Comentário Lição 02 - Amor e julgamento: o dilema de DEUS (Oseias) - Prof. Sikberto Marks

06 a 13 de Abril de 2013

Verso para memorizar:Converte-te a teu DEUS, guarda o amor e o juízo e no teu DEUS espera sempre” (Oseias 12:6).

Introdução de sábado à tarde

JESUS utilizava parábolas para explicar Seus assuntos. E, de fato, como é difícil explicar algo para que o ouvinte, não só entenda e obtenha conhecimento novo, mas que também mude sua vida a partir desse conhecimento. Esse é o princípio da educação: mudança de vida com base em novo conhecimento. Na igreja é ainda mais difícil levar as pessoas à mudança de vida. Aliás, isso é tão complicado, que o próprio mestre humano, ele mesmo necessita realizar mudanças em sua vida. E por vezes ele mesmo não percebe as mudanças que precisa realizar, ou se percebe, muitas vezes não tem desejo de mudar. Esse é um dos nossos grandes dilemas. Por isso, no passado, DEUS levava Seus profetas por vezes a umas ilustrações bem dramáticas, para levar as pessoas a uma reflexão juntamente com o sentimento.

Na semana passada o profeta Oseias foi levado a utilizar o casamento com uma prostituta para ilustrar o que se passava com Israel. Ele mesmo sofreu vergonha e humilhação para dar a mensagem. De fato, não é fácil ser profeta, principalmente em certos tempos; imagine como seria bem difícil ser profeta em nossos dias. Nesta semana estudaremos outra maneira de ensinamento por parte de DEUS. É a metáfora da relação entre pai e filho. Essa é uma relação de concepção, de ensinamento e de fidelidade. O filho nasce a partir do pai e da mãe, é fruto deles. Estabelece-se uma relação de intimidade. Mas como é triste ver, nos noticiários da televisão, um filho ser preso e um pai, ou uma mãe, desesperada, já não sabendo mais o que fazer por seu filho. Certa vez vi uma cena deprimente. Um pai foi ver seu filho atrás das grades. Quando chegou lá, nada conseguiu falar, senão chorar alto, junto com seu filho preso.

Como se poderia hoje, recorrer a ilustrações suficientemente persuasivas para que nós sintamos a necessidade de sermos transformados por nosso Salvador?

  1. 1.      Primeiro dia:  Enganado e insensato
A localização geográfica da nação do povo de DEUS foi a mais estratégica possível. Era rota entre o oriente e o ocidente, com as praias do Mar Mediterrâneo, a depressão do Mar Morto e seu precioso sal, estendendo-se até o rio Eufrates. Em baixo do solo, o melhor petróleo do mundo, que hoje pertencente ao Iraque. Em cima, a região chamada Crescente Fértil, favorável à produção agrícola. Naqueles tempos antigos eles não sabiam, mas a terra prometida não manava só leite e mel, também o atual estratégico petróleo e gás.

Vamos imaginar a história se o povo de DEUS se tivesse mantido fiel. Hoje seria uma nação ocupando as terras entre o Mediterrâneo e o Eufrates, e ao sul, estendendo-se até o Mar Vermelho e fronteiro ao Egito, e ao norte, pegando boa parte da Turquia. É evidente que seria uma nação mais rica que os Estados Unidos da América. Dali irradiaria o poder, tanto da tecnologia e do poder econômico como, muito mais ainda, o poder espiritual. Também é evidente que já se teria concluído a pregação do evangelho com uma nação assim, mais a igreja espalhada pelo mundo, apoiada por esta nação. Se a Igreja Católica, com uma sede em forma de país de apenas 44 hectares tem um poder imenso, imagine a Igreja Adventista apoiada por um país como este, enorme de grande, mais o poder do ESPÍRITO SANTO!

De certa forma, que bom que não foi assim. Pois os salvos estariam no Céu por certo há mais de um século, e nós não teríamos nascido. Pelo menos viemos à existência e temos esperança. Fica a meditação de quanto o povo de DEUS antigo perdeu por não ser fiel a DEUS. É bom refletir sobre isso, pois algo parecido pode acontecer conosco: perder muito por bobeira.

Qual era a exigência para o povo de DEUS, Israel, ter a condição acima? Quanto custava tanto benefício? Era só ser fiel a DEUS.

O que significava ser fiel a DEUS? Além da promessa de tanta terra com as respectivas riquezas naturais, significava muito mais. As riquezas naturais outros estão usando; elas estavam ali, e alguém se beneficiou delas, que não foi o povo de DEUS. Mas havia mais fazendo parte da promessa, muito mais. Havia o poder de DEUS, que foi demonstrado por meio das pragas sobre o Egito, pela travessia do Mar Vermelho, pela travessia no deserto com alimento e proteção, pelo esplêndido recebimento da Lei no Sinai, pelo poder na conquista da terra, e assim por diante. Israel possuía um Rei superior a todos, DEUS, de poder infinito, que queria estabelecer esse povo naquele lugar privilegiado não apenas para se tornar uma grande nação, mas para conquistar o mundo todo por meio do amor. Era um grande projeto de DEUS, que satanás conseguiu estorvar em grande medida.

Em vez de crerem no DEUS que demonstrava poder e amor ao mesmo tempo, sabe a quem o povo recorreu em busca de proteção? É difícil explicar, mas recorreu as dois inimigos mais próximos e interessados em controlar aquela área estratégica: os egípcios e os assírios.

Que incoerência a atitude do povo de DEUS! Como é que foram se associar politicamente, por vezes com o Egito, por vezes com a Assíria? Sabe o que isso significava? Pode imaginar? Isso significava que o povo de DEUS não confiava no poder do DEUS que adoravam, e se imaginavam ter a necessidade de procurar outros poderes, no caso, poderes humanos. Significava que o Egito ou a Assíria seriam mais confiáveis que DEUS. Significava que os deuses desses países pagãos eram mais capazes que o DEUS Criador. Ou seja, estavam trocando o poder do DEUS verdadeiro pelo poder do exército desses países e seus deuses falsos. Confiavam em carros e cavalos! (Sal. 20:7) Que negócio mal feito! Que palhaçada. Que fracasso. Isso é troca que se faz?

Hoje é fácil avaliar os atos dos que já entraram na história. Mas, vamos analisar: e nós, que decisões tomamos? Quando temos problemas, a quem recorremos? Em quem confiamos? Conhecemos a DEUS, temos experiências com Ele? Mesmo nas pequenas coisas da vida, do dia a dia, vamos a Ele para nos aconselhar? Ouvimos Sua voz e Seus ensinamentos? Confiamos em Sua palavra e em Seus profetas?

É de se pensar: será que a história de fracasso não está por ventura se repetindo em nossa vida?

  1. 2.      Segunda: Bezerra domada

Efraim, ou o Reino do Norte, havia recebido terra boa e produtiva. Trabalhava nela com produtividade e colhia em abundância. Essa terra era bem melhor para enriquecer a nação que a do Reino do Sul. Havia aqui uma comparação com os bois novos. O trabalho deles era fácil, como o de Israel enquanto permanecia fiel. Para debulhar o grão os bois caminhavam sobre eles sem jugo nem focinheira, portanto, estavam livres para comer quando desejassem. Era um trabalho agradável. Assim foi com Israel no início de sua história.

Mas Israel não foi fiel. Então, tal como acontecia com o boi, que quando mais velho devia arar a terra com um jugo, assim Israel, sob o jugo assírio, deveria trabalhar duro para pagar impostos e entregar produto aos inimigos. O jugo assírio foi colocado sobre a nuca de Israel, onde DEUS não havia colocado nada. E Judá, o Reino do Sul, devido aos seus pecados, também devia trabalhar duro para ter o que comer. Uma vez foram livres; já não eram mais por falta de fidelidade a DEUS.

Semeai em justiça, disse o profeta, para que colhessem com a chuva das bênçãos de DEUS. O mal que haviam semeado já dera sua colheita pelo jugo assírio; agora deveriam semear com fé pela vontade de DEUS, para colher de novo as bênçãos de DEUS. Deveriam arrepender-se para que retornassem à situação anterior. Agora deveriam semear com lágrimas a semente da justiça, para colher com regozijo. Devia haver uma reforma na vida. Deviam eliminar toda apostasia, proceder uma reforma religiosa radical. A porta da misericórdia para o arrependimento de Israel ainda estava aberta. Havia o real perigo de que a nação já se tivesse afastado tanto de DEUS que apenas alguns indivíduos ouvissem e aceitassem a mensagem de DEUS por meio do profeta. E assim foi: a nação caminhou em direção a derrota total, mas pessoas, algumas, se salvaram.

“Se o Senhor reprovou o Seu povo antigamente, por eles negligenciarem dEle buscar conselho quando estavam em dificuldade, não Se desagradará hoje se Seu povo, em vez de confiar em que os brilhantes raios do Sol da Justiça lhes ilumine o caminho, dEle se afastarem em suas provas e dificuldades, em busca de auxílio de seres humanos tão sujeitos ao erro e deficientes como eles próprios? Onde está nossa força? Está nos homens que são tão indefesos e dependentes como nós mesmos, e que tanto como nós necessitam da orientação de Deus?” (Testemunhos para Ministros, 380 e 381).

“Quando o povo de Deus tirar os olhos das coisas deste mundo e os puser no Céu e em coisas celestiais, será um povo peculiar, porque verá a misericórdia e bondade e compaixão que Deus mostrou aos filhos dos homens. Seu amor atrairá deles uma resposta, e na vida mostrarão aos que os rodeiam que o Espírito de Deus os controla, que estão pondo suas afeições nas coisas de cima e não nas da Terra” (Nos Lugares Celestiais, MM 1968, 368).

  1. 3.      Terça: Um filho aprendendo a andar
A história de Israel é linda. DEUS foi o pai de Israel. Vamos rever esta história. Foi DEUS quem chamou Abrão e Sara para saírem de Ur dos Caldeus, de junto de seus parentes idólatras, e ir para um lugar que Ele indicaria. Esteve com Abrão em suas peregrinações e deu um filho ao casal, o herdeiro, 25 anos depois do chamado. Esse filho veio quando não era mais possível Sara ter filhos, ainda sendo ela estéril. Esse foi mais um cuidado especial de Quem amava o casal.

Depois veio a história da escolha de uma esposa para esse filho, Isaque. Foi DEUS quem escolheu Rebeca, por meio do servo fiel de Abraão. Desse casal nasceu Esaú e Jacó, mas DEUS escolheu o segundo para seus planos, para formar Sua nação primogênita. De Jacó nasceram os doze filhos que formaram a grande nação de Israel. Eles foram ao Egito por meio dos cuidados de DEUS. Fugiram de uma seca, e DEUS já havia providenciado tudo, mesmo por meio dos erros que eles cometiam. Até a ira e a maldade contribuíam com o nascimento de um grande povo. O que os irmãos fizeram com José, não deveriam ter feito, mas DEUS reverteu para o bem futuro de todos eles.

Na terra do Egito tornaram-se a nação eleita de DEUS. De lá, como um pai a seu filho, DEUS os tirou de maneira tal que hoje muita gente nem acredita ser verdade. Castigou o povo que os escravizara, e abriu o Mar Vermelho para fazê-los ir em frente, afogando seus inimigos perseguidores. Estavam no deserto, livres dos inimigos, prontos para terem uma lei como nenhum povo possuiria jamais, a não ser que se convertesse ao DEUS de Israel.

DEUS os conduziu para a terra prometida, e ali os estabeleceu, sempre como a um filho. Ali os fez prosperar, e os tornou uma grande nação, sob o reinado de Davi, o precursor do Rei eterno, o Salvador e Senhor JESUS CRISTO, condutor de Israel. “O Senhor tratou Israel com ternura, desde sua libertação do cativeiro egípcio à Terra Prometida. ‘Em toda aflição do Seu povo Ele também Se afligiu e a presença de Seu anjo os salvou. Em Seu amor e em Sua misericórdia Ele os resgatou” (Comentários de EGW sobre a lição da ES, 1º trim/2013, p. 12 e 13).

Assim DEUS ainda quer relacionar-Se conosco. Quando a Seus filhos acontece algo triste, isso pode ser um aviso de DEUS que deve haver mudança em nossa vida, talvez que devamos nos aproximar mais dEle. “É justamente porque Deus os conduz que estas coisas lhes sucedem. As provas e obstáculos são os métodos de disciplina escolhidos pelo Senhor e as condições de bom êxito que nos apresenta. Ele, que lê o coração dos homens, conhece melhor do que eles mesmos o seu caráter. Vê que alguns têm faculdades e possibilidades que, bem dirigidas, podiam ser empregadas no avanço de Sua obra. Em Sua providência, Deus colocou estas pessoas em diferentes situações e variadas circunstâncias a fim de que possam descobrir, em seu caráter, defeitos que a eles próprios estavam ocultos. Dá-lhes oportunidade de corrigirem tais defeitos e de se tornarem aptos para O servir. Permite por vezes que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados” (A Ciência do Bom Viver, 471).

  1. 4.      Quarta: Compaixão mais forte do que a ira
No trecho do texto bíblico de hoje, de Oseias 11:8 e 9, DEUS está falando como um pai arrependido por ter repreendido seu filho por uma desobediência. Mas isso precisava ser feito. Foi dolorido ao filho, Efraim, ou Israel (Oseias utiliza o nome de uma das tribos para representar o Reino do Norte), e também foi dolorido a DEUS. Qual é o pai, ou a mãe, normais, que apreciam castigar os filhos? O que os pais desejam é terem filhos obedientes para que possam sempre dar-lhes bons presentes. Querem ver os filhos felizes.

Parece que DEUS estava chorando nesse trecho da Bíblia. Ele dizia consternado, triste, que Seu coração estava comovido, e Se sentia compassivo com Seu povo. Prometeu que não iria mais destruir Efraim. Na verdade, DEUS amava aquele povo que correspondia com rebeldia. Não querendo perder o povo para a idolatria, DEUS Se via obrigado a recorrer à repreensão, por vezes muito dolorosa, como permitir que uma nação inimiga viesse e destruísse tudo. Isso doía mais em DEUS que em Seu povo, assim como dói aos pais repreender seus filhos. É tanta a dor nos pais que muitos deles deixam de disciplinar, e por essa via, perdem seus filhos para o mundo. Pior ainda, não acha? Como é difícil ser DEUS quando existe o pecado!

Nesse trecho fica bem claro: DEUS não quer castigar Seu povo. Ele não quer castigar nenhum ser humano, são todos Seus filhos, são todos descendentes de Adão e Eva. Mas muitas vezes nós caminhamos tão distantes de DEUS, que se Ele não fizer nada, nos separamos definitivamente dEle. São as astutas atrações mundanas que criam esta situação. Atrações que em geral nem percebemos, e que amamos como se fossem normais, como se DEUS não Se importasse com elas. Mas por causa dessas coisas JESUS sofreu em nosso lugar, na cruz. Qual pai ou mãe chegam a tanto? De dar sua vida por seus filhos? Isso a nós, humanos, nem é possível. Um pai ou mãe pode se doar em parte a seu filho, doando um órgão por exemplo. Mas morrer pelo filho não é solução. Assim mesmo, há pais que, na tentativa de salvar um filho amado, morrem enfrentando situações dramáticas, como o fogo. Mas daí em diante, o filho fica sem a proteção para a próxima necessidade.

Como esse assunto nos deveria atrair os pensamentos, para refletirmos, e entendermos quão grande é o amor de DEUS por nós! “Deus ama Seus filhos, e quer vê-los vencer o desânimo com que Satanás os oprime. Não deis lugar à incredulidade. Não aumenteis as vossas dificuldades. Lembrai-vos do amor e da fortaleza demonstrados por Deus em tempos passados” (Minha Consagração Hoje, MM, 1989, 1953. p. 12).

  1. 5.      Quinta: Curado, amado e sustentado
Há uma diferença de percepção sobre a divindade do Velho Testamento em relação ao Novo Testamento. Embora isso não seja verdadeiro, essa diferença é bem acentuada. As pessoas imaginam que a Bíblia do Velho Testamento se refere a DEUS Pai, e a do Novo Testamento se refere a JESUS CRISTO, o Filho. O Pai lhes parece severo, implacável, vingador e sempre atento para ver onde alguém errava. Já no Novo Testamento JESUS parece um perdoador, amável, que vai atrás dos pecadores, desejoso de salvar a todos. Parece que o Pai e o Filho não possuem a mesma natureza.

Na Idade Média, quando se sobressaía o poder da Igreja Católica, DEUS era visto como aquele que facilmente mandava para o inferno, e por isso precisavam da intercessão de Maria para libertar as pessoas desse lugar. Imagine um fogo eterno onde almas desencarnadas estivessem sofrendo ininterruptamente. Quantas missas eram pagas para tentar libertar os mortos desse lugar. Esse era o DEUS do Antigo Testamento, ou melhor, assim era visto e ensinado.

Mas tal ensinamento sobre DEUS está totalmente errado. Não há diferença alguma entre o trato de DEUS no Velho em relação ao Novo Testamento. Desde aquele dia quando Adão e Eva caíram, DEUS sempre foi o mesmo, indo atrás dos pecadores para os livrar de sua condição. Aliás, sempre foi JESUS, o Criador, depois também Salvador, que Se manifestava no Velho Testamento, e foi Ele quem veio morrer por nós. Ele sempre foi o mesmo, nunca mudou. E desde o princípio do pecado, sempre foram os pecadores que teimavam em permanecer afastados de DEUS. Foi assim no Velho Testamento como ainda está sendo no Novo Testamento. E em todos os tempos, DEUS sempre amou Seus filhos, toda a criatura humana, e usou de castigos para alertar de sua condição, que seria ruim para eles mesmos. Convenhamos, todos nós necessitamos de algum castigo de vez em quando para nos alertar da situação em que nos metemos.

Vamos a alguns exemplos da bondade de DEUS no Antigo Testamento. Com Adão e Eva foi o início de como DEUS trataria a questão do pecado. Naquele dia houve o anúncio de guerra entre DEUS e satanás, o anúncio da cruz no futuro, para libertação da raça que se tornou pecadora.

Caim foi amaldiçoado porque matou seu irmão. Pudera, ele estava muito bem informado sobre o que fez. DEUS mesmo disse a ele que praticara em pleno conhecimento de que fazia algo errado. A terra se vingaria dele. Algo assim, pense bem, DEUS deveria deixar passar sem fazer nada? Mesmo assim, Caim se casou e teve filhos e filhas, teve descendentes, e todos eles tiveram oportunidades sem fim para serem fiéis a DEUS. Aliás, tais oportunidades jamais faltaram ao longo da história.

Depois ocorreu a história do Dilúvio. Aqui DEUS parece bem severo, afinal, matou todas as criaturas terrestres, menos oito pessoas e os animais que foram postos na arca. Mas nunca esqueçamos os 120 anos de tempo dados para que se arrependessem, enquanto Noé construía a arca. Esse foi o tempo de vida máximo que os seres humanos viveriam depois da inundação. Porque tanto tempo para construir uma arca? Era a arca sendo levantada para mostrar o que viria, que a pregação de Noé era fiel. Se fosse alguma bobeira, Noé não conseguiria manter a determinação de construir uma arca durante tanto tempo. O que eles fizeram? Zombaram de Noé dizendo: jamais choveu, jamais choverá.

Assim a história foi se desenrolando, em todas as ocasiões DEUS buscando corrigir, nunca buscando destruir. O caso de Sodoma e Gomorra (e mais outras duas cidades) foi outra situação radical. Essas pessoas passaram o limite do tolerável. Tiveram que ser destruídas. Se não fossem, a humanidade certamente se teria deteriorado além do suportável, pela própria humanidade. Imagine hoje, se no mundo houvesse uma cidade onde todos se tornassem depravados, usando drogas todos os dias, roubando todos os dias, e matando sem misericórdia. Nenhuma pessoa decente ali. Como seria isso? Pois já estamos outra vez chegando nessa situação. As leis estão favorecendo o erro e desmotivando o que é reto. Essas cidades tiveram que ser destruídas antes dos outros cananeus, mas DEUS teve misericórdia com Nínive, nos tempos de Jonas, porque a partir de seu rei, todos se arrependeram.

Todas as vezes em que DEUS interviu com poder destruidor, analise-se os casos, a maldade chegara a tal ponto que para estes não havia mais futuro, nem eles jamais se arrependeriam. Hoje já estamos muito próximos desse ponto, e a última pregação sobre o mundo separará os que ainda se arrependem dos cauterizados, e assim se formarão os últimos dois grupos.

Seja no Velho Testamento, seja no Novo Testamento, a ênfase de DEUS, sempre, antes de castigar, é no arrependimento para o perdão e salvação.

  1. 6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
DEUS não muda, Ele sempre foi o mesmo. DEUS sempre enfatizou no perdão para a salvação. No Velho Testamento DEUS Se comunicava com as pessoas por meio de profetas; no Novo Testamento Ele Se comunica por meio da Bíblia, o livro mais vendido, que nenhum outro consegue superar. A Bíblia fez e faz uma grande diferença para os povos. Mesmo atualmente, dela vem princípios de respeito à vida por exemplo, que no antigo paganismo nem se cogitava. Dela vem respeito para com a mulher, as crianças e os idosos, dela vem a ética do bom relacionamento, que muitos têm como valores essenciais. E isso tudo vem de DEUS, plantado nos tempos do Velho Testamento. “Coisa alguma atinge tão plenamente aos mais íntimos motivos de conduta, como o sentimento do amor perdoador de Cristo. Temos de pôr-nos em contato com Deus, então seremos possuídos de Seu Espírito Santo, que nos habilita a pôr-nos em contato com nossos semelhantes. Regozijai-vos, pois, de que, por meio de Cristo, vos tenhais ligado a Deus, vos tenhais tornado membros da família celestial. Enquanto puserdes os olhos para além de vós mesmos, haveis de experimentar contínuo sentimento da fraqueza da humanidade. Quanto menos acariciardes o próprio eu, tanto mais distinta e ampla se tornará vossa compreensão da excelência de vosso Salvador. Quanto mais intimamente vos relacionardes com a fonte da luz e do poder, tanto mais abundante a luz que sobre vós incidirá, e maior o poder com que haveis de trabalhar para Deus. Regozijai-vos de ser um com Deus, um com Cristo, e com toda a família do Céu” (O Desejado de Todas as Nações, 493 e 494).

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