Frases #42

"Não ponha a cabeça no travesseiro a não ser que saiba onde vai passar a eternidade."

Pr. Rafael Rossi

Comentários Lição 7 - Vida Santa (Prof. Sikberto)


11 a 18 de Agosto de 2012

Verso para memorizar:DEUS não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação” (I Tess. 4:7).

Introdução de sábado à tarde
Tessalônica, como já sabemos, era um centro comercial próspero. Aliás, a cidade ainda hoje é próspera. Isso significava grande fluxo de gente e riqueza, que, por sua vez, atrai práticas degenerativas. As principais práticas desse tipo são: imoralidade, violência, liberalismo, glutonaria, festas mundanas, gastança, e outras. E as comunidades situadas nesses ambientes sofrem forte influência. Sempre há quem tente manter um pé na igreja e outro no mundo, imaginando que ainda assim possa se salvar. Há três estágios no simpatizar pelos atrativos ilícitos do mundo. No primeiro, a pessoa está na igreja, sem interesse pelo mundanismo. No segundo, ela está em transição, participa de atrativos que deveriam ser evitados, mas ainda continua na igreja. Nessa fase ela ainda tem interesse em ser salva, mas divide esse interesse pelas atrações de satanás. É a fase de tentar servir a dois senhores. Na realidade, ela está saindo, mas ainda não perdeu de todo o interesse pela salvação. Quer se salvar sim, mas também não quer perder os atrativos do mundo. Se há momento em que outros irmãos e a liderança da igreja devem prestar atenção para socorrer, é esse.

Então vem o terceiro estágio, em que ela saiu da igreja, já está inteiramente no mundo. Mesmo assim, pelo menos por um tempo, embora não participe mais na igreja, ainda sente desejo de retornar. Precisa, para isso, uma força de outra pessoa. Nem tudo está perdido. Mas com o tempo, mergulha tanto no mundão que alguns não sentem mais desejo de retornar.

Algo assim acontecia com alguns irmãos em Tessalônica. Influenciados pelo ambiente que os circundava, ainda neófitos, eram presas fáceis das forças de fora. Essa era uma das fontes de preocupação para Paulo, e por isso ele enviou a primeira carta, e estava com forte desejo de visitá-los para corrigir desvios de conduta.

1.      Primeiro dia: Progredir cada vez mais (I Tess. 4:1, 2)
Uma palavra que devemos destacar na oração de Paulo, onde apresenta seus desejos em relação aos novos conversos, é santificação. Ela resume tudo o que um cristão necessita.

O que vem a ser santificação? É o processo de separação do mundo, em especial daquilo que não convém a quem deseja viver eternamente, e ao mesmo tempo, de aproximação de DEUS e de Seu reino. Portanto, quem se santifica vai deixando de ser cidadão desse mundo, e vai se tornando cidadão do reino de DEUS. Assim sendo, os costumes e as leis desse mundo que sejam compatíveis com sua nova cidadania, ele adota, mas as que contrariam, ele não adota. Por exemplo, se aqui é visto como normal uma mentirinha, ou uma piada imoral, para ele isso deve ser evitado. Se aqui a ordem é competir esmagando outros para obter sucesso, isso ele rejeita. E assim vai. A pessoa torna-se diferente ao longo do tempo. Torna-se alguém especial, que defende certas ideias que aqui são vistas como ultrapassadas, como o casamento instituído por DEUS. Deixando de lado as práticas condenadas pela Bíblia, restringe-se muitas vezes a uma vida limitada, mas não trai seus princípios de vida. Jamais se vende por alguma vantagem; a sua mente está voltada para a promessa da vida eterna, coisa que tem valor superior ao que de melhor o mundo pode oferecer em seu lugar.

É nesse estilo de vida que uma pessoa pode progredir cada vez mais, como é o titulo da lição. O progresso aqui significa aproximar-se da vontade de DEUS. E o que é essa vontade? Simples: que vivamos saudáveis e felizes, e que alcancemos a vida eterna. Para isso existem princípios de vida, cujos principais deles estão nos Dez Mandamentos. Não devemos obedecer a esses mandamentos porque é uma obrigação, mas porque por eles se manifesta a vontade de DEUS para a nossa vida. Ou seja, fazer o que DEUS deseja é muito bom para nós, já na presente situação em que nos encontramos.

2.      Segunda: A vontade de DEUS: a santificação (I Tess 4:3)
“"Esta é a vontade de Deus", escreve o apóstolo Paulo, "a vossa santificação." I Tess. 4:3. Em todo o Seu trato com o Seu povo, o objetivo de Deus é a santificação da igreja. Ele os escolheu desde a eternidade, para que fossem santos. Deu-lhes Seu Filho para morrer por eles, a fim de que pudessem ser santificados pela obediência à verdade, despidos de toda a mesquinhez do eu. Deles requer trabalho pessoal e pessoal entrega. Deus só pode ser honrado pelos que professam crer nEle, quando são conformes à Sua imagem e controlados por Seu Espírito. Então, como testemunhas do Salvador podem tornar conhecido o que a graça divina fez por eles.

“A verdadeira santificação vem por meio da operação do princípio do amor. "Deus é caridade; e quem está em caridade está em Deus, e Deus nele." I João 4:16. A vida daquele em cujo coração Cristo habita, revelará a piedade prática. O caráter será purificado, elevado, enobrecido e glorificado. A doutrina pura estará entretecida com as obras de justiça; os preceitos celestiais misturar-se-ão com as práticas santas.

“Os que desejam alcançar a bênção da santificação têm de primeiro aprender o que seja a abnegação. A cruz de Cristo é a coluna central sobre que repousa o "peso eterno de glória mui excelente". II Cor. 4:17. "Se alguém quiser vir após Mim", disse Jesus, "renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me." Mat. 16:24. É o perfume de nosso amor aos semelhantes o que revela nosso amor a Deus. É a paciência no serviço, o que traz repouso à alma. É pelo humilde, diligente e fiel labor que se promove o bem-estar de Israel. Deus sustém e fortalece aquele que está disposto a seguir o caminho de Cristo.

“A santificação não é obra de um momento, de uma hora, de um dia, mas da vida toda. Não se alcança com um feliz voo dos sentimentos, mas é o resultado de morrer constantemente para o pecado, e viver constantemente para Cristo. Não se podem corrigir os erros nem apresentar reforma de caráter por meio de esforços débeis e intermitentes. Só podemos vencer mediante longos e perseverantes esforços, severa disciplina e rigoroso conflito. Não sabemos quão terrível será nossa luta no dia seguinte. Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: "Alcancei tudo completamente." A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda” (Atos dos Apóstolos, 559-561).

“Em sua ansiedade para que os crentes de Tessalônica andassem no temor de Deus, o apóstolo suplicava-lhes que revelassem na vida diária a piedade prática. "Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus, que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que abundeis cada vez mais. Porque vós bem sabeis que mandamentos vos temos dado pelo Senhor Jesus. Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição." I Tess. 4:3. "Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação." I Tess. 4:7” (Atos dos Apóstolos, 262).

“A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia Deus opera para a santificação do homem, e o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo perseverantes esforços para o cultivo de hábitos corretos. Deve acrescentar graça à graça; e assim procedendo num plano de adição, Deus opera por ele num plano de multiplicação. Nosso Salvador está sempre pronto a ouvir e responder à oração do coração contrito, e graça e paz são multiplicadas a Seus fiéis seguidores. Alegremente lhes concede as bênçãos de que necessitam em sua luta contra os males que os cercam.

“Há os que buscam galgar a escada do progresso cristão mas, ao avançarem, começam a pôr a confiança na capacidade humana, e logo perdem de vista a Jesus, Autor e Consumador de sua fé. O resultado é fracasso e perda de tudo o que foi ganho. Verdadeiramente lamentável é a condição dos que, perdendo-se no caminho, permitem que o inimigo das almas lhes roube as graças cristãs que lhes estiveram em formação no coração e na vida. "Aquele em quem não há estas coisas", declara o apóstolo, "é cego, nada vendo ao longe, havendo-se esquecido da purificação de seus antigos pecados." II Ped. 1:9” (Atos dos Apóstolos, 532-533).

3.      Terça: Não como fazem os gentios ( I Tess. 4:4, 5)
O corpo sempre foi centro das atenções. Essa é uma das características do pecado: cultuar o corpo. Desde os tempos imemoriais, o corpo foi útil para imoralidades, pinturas, para pendurar coisas e em especial, para pornografia. Mas em nossos dias há um exagero em relação ao corpo. Parece que se juntam os costumes relacionados com o corpo de todos os tempos, para dessa vez, tornar o corpo como centro de atenção máxima. Assim, em nossa sociedade, muita coisa é vendida por meio de exposição de corpos, em especial os femininos. Por certo, a sociedade de Sodoma e Gomorra não teve uma gama de alternativas tão grande quando a atual sociedade para a exploração do corpo. Hoje existe sofisticada tecnologia para cultuar e divinizar o corpo. E nós, servos de DEUS, não só vivemos em meio a essa sociedade como temos o dever de dar um testemunho segundo os princípios do Criador e ainda buscar salvar pessoas dessa sociedade. Que tarefa!!! Sem o poder do alto seremos enlaçados. Que ninguém do povo de DEUS tente viver sem DEUS nesses dias.

Paulo advertia os tessalonicenses em relação a esse assunto. A advertência dele só não pode valer para o passado porque esses já morreram, mas se viesse mais cedo, seria importante, pois o problema já existia há milênios. Aliás, em grande parte, os cananeus, que seguiram o costume dos sodomitas, foram eliminados da face da Terra por esse motivo: o culto imoral do corpo. Ele exortou que cada cristão saiba possuir, isto é, usar, cuidar, manter o corpo em santificação. Isso quer dizer, o corpo é algo importante, necessitamos dele para viver e para sermos felizes, para realizarmos as coisas. Aliás, o corpo mais o fôlego, isso é tudo o que somos. Assim sendo, certamente iremos desejar ter um corpo onde a respiração seja fácil, ou seja, saudável, e um corpo onde possamos ter pensamentos nobres, por isso necessitamos de partes do corpo, no caso, o cérebro. Por outro lado, o corpo é uma réplica da imagem de DEUS. Somos parecidos com Ele, o nosso Criador. E isso é um privilégio. Esse é outro motivo para não desvirtuarmos nosso corpo. Mas o mais importante diremos agora. Necessitamos do corpo para viver e sermos felizes. Não somos puramente energia ou espírito, somos um corpo com vida, e nesse corpo temos capacidade de sentir sensações, e na mente somos capazes de ter sentimentos. E acima disso, é no corpo, na parte da mente, que podemos armazenar o vital e indestrutível princípio do amor, essência da vida feliz e eterna. Esse princípio recebemos diretamente de nosso DEUS, que nos criou com essa capacidade, que devemos preservar. E esse é o caminho da felicidade.

Mas, dito isso, agora vem algumas perguntas comprometedoras: Como pode um ser humano buscar a felicidade tendo um corpo abusado, parcialmente destruído, cuja mente se tornou desqualificada para o princípio do amor? Como pode um drogado sentir a pureza da vida, se os seus sentimentos dependem de algo artificial e também mortífero? Como pode alguém que tem a mente repleta de cenas pornográficas sentir prazer no matrimônio puro e santo? Como pode um cristão ser candidato a vida eterna se aqui ele não preserva seu corpo em santidade, o corpo que DEUS lhe deu para nele viver e ser feliz?

O que Paulo estava orientando aos tessalonicenses, que serve também para nós, é simplesmente o óbvio: como usar o corpo para vivermos verdadeiramente felizes. Essa é a principal questão. DEUS quer que vivamos sempre e felizes. E não existe no Universo outra maneira de viver felizes, senão pelos princípios que o Criador nos concedeu na criação, por meio de Adão e Eva.

Quer uma prova elementar do que estamos afirmando? Simples. Os casais que vivem segundo DEUS são felizes, e não encontram motivos para separação. O interessante é que são cada dia mais felizes. Minha esposa e eu podemos servir de testemunho. Quando jovem, chegando a hora de procurar a mulher de minha vida, orei para que essa tarefa DEUS assumisse. E Ele escolheu a moça. Ele sabia bem melhor que eu qual seria a mais indicada para todos os dias de minha vida, e que também ela, tivesse a mesma sorte, ou seja, que nós dois fôssemos felizes. Pois hoje vejo como DEUS não erra. Frequentemente me admiro como essa mulher e eu somos tão sincronizados. Simplesmente não existe nada em que não somos perfeitamente complementares, ou seja, temos os mesmos gostos, os mesmos costumes, o mesmo estilo de vida, e assim por diante. E na medida em que os anos passam, desenvolvemos novos costumes que são do agrado de nós dois. Pode-se dizer: completamo-nos e o grande desejo é vivermos juntos, pela eternidade. Se DEUS resolvesse criar algum outro mundo nesse grande Universo, e nos convidasse para sermos o primeiro casal, como Adão e Eva, aceitaríamos de pronto.

Vivendo como DEUS deseja o que poderíamos pedir mais da vida?

4.      Quarta: De acordo com o plano de DEUS (I Tess 4:6-8)
Qual é a causa da imoralidade no mundo de hoje? Naqueles tempos antigos, os dias de Sodoma e os dias de Paulo, e em outras épocas também, era o desconhecimento dos princípios divinos. Nos dias de hoje essa causa se aprofundou: é o deliberado desconhecimento de DEUS, quando para isso não há mais desculpa, pois a ciência vem descobrindo uma infinidade de coisas sobre DEUS, porém, mesmo assim negam a Sua existência e combatem aqueles que creem. Podemos entender isso em Romanos capítulo um. Seria bom ler do verso 18 ao 32. Por exemplo, nos versos 18 a 22 explica que os homens têm conhecimento de DEUS por meio da natureza, uma das maneiras pelas quais DEUS Se revela. Em vez de aceitar a DEUS como Criador de toda a natureza, pois nela se encontram leis complexas que necessitam da pré-existência de uma inteligência superior, criaram uma tentativa de explicação que é o Evolucionismo de Darwin. No verso 22 diz que “inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”, isto é, atribuem-se títulos de doutores e pós-doutores, cientistas, no entanto, na realidade, são loucos, pois tão grande é seu erro. Ora, é sobre o que pensam e ensinam essas pessoas que a atual sociedade está sendo alicerçada. Nas escolas se ensina que o homem é descendente do macaco, e que não existe DEUS. Portanto, os princípios bíblicos não são mais vistos como fonte da verdade, como a humanidade tendo origem de uma divindade. E assim a sociedade se torna no que estamos vendo. Se ler os versos 25 a 27, vai entender porque cada vez mais as pessoas mudam a ordem natural de suas intimidades, para uniões de pessoas do mesmo sexo: é o Evolucionismo, que trocou a verdade de DEUS em mentira (verso 25). A sociedade está perdendo todos os referenciais da verdade bíblica por algo assim: “faça o que desejar.E como diz no verso 31, a televisão, a mídia, a própria ciência, defende isso tudo e aprovam e incentivam. Dos versos 28 a 31 relata as consequências disso tudo. Esse contexto explica a situação enfrentada por Paulo em seus dias, e mais ainda, dos nossos dias. É por isso que a preocupação de Paulo com a imoralidade faz mais sentido hoje que naqueles tempos, porque também a ciência do mal se desenvolveu muito mais.

DEUS nos chamou para a pureza e para a santificação, isto é, para sermos separados do mundo. Se nos tempos de Paulo era vital para alguém se salvar separar-se do mundo, então imagine como isso é importante em nossos dias! Nós, cidadãos celestes, não devemos viver para a imoralidade. O que isto significa? Cuidado com o que lê nas revistas ou com o que assiste na televisão. A imoralidade possibilita dinheiro fácil. Tempos atrás, as cafetinas ganhavam dinheiro fácil vendendo os corpos de moças, mas hoje é a indústria da moda, da comunicação, etc., que ganha dinheiro fácil, pois as pessoas (quase todo mundo) compra e muito. Essa é a mensagem que Paulo dava, e que nós devemos dar, com nome e sobrenome. Hoje é alto tempo de pararmos de pregar algo assim: “irmãos, o salário do pecado é a morte!”, mas dizer “o salário de assistir o Big Brother é a morte!” Pois, se continuarmos dizendo e ensinando de modo genérico, quase ninguém entenderá, e continuarão pensando que assistir filmes de terror, filmes imorais, filmes de violência não tem problema, que isso não mata. Continuarão assistindo derramamento de sangue na telinha e depois indo ao culto pedir perdão, nem sabem de quê, pois pedem um perdão genérico, do tipo, “perdoa-nos os nossos pecados” e não, “perdoa-me por ter assistido o programa “A Fazenda e me ajude a não assistir nunca mais”.

             É esse o enfoque de Paulo, na carta aos tessalonicenses. Ele não foi genérico, mas nomeou os pecados que havia entre eles: prostituição, lascívia, ofender o irmão, defraudar o outro. Hoje também, quem ensina tem que ser direto, e ele mesmo, como Paulo, deve dar testemunho que vive o que ensina. Temos que nos acostumar a chamar o pecado pelo seu nome exato, como diz Ellen G. White: A maior necessidade do mundo é a de homens - homens que se não comprem nem se vendam; homens que no íntimo da alma sejam verdadeiros e honestos; homens que não temam chamar o pecado pelo seu nome exato; homens, cuja consciência seja tão fiel ao dever como a bússola o é ao pólo; homens que permaneçam firmes pelo que é reto, ainda que caiam os céus” (Educação, 57).


5.      Quinta: Cuidar do próprio negócio (I Tess 4:9-12)
Os negócios, nesse mundo, são o meio de subsistência. Mas nós cristãos, precisamos saber como utilizar esse meio de subsistência.

Esse é um planeta onde todos competem. Animais marcam seus territórios, há os predadores que vivem da caça, e em geral eles têm artifícios para inibir os animais inimigos que os atacam. Até entre os animais há competição. Outro exemplo são os mosquitos que nos perseguem para nos picar. Até as minúsculas pulgas perseguem outros animais e a nós também.

Entre os seres humanos encontramos a mais forte competição. O ser humano compete por emprego, as empresas por mercado disputando os clientes, etc. A competição é cada vez mais acirrada com a globalização. Não importa se alguma outra empresa vai fechar, aliás, as que sobram fazem festa e se regozijam com isso.

Mas nós cristãos temos que ser como o malabarista, para em equilíbrio, não cair na tentação de sermos como o mundo nem de sermos fanáticos puritanos.

Na lição de hoje se explica isso. A pergunta 5 nos faz meditar sobre a necessidade de crescermos no amor mútuo, na santidade entre os irmãos. Então, em relação aos negócios, Paulo explica que devemos viver tranquilamente, sem o tal desejo mundano de tirar dos outros. Cada um deve cuidar de seu próprio negócio, não dependendo dos outros, e também não tirando dos outros, pois aí já não há mais como cultivar o amor fraternal. Isso para nós é um desafio que, sem o poder do ESPÍRITO SANTO, jamais conseguiremos superar. Sei disso, pois sou professor em curso de Administração, já fui empresário e consultor de empresas. É bem difícil para um adventista ter sua empresa, não sonegar nada (como fazíamos), não explorar os empregados (como fazíamos) e não ambicionar tirar dos outros empresários (como fazíamos), quando na verdade muitos deles competem de forma desonesta, sonegando, explorando seus empregados e mentindo em relação aos produtos.

Mas Paulo nos dá a orientação, não do sucesso que tanto se fala hoje, mas do equilíbrio, que não se houve falar por esse mundo. Nós, que temos a incumbência de levar a mensagem ao mundo, como o faremos, se não formos corretos em relação àqueles a quem devemos dar essa mensagem, se não formos exemplos daquilo que pregamos? Por certo, se seguirmos as orientações de Paulo, nunca enriqueceremos, mas também nunca nos faltará o necessário de forma digna, e estaremos nos qualificando para sermos cidadãos num reino onde não se compra nem se vende (como já antecipará, ironicamente, o decreto dominical), onde não se compete, mas onde se terá perfeitas condições de servirmos uns aos outros curiosamente sem a menor necessidade de um depender do outro. Como será isso, sem haver dependência entre as pessoas, mesmo assim, servirmo-nos mutuamente? Esse é realmente um reino incrível!

6.      Aplicação do estudo Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Em três parágrafos a lição, hoje, explica a condição do mundo atual. Quase não há mais amor em nosso planeta, ele está sendo substituído pela paixão.

O que é o amor verdadeiro? “O verdadeiro amor é um princípio elevado e santo, inteiramente diferente em seu caráter daquele amor que se desperta por um impulso e que subitamente morre quando severamente provado” (Patriarcas e Profetas, 176). “O verdadeiro amor não é uma forte, ardente e impetuosa paixão. Ao contrário, é calmo e profundo em sua natureza. Olha para além das meras exterioridades, sendo atraído pelas qualidades apenas. É sábio e apto a discernir, e sua dedicação é real e permanente” (Testemunhos Seletos, vol. 1, 208). “É o amor um dom precioso, que recebemos de Jesus. A afeição pura e santa não é sentimento, mas princípio. Os que são movidos pelo amor verdadeiro não são irrazoáveis nem cegos” (A Ciência do Bom Viver, 358). “A brandura, a gentileza, a paciência e a longanimidade, o não se ofender facilmente, o sofrer tudo, esperar tudo, tudo suportar - estes são os frutos dados pela preciosa árvore do amor, árvore de origem celeste. Esta árvore, se nutrida, demonstrar-se-á daquelas que estão sempre verdes. Seus ramos não secarão, não lhe murcharão as folhas. É imortal, eterna, continuamente regada pelos orvalhos celestes” (Testemunhos Seletos, vol. 1, 209).

“O amor é uma planta de origem celeste, e precisa ser cultivada e nutrida. Corações afetivos, palavras verdadeiras, amoráveis, farão famílias felizes e exercerão influência própria para elevar em todos quantos entram na esfera dessa influência” (O Lar Adventista, 50).

“O amor é poder. Nesse princípio acha-se envolvida força intelectual e moral, que dele não se pode separar. O poder da riqueza tem a tendência de corromper e destruir; o poder da força é potente para causar dano; a excelência e o valor do amor puro, porém, consistem em sua eficiência para fazer bem, e nada senão bem.

“Tudo quanto é feito por puro amor, por mais pequenino ou desprezível que seja aos olhos dos homens, é inteiramente frutífero; pois Deus olha mais a quanto do amor alguém põe no que faz, do que na quantidade que realiza.

“O amor é de Deus. O coração não convertido é incapaz de originar ou produzir esta planta de procedência celeste, que só vive e floresce onde Cristo reina. ... O amor não trabalha pelo proveito nem pela recompensa; todavia foi ordenado por Deus que grande ganho acompanhe seguramente toda obra de amor. Este é difusivo em sua natureza e sem ruído em sua maneira de agir, e todavia forte e poderoso em seu desígnio de vencer grandes males. Sua influência é de molde a abrandar e a transformar, e tomará posse da vida dos pecadores e lhes tocará o coração quando todos os outros meios se houverem demonstrado infrutíferos.

“Onde quer que seja empregado o poder do intelecto, da autoridade ou da força, e não se achar manifestamente presente o amor, as afeições e a vontade daqueles a quem buscamos alcançar tomam uma atitude defensiva ou de repulsa, e acresce-lhes a força de resistência. ...

“O amor puro é simples em suas maneiras de agir, e distingue-se de qualquer outro princípio de ação. O amor da influência e o desejo de fruir a estima dos outros talvez produzam uma vida bem ordenada e, frequentemente, uma conduta irrepreensível. O respeito de nós mesmos nos pode levar a evitar a aparência do mal. Um coração egoísta pode praticar ações generosas, reconhecer a verdade presente, e exprimir humildade e afeição de maneira exterior, não obstante os motivos podem ser enganosos e impuros; as ações que nascem de um coração assim podem ser destituídas do sabor da vida, dos frutos de verdadeira santidade, dos princípios do amor puro.

“O amor deve ser nutrido e cultivado, pois sua influência é divina” (Carta aos jovens namorados, 31 e 32).

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O comentário em vídeo tem ênfase evangelística.


Comentários Lição 7 - Vida Santa (Prof. César)


11 a 18 de Agosto de 2012

Impureza, no contexto da lição desta semana, tem a ver com falta de pudor, de castidade, de comportamento sexual adequado. A impureza pode ser patente ou oculta, ocorrer dentro e fora da igreja. Os membros da igreja não se tornam assexuados ao serem convertidos, mas o trato com a sexualidade é, de sua conversão em diante,  regido pelos padrões bíblicos e não os do mundo.  Dentro do ensino bíblico, a sexualidade é mostrada como um dom de Deus criado para a felicidade de seres santos. Ela existia antes do pecado e é invenção patenteada do Criador de todas as coisas. 

O Grande Arquiteto do Universo desenhou e executou o projeto do ser sexual de modo maravilhoso, fazendo órgãos genitais humanos perfeitos, bem proporcionados, suas percepções sensoriais e psíquicas, emoções e sensações  excepcionalmente adaptadas para o sexo no contexto do conúbio conjugal.
                
 A Bíblia usa no AT um verbo que foi traduzido para o português como coabitar  ou conhecer (hb. Yada’ – conhecer por experiência, perceber, ser percebido, etc.) Há também outro verbo vertido em português da mesma forma. É shakab – deitar sobre. Outro ainda é utilizado: bow’ – vir para dentro, juntar.
                
 Infelizmente, devido à perversão que os homens fizeram com o dom divino, o sexo ficou ligado à impureza moral (vejam-se seus conceitos na conjuntura da Era Vitoriana). Por muitos anos esse foi um “assunto tabu” até nos arraiais de Israel.
                
 A santificação requerida por Deus e mostrada em Sua Palavra exige que se compreenda bem o tema, que tem muito a ver com uma vida separada vivenciada por um povo santo, nação sacerdotal e escolhida como embaixadora do Céu.

 Nenhum impuro herdará o reino do Céu, portanto, é imprescindível estudar a questão sob a ótica bíblica e ver o que o santo apóstolo Paulo nos tem a dizer de sua parte sobre isso.
               
Lemos no segmento “Estudo Adicional”, p. 87 da lição: “A sexualidade é um assunto muito pessoal; no entanto, há muito perigo para a igreja quando a imoralidade sexual não é confrontada. Igualmente importante é o tipo de igreja que o mundo vê na vizinhança e no local de trabalho. As diretrizes de Paulo nesses assuntos são tão importantes hoje como foram em seu tempo.”
                
DOMINGO
Progredir cada vez mais (1Ts 4:1, 2)

Em 1Ts 3:11-13 encontramos  o princípio do pedido oracional (não proferido dentro da forma estrutural de uma oração, mas manifestado mediante intenção espiritual) de Paulo rogando graça para chegar até os membros da igreja de Tessalônica. Sem extrapolar o sentido do texto, diríamos que os ministros precisam orar para que Deus e Jesus lhes deem a abertura necessária para estreitar laços com os crentes de seu rebanho. O segundo princípio é a petição pelo aumento numérico dos crentes e incremento do amor de uns para com os outros e também os de fora. O terceiro princípio é por confirmação de corações. Paulo sabia que o coração humano, ainda que convertido ao Senhor, precisa ser continuamente confirmado pela graça para não se desviar do caminho estreito. Atrelado a essa graça está a irrepreensibilidade de uma vida santificada e aprovável por Deus. Para que o crente seja irrepreensível diante de Deus, ele precisa ser continuamente coberto pelo sangue de Cristo, santificado pelo Espírito e em constante crescimento na graça. Essa santidade precisa alcançar o dia de Cristo totalmente íntegra e obter a aprovação final do Céu. 

Agora podemos ligar esses princípios e ver como se encaixam no contexto de 1Ts 4:1-18, onde há várias exortações e conselhos sobre a vida testemunhal do crente. Hebreus 12:14 diz que sem santificação, ninguém verá o Senhor.

Dentro do escopo desta lição, a santificação é envolvida no uso do corpo voltado às finalidades sexuais.  O sexo pode ser praticado em perfeito contexto de santificação ou pode conspirar contra ela. No verso três Paulo recomenda afastarem-se da prostituição ou relações sexuais ilícitas. A religião do mundo gentílico de então tinha práticas sexuais nos próprios templos. Crossan e Reed, em sua obra Em busca de Paulo: Como o apóstolo de Jesus opôs o reino de Deus ao Império Romano, sintetizam o clima de sexualidade reinante no império: “O comportamento sexual normativo em Roma desenrolava-se segundo as relações de poder baseados em gênero, idade e status. Entre os romanos, a violência da conquista da guerra misturava-se com a violência da conquista sexual do mais fraco, geralmente a mulher, a escrava, a jovem. O homossexualismo era uma prática comum entre senhores e escravos; dessa forma o escravo era subjugado sexualmente por seu senhor. O poder masculino se sobrepunha ao poder feminino na questão da religião e da sexualidade. Havia entre os romanos as virgens vestais, sacerdotisas que serviam no templo; os galli, sacerdotes castrados ou eunucos, tidos pelos romanos como seres inferiores e incapazes de manter os critérios masculinos de sexualidade marcados pela penetração e pelo controle. Era comum a representação de falos diante de templos, mansões e casas mais modestas, porque estes simbolizavam o poder, a proteção e a fecundidade. Os homens subiam de status ao exercer poder e ao subordinar outros, na cama ou no campo de batalha.” Num clima desses, não admira ser o apóstolo tão veemente.  Os cristãos tessalonicenses estavam cercados de prostituição por todos os lados.

                No verso quatro, conforme a versão NVI, Paulo recomenda que o corpo agora consagrado como instrumento de santidade, seja mantido impoluto e isento de baixas paixões. No verso cinco ele condena a lascívia ou libido descontrolada (sensualidade exacerbada), porque os gentios usavam livremente dela e se corrompiam. 

                Mas a exortação de Paulo não se limita à esfera sexual. Ele avança o ensino reafirmando que Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santificação. Um elemento vital manifesto na santificação é o amor fraternal. O amor fraternal não é só beijinhos, tapinhas nas costas, abraços e cumprimentos. É serviço de levar as cargas uns dos outros, de preferir uns aos outros em honra. O ponto é tão importante que Paulo reforça sua alocução recomendando que os tessalonicenses crescessem em amor fraternal mais e mais. 

                Outro desenvolvimento no campo da santificação é a vida quieta e mansa. Cada um cuidando de sua própria vida e negócios, trabalhando honestamente e dando bom testemunho para os de fora.

“A obra de transformação da impiedade para a santidade é contínua. Dia a dia Deus opera para a santificação do homem, e o homem deve cooperar com Ele, desenvolvendo perseverantes esforços para o cultivo de hábitos corretos. Deve acrescentar graça à graça; e assim procedendo num plano de adição, Deus opera por ele num plano de multiplicação. Nosso Salvador está sempre pronto a ouvir e responder à oração do coração contrito, e graça e paz são multiplicadas a Seus fiéis seguidores. Alegremente lhes concede as bênçãos de que necessitam em sua luta contra os males que os cercam.” AA,  532.  

                        SEGUNDA  
A vontade de Deus: a santificação (1Ts 4:3)
               
Por ser da vontade de Deus que todos alcancem o grau de santificação que lhes permita viver na presença do Altíssimo, é certo que todos os recursos do Céu estão disponíveis para atingir esse objetivo. Há um chamado divino convidando-nos à santificação. O vocábulo “santificação” tem também o sentido de “engrandecimento”. Esse engrandecimento é um processo de absorção do caráter de Cristo Jesus mediante a concessão de Sua justiça imputada ao pecador. O pináculo desse processo é o atingimento da “estatura da plenitude de Cristo” (Ef 4:13), a “perfeita varonilidade” ou da meta que Deus tem em mente para o homem remido.  No verso em estudo, Paulo utilizou o substantivo grego hagiasmos que significa purificação ou estado de pureza, em total contraste com porneia ou prostituição, que vemos no fim da sentença.  

Paulo defende a ideia da santificação completa do corpo, que é o templo do Espírito Santo, recomendando aos tessalonicenses que entendam que Deus os quer puros sexualmente. 

Sendo que uma das três grandes manifestações pecaminosas da carne é a concupiscência ou desejo libidinoso dos olhos (ver 1Jo 2:16) (as outras são os desejos da carne e o orgulho da vida), segue-se que há ingente necessidade de vigiar sobre aquilo que vemos. Davi entendeu perfeitamente o que isso significava após seu pecado com Bate-Seba e escreveu: “Não porei coisa má diante dos meus olhos” (Sl 101:3). Foi por demorar seus olhos no corpo de uma mulher desnuda - que não era a sua, naturalmente - que ele cometeu grande pecado contra Deus. Aquele homem que se estava santificando pelo temor de Deus, deu oportunidade à luxúria e decaiu do patamar espiritual em que estava. Em decorrência, adulterou, matou, mentiu e atraiu sobre si o desagrado divino.

  Jesus ensinou o controle dos olhos e seu resultado: “Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso.” (Mt 6:22) Jó protestou: “Fiz aliança com meus olhos; como, pois, os fixaria eu numa donzela?” (Jó 31:1) Portanto, há vital importância para a santificação na seleção do que vemos.

  No verso sete de 1Ts 4, Paulo afirma que Deus fez um chamado. Chamado é sinônimo de vocação no NT. Em outras palavras, fomos vocacionados por Deus para atingir a santificação completa. Isso significa um modo de vida semelhante ao de Cristo Jesus. Consideremos o que diz o apóstolo João em 1Jo 2:6: “Aquele que diz que permanece nEle, esse deve também andar assim como Ele andou.” Ou devemos nos comportar tão santamente como Cristo Se comportou. Esse comportamento tem de ser produzido pela presença do Espírito Santo na vida do crente. É o Espírito que gera o fruto da santidade. “Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei. E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” (Gl 5:22-25)

“O caráter do cristão é manifesto em sua vida diária. Disse Cristo: ‘Toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.’ Mt 7:17. Nosso Salvador Se compara a uma videira, da qual Seus seguidores são os ramos. Ele declara positivamente que todos aqueles que desejam ser Seus discípulos precisam produzir frutos; e então mostra como podem tornar-se ramos frutíferos. ‘Estai em Mim, e Eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim.’ Jo 15:4. 

 “O apóstolo Paulo descreve o fruto que o cristão deve produzir. Diz ele que ‘está em toda bondade, e justiça e verdade’. Ef 5:9. E outra vez: ‘O fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio." Gl 5:22 e 23. Estas preciosas graças são apenas os princípios da lei de Deus, demonstrados na vida. 

 “A lei de Deus é a única norma verdadeira de perfeição moral. Essa lei foi praticamente exemplificada na vida de Cristo. Ele diz de Si mesmo: ‘Tenho guardado os mandamentos de Meu Pai.’ Jo 15:10. Nada menos que esta obediência satisfará às exigências da Palavra de Deus. ‘Aquele que diz que está nEle também deve andar como Ele andou.’ 1Jo 2:6. Nós não podemos alegar que somos impotentes para fazer isso, porque temos a afirmativa: ‘A Minha graça te basta.’ 2Co 12:9. Ao olharmos no espelho divino - a lei de Deus - vemos a excessiva malignidade do pecado e nossa própria condição de perdidos, como transgressores. Mas, pelo arrependimento e fé, somos justificados perante Deus, e, mediante a graça divina, habilitados a prestar obediência aos Seus mandamentos.” Santificação, 80, 81.
                 
   TERÇA      
Não como fazem os gentios (1Ts 4:4, 5)
                 
         A sociedade secular determina seus padrões sexuais. O Dr. Flávio Gicovate escreveu: “A primeira revolução sexual aconteceu nos anos 1960, ativada pelo surgimento da pílula anticoncepcional (que abriu as portas para os movimentos de emancipação feminina) e pela ideia de H. Marcuse, entre outros, de que a livre expressão da sexualidade humana traria desdobramentos políticos, igualitários e libertários.” Antes desse movimento preconizava-se a manutenção da virgindade para as mulheres até o casamento, embora se contemplasse a plena liberdade dos homens solteiros de praticarem sexo pré-marital. A moral do pós-guerra já havia decaído. O mundo saíra da época vitoriana no século dezenove e passara por duas guerras mundiais no século vinte, mais a Guerra da Coréia, alterando os costumes morais globais. Porém, a liberação tomou maior expressão a partir de 1960 e 1970.

No primeiro momento parecia que as coisas iriam ser diferentes, pois no fim dos anos 60 e início dos 70 os homens deixaram os cabelos crescerem, passaram a usar bolsas a tiracolo, sandálias etc. Parecia que eles haviam se tornado mais doces, mais próximos do modelo feminino tradicional. As moças pareciam mais disponíveis para o sexo sem compromisso (ainda que tivessem que recorrer à maconha para se sentirem mais livres) e houve várias tentativas de vida em comunidade.

“Tudo isso durou muito pouco, de modo que rapidamente os ciúmes prevaleceram sobre a liberdade sentimental e sexual, o jogo de poder entre os sexos se tornou a regra, a maconha foi substituída pela cocaína, as mulheres é que passaram a se vestir com gravatas e outros acessórios masculinos e os hippies viraram yuppies. A ânsia por poder econômico e sucesso profissional se tornou enorme e a ideia era a de conseguir mais sucesso a qualquer preço - e logo. Trabalhavam muito durante o dia e queriam se divertir loucamente durante a noite. Usavam a cocaína para conseguir tal feito.” Autor citado.
       
      Acontece que, sorrateiramente, algumas decorrências desse movimento passaram pelo filtro grave da igreja e se imiscuíram nos arraiais de Israel. Foi nesse ínterim que as mulheres cristãs começaram a usar calças compridas, a cobrir as unhas com esmalte-base, depois rosado e depois cores mais consistentes, a usar cabelos mais curtos e depois maquiagem mais pesada. Os homens aderiram a roupas mais justas e à informalidade no vestuário, passando a vir aos cultos com calças jeans e camisetas.
     
     Hoje se vê em boa parte das igrejas protestantes o impacto da cultura sexual mundana, fazendo com que muitas mulheres religiosas passassem a usar saias mais curtas, mais justas, decotes mais provocantes deixando à mostra o sulco intermamário, colos mais à mostra, cosmética mais acentuada, adereços e “otras cositas mas”.
      
    Era isso o que Paulo temia. Que os crentes se deixassem levar pelos costumes gentios. A igreja de Corinto deixou-se penetrar por imoralidade tal que o apóstolo teve de ser extremamente severo em sua condenação emitida por carta.

O “desejo de lascívia”
              Que cada um saiba viver com a sua esposa de um modo que agrade a Deus, com todo o respeito e  não com paixões sexuais baixas, como fazem os incrédulos, que não conhecem a Deus.” (1Ts 4:4, 5 – NTLH)
                
               Em nossos dias, a estabilidade do matrimônio adventista foi afetada pela cultura “gentílica”. Já há algum tempo, preocupada com a desestabilização que muitos lares adventistas vinham sofrendo, a Igreja tomou a sábia iniciativa de promover Encontros de Casais, prestando aconselhamento, orientações, educação sexual e regras cristãs de um lar feliz. Bendita iniciativa!
               
               A Igreja faz ingentes esforços para preservar a castidade de sua juventude e dos adultos também, em meio à podridão asquerosa em que o mundo vive. Paulo exorta o povo de Deus a não permitir que o mundo o comprima em seus próprios moldes. Uma igreja sem mácula, nem ruga, nem coisa alguma que contamine é que receberá os imortais vestidos brancos e o toque da imortalidade.

                                                  QUARTA 

De acordo com o plano de Deus (1Ts 4:6-8)
                Os homens têm tentado de todas as formas possíveis e imagináveis descobrir novos caminhos para a prática sexual, o que os leva cada vez mais distante do plano original do Senhor. As mais pervertidas e abomináveis práticas que o diabo e os humanos possam inventar, não lhes traz completude (estado de completo). Então eles prosseguem numa desvairada corrida hedonista (de hedonismo – busca do prazer como bem supremo).  Crescem desbragadamente o homossexualismo e o lesbianismo e outras invenções que fariam sodomitas e gomorritas corar de vergonha.

                A situação anda tão calamitosa, que se levantam grupos e organizações para tentar moralizar um pouco a sociedade. Surgiram, por exemplo, nos EUA, os ditos "Movimentos de Pureza". O primeiro deles surgiu faz pouco mais de uma década. Atualmente existem dois movimentos internacionais reconhecidos: “Silver Ring Thing” e “One Love One Wathing”. Os dois grupos ganharam notoriedade pela identificação do uso de um anel de prata, popularmente conhecido como anel de pureza, usado por aqueles que assumem o compromisso de se guardarem para o casamento. No Brasil, existem alguns movimentos (ligados a algumas igrejas protestantes evangélicas) que se mobilizaram com vários nomes: Anel de Pureza, Anel de Castidade, Aliança de Compromisso, Anel de Prata, Aliança de Pureza, entre outros.

Paulo adverte

“[...] e que, nesta matéria [de santidade sexual], ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação. Dessarte, quem rejeita estas coisas não rejeita o homem, e sim a Deus, que também vos dá o seu Espírito Santo.” (1Ts 4:6-8)

                O que Paulo recomenda aqui é que ninguém explore sexualmente seu irmão ou irmã, porquanto Deus é terrível vingador dos profanadores de corpos alheios. O corpo é sagrado para Deus, porque Ele o fez para morada da Divindade. John Wesley comentou: “’Nesta matéria’ – Por violar seu leito. As coisas proibidas aqui são três: fornicação, verso 3; a paixão do desejo ou desordenada afeição no estado matrimonial, verso 5; e o rompimento do contrato matrimonial.”

                Essa exploração pode expandir-se a um amplo quadro de práticas condenáveis como: abusos sexuais, pedofilia, promiscuidade, troca de casais, homossexualismo, lesbianismo, meretrício e outras que seria indecoroso mencionar. Entre os casados, quando o homem nega à sua mulher o que lhe devido pelos privilégios sexuais conjugais, ou quando a mulher nega ao marido o direito das relações íntimas, como tem acontecido em muitos matrimônios (ver 1Co 7:4), estão pecando contra o Senhor. “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e, novamente, vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência.” (1Co 7:5)  

                Paulo deixa claro que, dentro do contexto de santificação, é importante ter uma vida matrimonial sadia, secundada de oração e respeito mútuo.            
                                               
QUIN TA    
Cuidar do próprio negócio (1Ts 4:9-12)

                Mantenham-se calmos; preocupam-se com seu próprio negócio; façam seu trabalho. Vocês já ouviram tudo isso antes de nós, mas um lembrete nunca é demais. Queremos que você vivam de maneira a  conquistar o respeito das pessoas de fora, não dependendo dos amigos.” (1Ts 4:11-1 - The  Message)

                Paulo repisa o que já havia dito sobre a prática do amor entre os membros da igreja. Só para lembrá-los de não deixar que o amor mútuo se esfriasse. Os tessalonicenses já estavam praticando o que ele aconselhara anteriormente (1Ts 4:11-13). Sua afeição fraternal era conhecida em toda a Macedônia. Porém o apóstolo propõe-lhes um desafio: aumentar sua oferta de amor. Ele recomendara a mesma coisa aos filipenses (Fp 1:9). O amor agape precisa crescer e imitar o amor de Cristo. Evidentemente, o amor de Jesus é infinito e os crentes finitos. Mas o alvo é reproduzir o amor prático de nosso Salvador.

                Tratar dos próprios negócios – Cada um devia trabalhar diligentemente e desenvolver seu serviço de forma honesta, leal e veraz. Paulo sabia que o trabalho é uma bênção e um escudo contra os prejuízos da ociosidade. “Na criação, o trabalho foi designado como uma bênção. Significava desenvolvimento, poder, felicidade. A mudada condição da Terra em virtude da maldição do pecado, acarretou uma mudança nas condições de trabalho; contudo, apesar de efetuado hoje com ansiedade, cansaço e dor, é ainda uma fonte de felicidade e desenvolvimento. Outrossim, é uma salvaguarda contra a tentação. Sua disciplina opõe uma barreira à condescendência própria, e promove indústria, pureza e firmeza. Assim, torna-se parte do grande plano de Deus para que sejamos recuperados da queda.” Ed, 214.  

                Outra recomendação sua é: “Procurai viver quietos.” Ou “viver tranquilamente”. O que quereria o apóstolo dizer com isso? O Comentário de Geneva diz que Paulo está aqui repreendendo a ociosidade e a preguiça. Quem quer que fosse inclinado para esses vícios caía em impiedade para grande desonra da igreja. “O trabalho é uma bênção, não maldição. Um espírito de indolência destrói a piedade e ofende o Espírito de Deus. Um lago estagnado é repulsivo, mas uma fonte pura e corrente espalha saúde e alegria sobre a Terra.” AA, 352.

  O Pr. Paulien explica muito bem a razão de Paulo insistir com eles para que trabalhassem de maneira ordeira e diligente. Diz ele que alguns em Tessalônica, em vista da proximidade da vida de Cristo, resolveram dar-se ao ócio. E quem não tem nada para fazer, vai ficar ocupando o seu tempo em cuidar da vida alheia, causando perturbação. O jornalista e editor da Casa Publicadora, Michelson Borges, sintetizou a questão: “Parece também que alguns tessalonicenses haviam parado de trabalhar (4:11; 2Ts 3:6, 7, 11), viviam às custas de outros (2Ts 3:6, 7) e haviam se tornado intrometidos e indisciplinados (1Ts 5:14; 2Ts 3:6, 7, 11), perdendo o respeito até mesmo dos vizinhos não cristãos. Paulo respondeu a esse problema enfatizando que os cristãos devem cuidar de seus próprios negócios (1Ts 4:11, 12) e sustentar a si mesmos enquanto aguardam o retorno de Jesus (2Ts 3:6-9).”

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