Comentários Lição 8 – JESUS, provedor e mantenedor (Prof. César Pagani)


16 a 22 de fevereiro de 2013

“O meu Deus suprirá todas as necessidades de vocês, de acordo com Suas gloriosas riquezas em Cristo Jesus.” Fp 4:19 –NVI.

Nota do comentarista: Os irmãos poderão achar alguma diferença nos títulos principal e diários da lição. É que os traduzimos diretamente do original e esses podem não ser iguais aos dos impressos na lição em português.

            O Senhor de todas as coisas acha-Se profundamente envolvido com Sua criação. É mediante o exercício de Seu poder que a Criação se mantém estável em todas as suas esferas. Deixasse Deus de exercer Seus poderes e toda a criação entraria em colapso universal e caos completo. Implodiria e cairia sobre si mesma.
          Ele não Se assenta em Seu trono ociosamente, apenas contemplando tudo quanto criou e deixando que o Universo funcione em moto-perpétuo (movimento de um sistema mecânico que depois de iniciado prossegue por si mesmo em ação, sem interferência externa). Em absoluto!  Nosso Criador está continuamente irradiando Seu poder para que as estrelas continuem queimando hidrogênio, a gravitação prossiga equilibrando os corpos celestes, e todos os seres a quem o Senhor outorgou vida continuem vivendo.  Ele é o imenso coração do Universo.
            Em seus escritos, Ellen White fala de: “graça mantenedora”, “presença mantenedora”, “cuidado mantenedor”, “poder mantenedor”, “mantenedora presença” e mais: “Ele é o Criador, o Redentor e o Mantenedor da raça humana.” MS, 20.
            O envolvido verbo manter utilizado neste estudo tem as conotações de: conservar, fazer perdurar em determinado estado, proteger, assegurar, garantir, sustentar, conservar firme, prover o necessário.  Tudo isso e muito mais o Senhor tem realizado por causa de Seu insondável amor pelas criaturas decaídas.
      
DOMINGO
O MANTENEDOR
            Quem sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder? Cristo Jesus.  O tempo verbal (particípio ativo presente) do texto grego utilizado pelo autor de Hebreus, deixa bem claro que a sustentação é um ato contínuo de Cristo. A abrangência desse ato é verdadeiramente assustadora: todas as coisas criadas por Deus em todo o Universo são conservadas em operação contínua pelo poder da palavra de Cristo. Ele ordena e tudo se mantém em perfeita ordem.
            Imagine, se puder, o número de coisas existentes no Universo. “[...] Todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades [...]” Coisas animadas e inanimadas, visíveis e invisíveis... tudo é mantido por Jesus. Imagine quanto poder é necessário para essa hipermega obra continuar funcionando. Toda a vastíssima criação de Deus funciona graças ao poder de Cristo.
            Cada pulsação de nosso coração, cada latejar de nosso pulso, cada respiração que nos anima, cada giro da circulação sanguínea pelos 100.000 km de vasos sanguíneos de nosso corpo, é ato da graça mantenedora de nosso Senhor e Salvador.
            O próprio alimento que ingerimos é resultado do amoroso cuidado de Jesus: “Abres a mão e satisfazes de benevolência a todo vivente.” (Sl 145:16)
            Os que possuem verdadeiro conhecimento de Deus não se tornarão tão obcecados com as leis da matéria ou as operações da Natureza que passem por alto, ou se recusem a reconhecer, a constante operação de Deus na Natureza. A Natureza não é Deus, nem jamais foi Deus. A voz da Natureza testifica de Deus, mas a Natureza não é Deus. Como Sua obra criada, ela simplesmente dá testemunho do poder de Deus. A Divindade é o autor da Natureza. O mundo natural não tem, em si, poder algum senão o que Deus lhe supre. Existe um Deus pessoal, o Pai; existe um Cristo pessoal, o Filho. E ‘havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo. O qual, sendo o resplendor da Sua glória, e a expressa imagem da Sua pessoa, e sustentando todas as coisas, pela palavra do Seu poder, havendo feito por Si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-Se à destra da Majestade nas alturas’. Hb 1:1-3.” ME1, 293.  
            A falsamente chamada ciência não reconhece a mão do Mantenedor.  “Os antigos filósofos jactavam-se de seus superiores conhecimentos. Leiamos como entendia a questão o apóstolo inspirado: ‘Dizendo-se sábios’, diz ele, ‘tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e das aves, e de quadrúpedes, e de répteis... Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador.’ Rm 1:22-25. Em sua sabedoria humana não pode o mundo conhecer a Deus. Seus homens sábios reúnem um imperfeito conhecimento de Deus, por Suas obras criadas, e então, em sua loucura, exaltam a Natureza e as leis da Natureza acima do Deus da Natureza. Os que não possuem um conhecimento de Deus mediante a aceitação da revelação que de Si mesmo deu em Cristo, esses só obterão um conhecimento imperfeito dEle, na Natureza; e este conhecimento, longe de proporcionar conceitos elevados acerca de Deus, e colocar o ser inteiro em conformidade com Sua vontade, fará dos homens idólatras. Professando-se sábios, tornar-se-ão loucos.” Idem, 295.

SEGUNDA
             Deus não gosta de miséria. Nada do que faz é mesquinho, tacanho. Ele é o Deus da abundância. O relato genesíaco não trata apenas da fartura de alimento para homens e animais.  Imaginemos a qualidade nutricional dos alimentos componentes da dieta original edênica. Quando o Gênesis fala em “ervas” ele aplica um termo hebraico bem genérico (eseb) para dizer que homens e animais podiam comer plantas, ervas, grama e relva. Uma dieta totalmente crudívora.   E ainda o Generoso Provedor incluiu na dieta o fruto da árvore da vida.
            Por onde quer que o casal e os animais de seu reino passassem, tinham farto provimento de alimento que supriria todas as suas necessidades.
            Com a maldição ocasionada pela entrada do pecado no mundo, seria de se esperar um terrível comprometimento na qualidade nutricional dos alimentos. É claro que ocorreram efeitos malignos sobre as fontes alimentares do homem, mas ainda assim o amoroso Criador preservou o máximo de nutrientes para que a vida continuasse sobre a Terra. 
            Ainda hoje os alimentos de origem vegetal são os mais proveitosos para a saúde do homem, e é plano divino levar-nos de volta à dieta original, com o abandono de alimentos de origem animal, produtores de muitas enfermidades, toxinas, radicais livres e inflamações sistêmicas.
“E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. Do solo fez o Senhor Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal.”
“Tudo que Deus havia feito era a perfeição da beleza, e nada parecia faltar do que pudesse contribuir para a felicidade do santo par;  deu-lhes, contudo, o Criador ainda outra demonstração de Seu amor, preparando um jardim especialmente para ser o seu lar. Neste jardim havia árvores de toda variedade, muitas das quais carregadas de deliciosos frutos. Havia lindas trepadeiras, que cresciam eretas, apresentando, todavia, um graciosíssimo aspecto, com seus ramos pendendo sob a carga de tentadores frutos, dos mais belos e variados matizes. Era o trabalho de Adão e Eva amoldar os ramos da trepadeira de maneira a formar caramanchéis, fazendo assim, para si, com as árvores vivas, moradas cobertas com folhagem e frutos. Havia fragrantes flores de toda cor, em grande profusão. No meio do jardim estava a árvore da vida, sobrepujando em glória a todas as outras árvores. Seu fruto assemelhava-se a maçãs de ouro e prata, e tinha a propriedade de perpetuar a vida.  PP, 46, 47.
A despeito dos insultos, desafios, rebelião, transgressões, blasfêmias e perversão dos homens, ainda o bondoso Senhor abre Sua mão para alimentar a população do mundo. Mesmo em países africanos assolados pela fome (podemos também mencionar o Haiti), o problema não é da parte de Deus, mas dos homens que não estão interessados em resolver os problemas das populações esfaimadas. Há, no mundo, alimento suficiente para suprir todas as nações, mas os interesses dos governantes não estão voltados para os pobres, senão para seus projetos de poder. 

        Ninguém pode negar a existência do mal em suas várias manifestações. Em verdade, o mal é natural primeiramente no homem. Disse o sábio Salomão em Eclesiastes 9:3: “[...] O coração dos homens está cheio de maldade, nele há desvarios enquanto vivem [...] Eles produzem maldade afligindo seus semelhantes, os animais, destruindo o meio ambiente por torpe ganância, transgredindo leis, procedendo devassamente, contaminando com sua injustiça até mesmo a terra.
Há o que os filósofos chamam de mal metafísico, que nada mais vem a ser que  
enchentes, furacões, terremotos, secas, tsunamis, grandes incêndios florestais, catástrofes em a Natureza, etc.  O mal metafísico ou natural tem causas naturais, apesar de poder-se tornar ainda mais grave  p0r causa  da incompetência, imbecilidade  e loucura dos homens.
            A Bíblia deixa claro que a maldade do homem contamina a Terra. “A terra pranteia e se murcha; o mundo enfraquece e se murcha; enlanguescem os mais altos do povo da terra.
Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, violam os estatutos e quebram a aliança eterna.” (Is 24:4, 5)
            É fato que muitas calamidades e tragédias ocorrem por ação direta do maligno.
 Ele tem poder para fazer cair fogo do céu (Ap 13:13). Foi o que ele fez quando se lançou como desvairado destruidor sobre as propriedades de Jó (Jó 1:16) , sobre seus filhos (v.v. 18-19).
“Nos acidentes e calamidades no mar e em terra, nos grandes incêndios, nos violentos furacões e terríveis saraivadas, nas tempestades, inundações, ciclones, ressacas e terremotos, em toda parte e sob milhares de formas, Satanás está exercendo seu poder. Destrói a seara que está a amadurar, e seguem-se fome e angústia. Comunica ao ar infecção mortal, e milhares perecem pela pestilência. Estas visitações devem tornar-se mais e mais frequentes e desastrosas. A destruição será tanto sobre o homem como sobre os animais. ‘A Terra pranteia e se murcha; enfraquecem os mais altos do povo [...] Na verdade, a Terra está contaminada por causa dos seus moradores, porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna.’ Is 24:4 e 5.” GC, 637-639. 
É verdade que calamidades naturais também podem ser juízos divinos. O Dilúvio é um exemplo; a destruição de Sodoma e Gomorra, outro. As dez pragas que caíram sobre o Egito também atestam tal fato.
“Aproxima-se o tempo em que as cidades serão alvo dos juízos divinos. Dentro em pouco as cidades serão terrivelmente sacudidas. Não importa quais sejam as dimensões e a solidez dos edifícios, nem quais as precauções tomadas contra incêndios, quando Deus tocar esses edifícios, dentro de poucos minutos ou algumas horas ficarão reduzidos a escombros.”  CSS, 268. 
 “As cidades ímpias do nosso mundo serão varridas pela vassoura da destruição. Nas calamidades que agora atingem edifícios imensos e grandes distritos das cidades, Deus nos está mostrando o que irá acontecer em toda a Terra. Ele nos disse: ‘Aprendei, pois, esta parábola da figueira: Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele [Cristo] está próximo, às portas.’ Mt 24:32 e 33.” TS3, 112-115. 
 Os juízos divinos estão na Terra. Eles falam em solene advertência, dizendo: ‘Ficai também vós apercebidos; por- que, à hora em que não cuidais, o Filho do homem virá’.” Maranata, 104.
      
QUARTA
Governando uma criação danificada  
            Um ponto importantíssimo a considerar é que a criação, além do que já foi arruinada até aqui por demônios e homens, continua sendo agredida por ambos e de forma crescente.
            Analise estes dados:
1.    1,3 bilhões de pessoas (mais de um terço da população dos países em desenvolvimento que corresponde a 1/5 da população mundial) sobrevivem com menos de um dólar por dia (linha de pobreza absoluta).
2.   A fome mata 18 milhões de pessoas por ano sendo que 1.500 crianças morrem a cada hora vítimas dela.
3.   A desnutrição atinge mais de 800 milhões de pessoas com seu cortejo de doenças, desabrigo, insalubridade, etc., sendo que a cada dia aumenta em 220 mil bocas a serem alimentadas.
4.   Sede: 35% da humanidade carece de água potável, sendo que nos países em desenvolvimento essa cifra chega a 60%.
5.    Mais da metade da população mundial pode não ter acesso à água potável em 2032.
6.   Elite de grande consumo: 20% da população mundial consomem 80% dos recursos naturais do planeta (energia e matéria).
7.    O patrimônio das 359 pessoas mais ricas do mundo equivale à renda dos 2,4 bilhões de pessoas mais pobres (40% da humanidade).
8.   A população mundial é da ordem de 6,5 bilhões com provavelmente  8 bilhões em 2025, não se  estabilizando antes dos 12 bilhões.  Entre 1955 e 1990, 94% desde crescimento se deu nos países mais pobres.
9.   A humanidade está usando 20% a mais de recursos naturais do que o planeta é capaz de repor. Com isso está avançando sobre os estoques naturais da Terra, comprometendo as gerações atuais e futuras. Se não aumentar a eficiência na produção de alimentos e bens de consumo, o que reduziria a demanda por recursos, poderá haver uma queda dramática na qualidade de vida e no produto da economia mundial a partir de 2030.
10.    Segundo o Relatório “Planeta Vivo 2004” da Rede WWF, a "pegada ecológica" do ser humano - índice que mede a sustentabilidade ambiental com base na demanda de recursos naturais renováveis - aumentou em 70% desde 1970 (5% a mais do que o crescimento populacional) e é hoje de 2,2 hectares por pessoa num mundo que só dispõe de 1,8 hectares por pessoa.
11.      “Pegada Ecológica”: o maior consumo é da população da América do Norte – a "pegada” de um norte-americano equivale a de dois europeus e a sete vezes o tamanho da pegada de um asiático ou de um africano. No ranking mundial, a "pegada” do brasileiro fica em 60º lugar na lista de 149 países considerados no estudo. Quando se compara o consumo somente de alimentos, fibras e madeiras, no entanto, o Brasil sobe para 27º lugar. No item energia, o Brasil fica em 82º lugar e em água fica em 70º lugar.
12.     Exploração excessiva dos recursos naturais: a capacidade de reposição natural é inferior ao atual nível de consumo. O ser humano é de natureza onívora.
13.     Introdução de espécies estranhas a uma dada localidade.
14.     Destruição de habitats naturais e insulamento (áreas naturais isoladas) com empobrecimento de biodiversidade.
15.     Poluição: destruição da camada de ozônio e mudanças climáticas.
Degradação Ambiental
16.     Uma área equivalente a Portugal ou Hungria é perdida anualmente em função dos fatores corrosivos. 
17.     A desertificação aumenta anualmente à proporção do território da Grã Bretanha. 
18.    Um quarto da água doce do planeta está inaproveitável. 
19.     As florestas tropicais sofrem uma perda anual do tamanho da Áustria. 
20.   A metade das florestas da Europa Central, China e América do Norte está desaparecendo devido à poluição do ar e à chuva ácida. 
21.         Existem cerca de 400 usinas nucleares no planeta, cada uma produzindo lixo radioativo com meia vida de até 24 mil anos. 
22.        O acúmulo de gases resultantes do uso de combustíveis fósseis gera o efeito-estufa que aumenta a temperatura do planeta e causa a elevação do nível dos oceanos.
           Maravilhem0-nos de que ainda estejamos por aqui. Não fosse a mão preservadora de Deus, retendo os ventos da destruição e ainda fornecendo recursos ao planeta, e já teríamos um planeta tão árido como os vales lunares e marcianos e tão gelado quanto Plutão. Nem estaríamos vivos para ver essa realidade.   

Provedor para uma criação danificada
            Uma questão a considerar é que, após a Terra cair sob maldição por causa do pecado do homem, a provisão de alimentos, de luz solar, de água, e atendimento de todas as necessidades biofísicas do homem continuaram sem muita alteração. Excluindo o acesso à árvore da vida e a todas as árvores frutíferas que estavam dentro do âmbito do Éden, o homem poderia continuar com sua dieta frugívora sem muita alteração.  A despeito de ter de trabalhar duro para conseguir seu alimento, o oferecimento dos gêneros era tão abundante quanto no Éden.
            Não poderia Deus racionar a alimentação, fazer com que as árvores alimentícias se  secassem e não dessem mais frutos, a fim de castigar o homem?  Afinal de contas, o transgressor, por sua própria desobediência e pecado, se excluíra das bênçãos.
             Acontece que a benignidade de Deus já estava considerando o sangue do Cordeiro de Deus vigente, porquanto fora Ele morto antes da fundação do mundo, como medida de infinita graça para garantir a sobrevivência do homem.
            Você sabia que é por causa do sangue de Cristo derramado na cruz que temos alimento em nossa mesa?
Cada momento somos mantidos pelo cuidado de Deus e sustentados pelo Seu poder. Ele enche nossa mesa de alimento. Dá-nos sono pacífico e refrigerador. Semanalmente traz-nos o sábado, a fim de que possamos descansar de nossos trabalhos temporais e adorá-Lo em Sua própria casa. Deu-nos Sua Palavra, para que fosse uma lâmpada para os nossos pés e uma luz para o nosso caminho. Nas suas sagradas páginas, encontramos sábios conselhos; e sempre que a Ele elevamos nosso coração em contrição e fé, concede-nos as bênçãos de Sua graça. Acima de tudo, está o dom infinito do querido Filho de Deus, através do qual fluem todas as outras bênçãos para esta vida e para a vida vindoura.” CSM, 18.  
“No Sermão do Monte, Cristo ensinou aos discípulos preciosas lições quanto à necessidade de confiar em Deus. Essas lições visavam a animar Seus filhos através de todos os séculos, e chegaram até nós plenas de ensinos e conforto. O Salvador apontou a Seus seguidores as aves do céu, modulando suas canções de louvor, livres de cuidados, pois ‘não semeiam, nem segam’. E, no entanto, o grande Pai lhes supre as necessidades. Pergunta o Salvador: ‘Não tendes vós muito mais valor do que elas?’ Mt 6:26. O grande Provedor dos homens e animais abre as mãos e supre a necessidade de todas as Suas criaturas. Não reputa as aves do céu inferiores ao Seu cuidado. Não lhes põe o alimento no bico, mas toma providências para lhes satisfazer as necessidades. Cumpre-lhes apanhar as sementes que para elas espalha. Têm de preparar o material para o ninhozinho. Precisam alimentar os filhotes. E saem ao seu trabalho cantando, pois ‘vosso Pai celestial as alimenta’. E ‘não tendes vós muito mais valor do que elas?’ Não tendes vós como adoradores inteligentes e espirituais, mais valor do que as aves do céu? Não há de o Autor de nosso ser, o Conservador de nossa existência, Aquele que nos formou à Sua própria e divina imagem, não há de Ele prover as nossas necessidades, se tão somente nEle confiarmos?” CC, 123.  

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