20 a 27 de Abril de 2013
Verso para memorizar: “Rugiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor DEUS, quem não profetizará?” (Amós 3:8).
Introdução de sábado à tarde
“Crime contra a humanidade é um termo de direito internacional que
descreve atos de perseguição, agressão ou assassinato contra um grupo de
indivíduos, ou expurgos, assim como o genocídio, passíveis de
julgamento por tribunais internacionais por caracterizarem a maior
ofensa possível” (Wikipédia). Alguns exemplos são: o holocausto dos
judeus na Alemanha, entre 1939 e 1945, quando foram mortos 6 milhões de
judeus pelos nazistas; a crueldade na Bósnia, entre 1992 e 1995, com 200
mil bósnios mortos e 2 milhões de refugiados, feito pelo exército
sérvio e milícias. Os judeus perderam cerca de 35% de seu povo durante o
massacre nazista. O crime contra a humanidade envolve atos de extrema
maldade contra um grupo de pessoas, tirando deles direitos fundamentais à
vida.
No antigo povo de DEUS acontecia algo assim. Não era tão radical como
nos dois exemplos acima, mas exploravam-se os mais pobres a tal ponto
de haver morte por fome, por doenças não tratadas, escravidão, maus
tratos, sem direito a justiça. Isso era feito pelo povo de DEUS do mesmo
modo como faziam povos idólatras. Que calamidade!
Estudaremos esse assunto terrível nesta semana. Nem dá vontade de
abordá-lo, não é mesmo? Mas aconteceu, e não podemos ignorar. Vamos ver
se aprendemos algo para evitar alguns erros em nossos dias, ou para pelo
menos entender melhor a natureza humana.
Sobre o trecho do verso acima, onde diz “quem não preofetizará?”,
Amós se referia à ilustração da mensagem de DEUS como o rugido de um
leão. Naqueles tempos havia leões soltos, e quando ele rugia se ouvia de
muito longe, e todos se comunicavam avisando que o animal estava por
lá. Era para que as pessoas se protegessem e não fossem estraçalhadas
pela fera, sobremodo forte. DEUS falou como um leão, e pudera, o assunto
era por demais ofensivo a Ele. Estavam explorando os mais fracos
cruelmente. Então, diante dessa mensagem, o profeta estava dizendo que
não se podia calar. Quando disse “quem não profetizará?” referia-se a
não poder calar e conter a mensagem, precisava informar a todos.
- 1. Primeiro dia: Crimes contra a humanidade
Lembra do Massacre em Ruanda em abril de 1994? Pois foram mortos 700
mil tutsis e houve 200 mil refugiados e centenas de hutus, os que
matavam, também foram mortos. Os tutsis e os hutus são dois povos com
raízes sociais conjuntas, geneticamente parentes. Os primeiros formam a
classe política dominante na região dos Grandes Lagos Africanos, desde o
século XV. Agora tente entender porque tanto ódio entre os dois povos.
Habitam o mesmo lugar, são parentes, mas um queria eliminar o outro. E a
chacina foi enorme. O que justifica tanto sofrimento advindo da
vingança e da morte? E das milhares de crianças sem pai nem mãe? E da
destruição das plantações e das casas? O que pode explicar e justificar tais atos, senão um ódio satânico sem sentido?
Por que um ser humano deseja de maneira incontida humilhar, derrotar e
destruir seu semelhante? Por que é tão atraente, fascinante aos homens
se dividirem em torcidas de futebol, uns contra os outros? E o poir de
tudo, porque há isto entre nós, povo de DEUS? Por que nos fascina nos
posicionarmos uns contra os outros? Por que somos tão atraídos por
vídeos, filmes, textos, histórias em que há violência, ódio e intrigas? E
por que tantos entre nós são facilmente presas de divisões contra os
irmãos? Só há uma explicação: pelo poder do demônio. Ele quer nos
enfraquecer, e manter a igreja morna.
DEUS condena essas coisas, que podem levar a grandes e generalizados
atos de vingança, destruição e morte, e todo o sofrimento associado.
Devemos acordar para evitar o pequeno ou o grande ato de vingança. Há
ódio pequeno, que levam as pessoas ao desentendimento; e ha ódio grande,
que leva a atos de crimes contra a humanidade. Tudo tem a mesma
natureza, é ódio satânico, mesmo que seja simplesmente contra alguém
outro, que está em alguma outra casa, diante da tela de televisão
torcendo por outro time. Que fracasso para essas pessoas do povo de
DEUS, ainda presas ao ódio que tanto desejam! Como pode um ser humano desconsiderar os sentimentos e sensibilidades de outro, e agir cruelmente contra ele?
Em Amós capítulos 1 e 2, está relatada a ação de DEUS contra vários
povos que se toraram cruéis entre si, um explorando e matando o outro
povo. E o mais triste é que Judá e Israel, povos de DEUS, faziam o
mesmo. Não se distinguiam como povos superiores, que amavam, não que
odiavam. Será que hoje é diferente com o povo de DEUS? Será que todos
nós, que aguardamos a segunda vinda de CRISTO, somente amamos, e nunca
odiamos? Assim como fez JESUS, na cruz? Já relatamos, nos parágrafos
anteriores, que não é assim. Será que teremos que ser sacudidos fora,
para a purificação da igreja? Há duas maneiras de tornar a igreja fiel
aos princípios de DEUS. Uma, por meio do reavivamento e reforma; outra,
por meio da sacudidura. Que a igreja se tornará um povo puro isso é
certo, mas que eu e você nos reavivemos, que não haja a necessidade de
sermos expulsos por DEUS para deixarmos de prejudicar a igreja.
No relato de Amós, as nações da palestina oprimiam outros povos, e em
certos casos, oprimiam povos irmãos. Exploravam e destruíam, também os
submetiam à escravidão. A crueldade chegou a tal ponto que DEUS disse:
agora basta.
DEUS agirá nesses últimos dias contra a crueldade. Entre as nações,
Ele as castigará porque todos hoje sabem que somos irmãos, somos seres
humanos, e o conhecimento a respeito dos princípios de nos tratarmos com
amor já alcançou o mundo todo. Não há desculpas para o que acontece,
por exemplo, na Síria atualmente, e em muitos outros lugares. Não há
desculpas para o que fazem em São Paulo, Brasil, matando todas as noites
pessoas, e não importamos com os motivos. Não há desculpa para os
membros do povo de DEUS agir contra o seu irmão com desprezo, porque não
pertence ao mesmo time, ou porque é pobre, ou porque tem alguma
diferença que não gostam. Hoje é tempo de nos irmanarmos, de vivermos
com DEUS, de agirmos como JESUS agiu.
- 2. Segunda: Justiça para o oprimido
A relação entre o rico e o pobre sempre foi favorável ao rico. As
pessoas são pobres não tanto por falta de oportunidade financeira, e
sim, por falta de oportunidade de preparo para lutar pela vida. E sempre
houve tensão entre raças, especialmente da raça branca sobre a negra.
No mundo, os negros em geral, se bem que há importantes exceções, são
pobres. Em alguns casos isso está, felizmente, mudando. No Brasil temos
leis que criam facilidades aos negros bem como a outros extratos
sociais, para que possam mais facilmente se preparar para a vida. E isso
vem dando certo. Conheço pessoas que tem origem nos bugres, um tipo de
índio de pequena estatura, que se formaram em curso superior, e se
tornaram profissionais bem sucedidos. Mas mesmo no Brasil ainda existe
racismo em indivíduos, felizmente, não em nossas leis, como já foi no
passado. Uma pergunta é: como pode um ser humano escravizar outro ser
humano, considerando a sua cor? Isso é uma tremenda vergonha, um
atestado de fracasso dos elementos norteadores de uma sociedade.
É mais lamentável seres humanos que dizem crer em DEUS, e ao mesmo
tempo, explorarem os menos capazes de se defender. Foi o que aconteceu
em Israel. Os ricos procuravam enriquecer ainda mais, com o trabalho mal
remunerado dos pobres indefesos, que lutavam para ter ao menos o que
comer. É lamentável que irmãos façam isto com outros irmãos.
E a justiça também estava pervertida. Os poderosos mantinham causas
com juízes corruptos, contra pessoas que não podiam defender-se. Assim
os ricos ficavam mais ricos e os poderosos mais poderosos, e no outro
extremo, os pobres nunca saíam da pobreza e os fracos sempre permaneciam
fracos. Ou seja, a riqueza e o poder era um privilégio sempre dos
mesmos, e dentre eles ninguém perdia esses privilégios e os que não
possuíam tais privilégios, nunca conseguiam ter acesso. Formaram-se
classes sociais de pessoas que se achavam superiores. Isto é um insulto a
DEUS, que queria uma sociedade onde todos se servissem mutuamente por
meio do amor.
DEUS não queria uma sociedade onde todos tivessem o mesmo nível
econômico. Sempre haveria pobres, isto é resultado do pecado. Mas DEUS
queria que os pobres vivessem bem e felizes. Para isto os ricos deveriam
ser favoráveis a eles, e a justiça deveria ser imparcial.
“Não é plano
de Deus que a pobreza desapareça do mundo. As classes sociais jamais
deveriam ser igualadas; pois a diversidade de condições que caracteriza
nossa raça é um dos meios pelos quais Deus tem pretendido provar e
desenvolver o caráter. Muitos têm insistido com grande entusiasmo em que
todos os homens devem ter parte igual nas bênçãos temporais de Deus;
não era este, porém, o propósito do Criador. Cristo afirmou que sempre
teremos conosco os pobres. Os pobres, bem como os ricos, são comprados
por Seu sangue; e, entre os Seus professos seguidores, na maioria dos
casos, os primeiros O servem com singeleza de propósito, enquanto os
últimos estão constantemente colocando as suas afeições nos tesouros
terrenos, e Cristo é esquecido. Os cuidados desta vida e a ambição das
riquezas eclipsam a glória do mundo eterno. Seria a maior desgraça que
já sobreveio à humanidade se todos devessem ser colocados em posição de
igualdade em possessões terrenas” (Conselhos Sobre Saúde, 230).
Nós devemos amar nossos semelhantes, como JESUS amou. Devemos ser
favoráveis a eles, buscar pela sua felicidade, fazer o bem, servir ao
próximo. Especialmente nesses últimos dias, quando se aproxima
rapidamente a vinda de CRISTO. Portanto, devemos trabalhar pela vida
eterna dos nossos semelhantes, não importa quem seja, de que raça ou
cor, de que religião, igreja ou seita, de que partido político. JESUS
foi morto por todas as pessoas. Assim nós também devemos amar todas as
pessoas.
- 3. Terça: O perigo dos privilégios
Há algo que DEUS faz pelas Suas criaturas e que tem dado graves
problemas. Não é por culpa de DEUS, mas das criaturas. O que tem trazido
problemas é a prosperidade que DEUS dá a quem ama. Lúcifer, o anjo mais
exaltado por ser aquele que assistia mais próximo a DEUS, o responsável
pela adoração ao Criador, sentiu orgulho disso, e imaginou que deveria
ter e ser mais, a ponto de se revoltar contra DEUS. Adão e Eva tinham
excelentes privilégios no Éden, mas ao ser-lhes dito que poderiam ter
ainda mais, que poderiam saber o que só DEUS sabia, passaram a querer
esse conhecimento. O povo de Israel, que teve o privilégio da eleição em
Abrão, ao ser transformado na nação estabelecida na Palestina e
prosperar, sentiu orgulho da prosperidade e se afastou de DEUS,
imaginando ser conquista sua. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, a
sétima igreja do Apocalipse, povo escolhido para dar a última
advertência ao mundo, por isso próspero, orgulha-se de ter a verdade e
de sua prosperidade, imaginando ser rica no sentido do conhecimento da
verdade, e até da prosperidade material.
A prosperidade com que DEUS brindou Suas criaturas tem se tornado em
ponto de provação, e muitos têm caído em desgraça. Mas longe de
culparmos a DEUS. Será que iríamos desejar que Ele nos criasse e nos
colocasse em condições de penúria para sempre termos que reconhecer
nossa dependência? Não, não é assim! Essa questão delicada será
resolvida para sempre, e estamos bem perto dessa solução. Hoje, ainda, temos que cultivar a simplicidade e o despojamento para mais facilmente nos salvarmos.
Mas quando chegarmos à Nova Terra, então teremos, como sempre foi o
plano de DEUS, a prosperidade e os privilégios de filhos e filhas do Rei
do Universo. Essa lógica é correta porque, como poder-se-ia admitir
criaturas do Rei do Universo serem pobres e tendo falta disso ou
daquilo?
Portanto, aqui na Terra devemos, como JESUS, o nosso exemplo,
cultivar a simplicidade. Afinal, ainda somos fracos pecadores, sujeitos
aos desejos naturais de quem é afetado pelo pecado, ainda não
inteiramente transformados pelo poder de DEUS. Os privilégios que
DEUS dá correspondem também em responsabilidades, isso é evidente. O
povo de Israel devia dar uma mensagem por palavra e por testemunho ao
mundo daquele tempo. No entanto, fizeram exatamente o contrário: se
acharam tão privilegiados que imaginavam que a verdade que receberam não
poderia ser estendida aos gentios. Não podemos cometer o mesmo erro
hoje, e não cometeremos, como é a revelação profética. De mornos seremos
reavivados para a conclusão da obra confiada por DEUS a esta igreja
apocalíptica.
“Em sentido especial foram os adventistas do sétimo dia postos no
mundo como vigias e portadores de luz. A eles foi confiada a última
mensagem de advertência a um mundo a perecer. Sobre eles incide
maravilhosa luz da Palavra de Deus. Confiou-se-lhes uma obra da mais
solene importância: a proclamação da primeira, segunda e terceira
mensagens angélicas. Nenhuma obra há de tão grande importância. Não
devem eles permitir que nenhuma outra coisa lhes absorva a atenção.
“As mais solenes verdades já confiadas a mortais nos foram dadas,
para as proclamarmos ao mundo. A proclamação dessas verdades deve ser
nossa obra. O mundo precisa ser advertido, e o povo de Deus deve ser
fiel ao legado que se lhe confiou. Não se devem eles empenhar em
especulações, nem entrar em empresas comerciais com incrédulos; pois
isso os estorvará de fazer a obra que Deus lhes confiou.
“De Seu povo, diz Cristo: “Vós sois a luz do mundo.” Mat. 5:14. Não é
questão de pouca importância o terem-nos sido revelados tão claramente
os conselhos e planos de Deus. Admirável privilégio é ser capaz de
compreender a vontade de Deus tal como é revelada na segura palavra dos
profetas. Isto põe sobre nós pesada responsabilidade. Deus espera que
comuniquemos aos outros o conhecimento que nos deu. É Seu propósito que
as agências divinas e humanas se unam na proclamação da mensagem de
advertência” (Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 288).
- 4. Quarta: O encontro de Israel com DEUS
Não havia jeito. Israel não se comovia e não retornava a DEUS. Muito
tempo passou, mas Israel se endurecia contra DEUS, seguindo a detestável
idolatria. Então DEUS enviou sete desastres naturais, para ver se o
povo se voltaria a DEUS, mas também isso não funcionou, senão para
servir de prova contra eles. Os desastres foram: faltou pão para o
alimento; faltou chuva; crestamento e ferrugem; o gafanhoto devorador;
peste; espada; subversão como a Sodoma. Mas nada disso chamou a atenção
deles para DEUS. Por fim, DEUS fez um convite: que eles se preparassem
para se encontrarem com DEUS.
Esse convite tem a ver com a oração de Salomão, que, pecando, se o
povo se arrependesse, e orando voltado para o templo, DEUS os perdoaria e
os sararia. Era para que o povo fizesse isso que DEUS estava fazendo
esse convite. Era mais uma oportunidade, afinal.
Para nós, hoje, o convite é o mesmo, e devemos anunciá-lo. “João não
anunciava sua mensagem com elaborados argumentos ou engenhosas teorias.
Assustadora e severa, e todavia cheia de esperança, era sua voz ouvida
do deserto: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos Céus.” Mat.
3:2. … Camponeses e pescadores iletrados dos distritos vizinhos;
soldados romanos dos quartéis de Herodes; comandantes, de espada à
cinta, dispostos a aniquilar qualquer coisa que cheirasse a rebelião; os
mesquinhos cobradores de impostos, de suas coletorias; e do Sinédrio,
os sacerdotes em seus filactérios – todos escutavam como presos de
fascinação; e todos… saíam… sentindo o coração penetrado do sentimento
de seus pecados. …
“Neste século, exatamente antes da segunda vinda de Cristo nas nuvens
do Céu, tem de ser feita uma obra idêntica à de João. Deus pede homens
que preparem um povo para subsistir no grande dia do Senhor. … Como um
povo que acredita na próxima segunda vinda de Cristo, temos uma mensagem
a apresentar – “Prepara-te, … para te encontrares com o teu Deus”. Amós
4:12. Nossa mensagem precisa ser tão direta como o foi a de João. Ele
repreendia reis por sua iniquidade. Não obstante sua vida estar em
perigo, não hesitava em declarar a Palavra de Deus. E nossa obra neste
tempo tem de ser feita com igual fidelidade.
“A fim de dar uma mensagem tal como a de João, devemos possuir vida
espiritual semelhante à sua. A mesma obra deve ser efetuada em nós.
Devemos contemplar a Deus e, em assim fazendo, perder de vista o próprio
eu” (Obreiros Evangélicos, 54 e 55).
- 5. Quinta: Orgulho que leva à queda
Hoje estudaremos o pequeno livro do profeta Obadias. Ele foi escrito
especificamente para Edom, ou Esaú. Edom era um povo pequeno, mas
guerreiro, orgulhoso, soberbo, sem entendimento. Odiava o povo de
Israel, ou judeus. Eram povos irmãos. Descendiam de Esaú, irmão gêmeo de
Jacó. Brigavam desde antes de nascer. Depois do nascimento, Jacó e Esaú
viveram de modo bem diferente. Um se tornou poderoso caçador, o outro
vivia em casa, plantando e cuidando do gado. Esaú não se importava com a
fé de seus pais; Jacó a seguia fielmente. Esaú desprezava a promessa
dada a Abraão, seu avô, mas Jacó dava supremo valor a ela, a tal ponto
que DEUS já havia decidido que a herança da primogenitura iria a Jacó,
não a Esaú que havia nascido antes. Portanto, por nascimento, seria o
mais velho. A maior briga entre os dois irmãos gêmeos foi a que resultou
na bênção da primogenitura a Jacó, não a Esaú. DEUS já havia se
pronunciado sobre isso, mas o ser humano resolveu ajudar a DEUS, e assim
criou problemas em vez de soluções. O problema criado foi que Esaú
queria matar Jacó para impedir que a bênção se realizasse, e este teve
que fugir. Mas quando DEUS está no comando, não há o que o ser humano
possa fazer para impedir a vontade de DEUS. Futuramente fizeram as
pazes, se reconciliaram, por providência de DEUS. E assim deveriam
continuar sempre: dois povos vivendo próximos, um respeitando o outro.
“Os antepassados de Edom e Israel eram irmãos, e bondade e cortesia
fraternal deviam existir entre eles. Proibiu-se aos israelitas, quer
naquela ocasião quer em qualquer tempo futuro, vingar a afronta que se
lhes fizera com a recusa da passagem pela terra. Não deviam ter
expectativa de possuir qualquer parte da terra de Edom. Conquanto os
israelitas fossem o povo escolhido e favorecido de Deus, deviam atender
às restrições que Ele lhes impunha.
Deus lhes prometera uma boa herança;
mas não deviam entender que somente eles tinham direitos na terra, e
procurar excluir todos os outros. Foram instruídos a que se
acautelassem, em todas as suas relações com os edomitas, de lhes fazer
injustiça. Deviam negociar com eles, adquirindo por compra os
suprimentos necessários, e pagando prontamente tudo que recebiam. Como
incitamento a Israel a fim de confiar em Deus, e obedecer à Sua palavra,
lembrou-se-lhes: “O Senhor teu Deus te abençoou; … coisa nenhuma te
faltou.” Deut. 2:7.
Não deviam depender dos edomitas; pois tinham um
Deus farto em recursos. Não deviam pela força ou pela fraude procurar
obter coisa alguma a eles pertencente; mas, em todas as suas relações,
exemplificar o princípio da lei divina: “Amarás a teu próximo como a ti
mesmo.” Lev. 19:18” (Patriarcas e Profetas, 424).
Mas assim, infelizmente, não foi. Edom foi morar, conforme a bênção
dada por Isaque, no deserto, nas montanhas. Construíram a famosa cidade
de Petra, esculpida em grande parte nas rochas das montanhas.
Fortaleceram-se ali. E odiavam a Israel. Quando os israelitas eram
atacados por outros povos, se alegravam em ver sua desgraça. Quando o
povo de DEUS foi atacado por Babilônia, e sua cidade foi destruída e o
templo foi arrasado, eles se rejubilaram, e até ajudaram em saquear o
pouco que restou, e perseguiram alguns que conseguiram fugir. Queriam
eliminar os seus irmãos, em vez de acolher. DEUS viu essa atitude e
disse que a casa de Jacó teria futuro, seria reconstruída, mas a de Edom
seria banida, do modo como eles mediram a Israel, assim seriam medidos.
Hoje, os edomitas não existem mais. Israel existe ainda, e
principalmente, existe a igreja que sucedeu a Israel, a Igreja
Adventista do Sétimo Dia, que mantém a mensagem ao mundo. De Edom não se
fala mais há milhares de anos, a não ser os turistas que visitam as
ruínas da cidade de Petra para olhar e se admirar. Mas disto os edomitas
não têm proveito algum.
- 6. Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Nós facilmente temos uma compreensão errada da bondade, misericórdia e
amor de DEUS. Prefiro dizer nós, pois isso aconteceu com o povo de
Israel, mas o mesmo problema também nos atinge hoje. Ou seja, nós temos a
verdade, e facilmente isso nos faz pensar que somos superiores às
demais igrejas. Os israelitas se imaginavam superiores às demais nações.
Por terem sido eleitos, por terem visto a ação poderosa de DEUS em
seu favor, por terem recebido os Dez Mandamentos das mãos de DEUS, e
inúmeras coisas mais, todas miraculosas e positivas, com o tempo
entenderam que as demais nações eram inferiores e desprezíveis. E de
fato, em certo sentido isso era verdade. Não se poderia comparar o DEUS
de Israel com os demais deuses das nações pagãs. E também não se poderia
comparar o conhecimento que Israel possuía com o conhecimento das
demais nações. Mas isso não justificava que se posicionassem como
possuidores de algo que as demais nações não deveriam possuir. Pelo
contrário, cabia a eles dividir o conhecimento da verdade, e atrair as
outras nações para o DEUS verdadeiro. Em lugar de se sentirem
superiores, deveriam ter se sentido com obrigações e responsabilidades
perante aqueles povos ignorantes a respeito de DEUS. O princípio do amor
deveria impulsioná-los a conquistas espirituais. Eles deveriam sentir
uma compaixão pelos outros povos a ponto de amá-los e de não ficarem
acomodados diante da escuridão espiritual em que viviam.
E nós, hoje, membros da igreja verdadeira, não temos idêntico
problema? É um pouco parecido, mas de certa forma, diferente. Hoje, não
tanto com desprezo que tratamos as demais crenças, mas com uma
indiferença acomodada, ou seja, não estamos preocupados com o fato de
irem-se perdendo. Falta-nos o poder do ESPÍRITO SANTO, para desenvolver
em nós uma espécie de angústia pela perdição de seres humanos.
Precisamos orar mais para que sejamos mais preocupados com a
espiritualidade das pessoas que não são de nossa fé.
Talvez devamos
pensar como Marcos: “Desde os primeiros anos de sua profissão de fé, a
experiência cristã de Marcos tinha-se aprofundado. Ao estudar mais
acuradamente a vida e a morte de Cristo, tinha ele obtido mais clara
visão da missão do Salvador, Suas provas e conflitos. Lendo nas
cicatrizes das mãos e pés de Cristo as marcas de Seu serviço pela
humanidade, e até aonde leva a abnegação para salvar os perdidos e
prestes a perecer, Marcos se dispusera a seguir o Mestre na senda do
sacrifício. Agora, partilhando a sorte de Paulo, o prisioneiro, ele
compreendeu melhor que nunca, que é infinito ganho ganhar a Cristo, e
infinita perda ganhar o mundo e perder a alma por cuja redenção foi o
sangue de Cristo derramado. Em face de severa adversidade e prova,
Marcos continuou firme, um sábio e amado auxiliar do apóstolo” (Atos dos
Apóstolos, 455).
Assista o comentário clicando aqui.
Fonte: Cristo em Breve Virá
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