessional reconhecendo a justiça do trato de Deus em disciplinar Seu povo que, por tanto tempo, abusara de Sua paciência e amor. O detalhamento da confissão dá bem uma ideia da maneira que temos de aplicar em nossa confissão. Não de rodear, desculpar, justificar e encobrir pecados. Quanto mais sinceros formos em nossas confissões, melhor o resultado espiritual.
            Paulo recomenda que se dê graças por tudo. Essa atitude é um manifesto de forte fé em Deus. Ele dirige a nossa vida, nem sempre da maneira como queremos e sonhamos, mas visando à nossa salvação e bem final. Não é tão simples dar graças pelos infortúnios, provações e infelicidade que nos visitam. Porém, Deus está vigilante e tudo fará concorrer para nosso bem.

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