13 a 20 de Abril de 2013
Entendo ser necessário repetir um pouco da história, e, assim,
reposicionar o leitor e ouvinte da Lição da Escola Sabatina. Então,
permitam-me: entre Davi e Jesus houve uma diferença aproximada de mil
anos. Entre os anos 800 e 400 antes de Cristo, através do relato
bíblico, vemos o ministério profético em favor do povo de Deus. Na
verdade, nunca houve um tempo em que Deus não Se manifestasse para
salvar; no entanto, esse período citado é especial, e por isso ficou
registrado nas Sagradas Escrituras, fato provavelmente realizado pelos
próprios profetas. Mas é verdade que houveram outros profetas que nada
escreveram na Bíblia, se bem que muito fizeram em cumprimento à ordem
divina.
Pois bem, com o neto de Davi, a nação foi dividida. Dez tribos ficaram unidas ao norte, sendo denominadas de Reino de Israel,
e fundaram a capital Samaria. Elias e Eliseu eram de lá, assim como
Oseias, cujo livro estudamos nas duas primeiras lições do trimestre. Em
breve estudaremos Obadias e Amós, também enviados por Deus para ajudar
os israelitas.
As outras duas tribos, ao sul, ficaram com a capital Jerusalém, mas trocaram o nome da nação para Reino de Judá.
Pela sequência cronológica da Bíblia, o primeiro profeta a escrever
um livro para Judá foi Joel, cuja pregação entre eles deve ter ocorrido
por volta de 840 e 830 antes de Cristo. (Foi contemporâneo de Elias,
Eliseu e Obadias, que estavam no outro reino). Lembre-se que o norte
cairia diante dos assírios em 722 a.C., e o sul, diante dos babilônicos,
em 605 – mesmo tendo Deus alertado misericordiosamente o Seu povo,
desejoso que eles participassem do cumprimento de Sua preciosa promessa,
feita a Abraão, a Noé e a Adão. (Na verdade esse é o Seu plano para a
humanidade!).
Então, mais do que história e geografia, a lição é sobre Deus dizendo
ao povo – na clara e tranquila linguagem humana – que eles deveriam se
arrepender do caminho que estavam seguindo, porque Ele, o Eterno, sabia
no que ia dar aquilo. Por isso o extraordinário título da lição para o
trimestre: Busque ao Senhor e viva!
Joel – Lição 3 – Um Deus Santo e Justo:
Ao avistar uma crise, que comportamento você assume? Fica sem
iniciativa? Acha normal e nem dá bola? Lamenta? Põe a culpa em alguém?
Na época de Joel, o país se alimentava de sua própria produção
agrícola. Aliás, essa era a base de toda a sua economia. As pessoas
viviam em função da compra, venda e troca de seus produtos alimentares.
Então, para surgir uma crise, bastava um país rival atear fogo nas
plantações (elas ficavam fora dos muros), ou o advento de pragas, ou a
mudança climática. E, como Deus conhece o futuro, levantou um profeta,
que, através das coisas mais básicas para os judeus, usou palavras
extremamente entendíveis para eles, com o objetivo de trazê-los ao
arrependimento, voltando-se para Deus.
Deus havia Se comprometido a abençoar aquele povo, e o povo havia se
comprometido a obedecer a Deus. Chamamos isso de aliança, acordo,
concerto – e o de Deus é condicional: “Fique Comigo,
que Sou a Fonte de Vida, e viva – não fique Comigo, e não viva”.
Simples!
Não há mistério nisso! No entanto, como a morte é um ato
estranho para Deus, Ele insistiu em estender a Sua misericordiosa mão – a
mão que resgata, que acolhe o arrependido, que se expressa em amor.
(Lembram-se de Pedro quando afundava no mar?! Quando disse: “Senhor,
salva-me!”, ali estava a mão de Cristo, agarrando-o, salvando-o. [Pena
que mais se fala de Pedro afundando do que sendo resgatado]).
Domingo – Desastre Nacional (14 de abril). Se está
correto dizer que o ministério de Joel em Judá é paralelo ou próximo ao
de Elias em Israel, então, enquanto ocorria a seca em Samaria, ao norte,
no tempo de Acabe e Jezabel, o sul também estaria sofrendo um desastre
nacional. E, de igual forma (para que fosse aplacada a ira do inimigo
destruidor), em vez de juízo, Deus concederia Sua protetora benção em
havendo reavivamento e reforma da parte deles. Ah! Como Deus desejava o
arrependimento deles!
A humanidade realmente não aprende a lição: quanto mais fartura, mais
prosperidade, lamentavelmente mais nos distanciamos de Deus! Não
deveria ser assim, mas tem sido.
Juízo Divino ou Deus de Justiça não significa Deus
punir e castigar aqueles a quem Ele deu liberdade de escolha e que, no
caso, não escolheram segui-Lo – ou então isso não seria livre arbítrio.
Fazer juízo ou fazer justiça é só e apenas fazer o certo, o
correto, o absolutamente perfeito, não dando sequer uma única margem à
dúvida. Por isso o título semana: um Deus santo e justo.
Ora, a partir da infeliz escolha de Adão, todos nós ficamos sujeito a fome, tristeza, sofrimento, doença e morte. Como e quando
isso vai ocorrer pode ser diferente para uma ou outra pessoa – mas vai
acontecer. Ocorre que Deus tem segurado os quatro ventos que sopram
contra nós (a não ser que não queiramos mais a Sua proteção), e, se
assim for, dada nossa rejeição, chega o tempo de se fazer
juízo, e a sentença “no dia em que dela comeres é certo que morrerás”
finalmente será executada, cumprindo-se que “o salário do Pecado é a
morte”.
Queridos, é justamente isso que Deus busca fazer entrar em nossa
cabeça. No dia que Adão pecou, assim como passamos a ser pecadores,
também passamos a ter um Salvador, e esse Salvador tomou para Ele o
acerto de contas com o juízo! Por que rejeitar isso, indo sem Ele para o
ajuste final? Por que desprezar Sua oferta?
Segunda – Toque a Trombeta (15 de abril). Diante do
dilúvio, não exalte a chuva. Ela é real, mas o importante é a salvação
proporcionada pela arca. Diante de Sodoma e Gomorra, não exalte o fogo e
o enxofre, e nem a estátua de sal. Isso foi real, mas o importante
foram os anjos retirando aqueles por quem Abraão havia intercedido.
Quanto ao fim da nossa história de pecado, não exalte a perseguição, ou o
sinal da besta, ou o decreto dominical. Isso vai acontecer, mas fale do
cântico dos remidos, da primeira ressurreição, da volta de Jesus. Jesus
é atraente! Fale de Sua salvação!
Toque a trombeta, mas não para fazer ruído, não para importunar, não
para jogar os erros na cara dos errantes, mas para chamar ao
arrependimento, para buscar o que havia se perdido.
Que Deus seja vitorioso através de nosso ministério. Somos
instrumentos Seus para preparar um povo que renuncie seus pecados,
examinem seus corações, e voltem-se para Deus.
Mas a trombeta tem que soar com amor, com ternura. Não bata a trombeta na cabeça de
ninguém.
Terça – O Dom do Espírito de Deus (16 de abril). Acabou
que o reino de Judá foi tomado por Nabucodonosor uns 200 anos depois de
Joel. Interessante é que nas palavras desse profeta havia uma dádiva de
Deus, não cumprida nos dias deles, mas mais adiante, no Pentecostes, lá
em Atos 2, nos dias em que Pedro e os demais apóstolos foram
encharcados pelo derramamento da chuva serôdia – o dom do Espírito
Santo. Ah, se tivesse sido para eles!!!
Bem, isso está para ocorrer novamente. É certeza! Sendo assim, a
pergunta precisa ser feita: será em nós? Desfrutaremos ou
desperdiçaremos?
Quarta – Proclamando o Nome de Deus (17 de abril).
Pense um pouco no contexto de Judá, naquela época. Rodeados pelos
pagãos, avizinhavam com a idolatria, com o culto a falsos deuses. Entre
esses “deuses”, alguns eram reverenciados como responsáveis pela
agricultura, chuva, terra, semente, fertilidade, colheita, alimento – ou
seja, eram os doadores da vida. Os astros estavam ao “seu” dispor. Ora,
ora, ora! Joel alertou seus contemporâneos: Deus está no controle.
Deus! O Deus de Abraão, de Isaque, de Jacó. O Deus verdadeiro!
Joel alertou as pessoas do futuro (que somos nós): Deus está no
controle. E o que é chamado muitas vezes de coisas normais, e estamos
presenciando nos telejornais, na verdade é o juízo de Deus. Ele está
tomando as Suas últimas providências para o retorno de Cristo, o segundo
advento. O nome de Deus será exaltado.
Porém, mais uma vez valorizemos: embora o Dia da volta de Jesus seja
aterrorizante para os ímpios, será de grande alegria para os que O
esperam. Falemos dessa alegria. Convidemos para e por alegria. Que o motivo de evangelização não seja o medo, mas o amor por um Deus maravilhoso que temos.
Quinta – Refúgio em Tempos de Provas (18 de abril).
Cristo é encantador. Seu modo de falar sempre provocou admiração
naqueles que O ouviram. Mesmo nas repreensões, sua voz era redentiva.
Falava para convencer o ouvinte de que havia solução para seus
problemas, sendo que Ele era a solução. Sempre Se inclinou em favor de
todo e qualquer necessitado.
Nunca alguém foi desapontado por Ele.
Alguns personagens bíblicos, mesmo no Velho Testamento, desfrutaram
do favor de Jesus. Compreendiam que Ele sempre fora misericordioso.
Nunca temeram buscar Sua querida presença.
Imagino Adão e Eva saindo do Éden. Haviam acabado de ouvir uma palestra proferida por Jesus. Saíram com uma Promessa
na cabeça. Saíram vestidos com a pele de um cordeiro sacrificado.
Tantas e tantas vezes repetiram a cerimônia sacrifical. E, cada vez,
desfrutavam do refúgio patrocinado por Jesus – Ele é o Cordeiro morto,
que ressurgiu.
Irmãos, em tempos de provas (as individuais e as universais), recorram ao Refúgio. Abriguem-se na Rocha.
“Vinde a Mim…”
Sexta – Conclusão (19 de abril).
“As tremendas questões da eternidade demandam de nossa parte algo
mais que uma religião de pensamento, de palavras e formas, na qual a
verdade é mantida no recinto exterior da existência. Deus pede um
reavivamento e uma reforma. As palavras da Bíblia, e a Bíblia somente,
deviam ser ouvidas do púlpito. Mas a Bíblia tem sido roubada em seu
poder, e o resultado é visto no rebaixamento do vigor da vida
espiritual. Em muitos sermões de hoje não existe aquela divina
manifestação que desperta a consciência e leva vida ao coração. Os
ouvintes não podem dizer: “Porventura, não nos ardia o coração, quando
Ele, pelo caminho, nos falava, quando nos expunha as Escrituras?” Há
muitos que estão clamando pelo Deus vivo, ansiando pela divina presença.
Permitam que a Palavra de Deus lhes fale ao coração. Deixem que os que
têm ouvido apenas sobre tradição, teorias e máximas humanas ouçam a voz
dAquele que pode renovar o coração para a vida eterna” (Profetas e Reis, p. 626).
Senhor, obrigado pela mensagem de Joel. A Sua Palavra é a verdade.
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