Comentários Lição 7 - Armas para vencer (Prof. Sikberto Marks)


10 a 17 de Novembro de 2012


Verso para memorizar: “Portanto, tomai toda a armadura de DEUS, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis” (Efésios 6:13).

Introdução de sábado à tarde
A vida do cristão é como um curso superior. Se conseguiu entrar na Universidade, então vai ter que dedicar esforço extra para, ao longo de anos e ao final, vir a ser um bom profissional. É bem curioso que de todas as Universidades, e em todos os cursos, saem bons e maus profissionais. Das universidades de primeira linha, isso também acontece, se bem que o número dos maus profissionais seja menor. Essa é a diferença. Os professores foram os mesmos, os livros foram os mesmos e as oportunidades também. No entanto, existe sempre uma curiosa diferença nos resultados obtidos. Por que será? A diferença vem da dedicação de cada estudante.
Para alcançar o reino de DEUS acontece o mesmo. A Bíblia é a mesma, os pastores são os mesmos e as lições da Escola Sabatina também, e até o ESPÍRITO SANTO é o mesmo, mas os membros são diferentes. Mesmo assim, alguns abandonam a fé, outros se mantém na igreja mas são frios, outros mornos, e felizmente há aqueles que estão sempre vigilantes e se esforçam por alcançar a meta que é a vida eterna.
A diferença na vitória de cada um de nós não está em DEUS, nem no pastor, nem na Bíblia, nem nos livros do Espírito de Profecia e nem nas lições da Escola Sabatina. A diferença está no que cada um faz destes elementos, o que deseja com eles.
Como já dissemos em lição passada, fácil é ser batizado, o difícil é a transformação, isto é, abrir mão dos atrativos que vêm do mundo e manter-se assim. O batismo é um evento, vem da decisão tomada por uma pessoa; porém, a transformação ou santificação é um processo, uma sucessão de fatos e eventos, alguns bons para firmar a fé, outros bons para afastar da fé.Fato é que se torna muito forte a vontade de voltar atrás, como o povo de Israel queria retornar ao Egito, onde foram escravos. A maioria deles, exceto dois dos que saíram do Egito com 20 anos ou mais, ficaram no deserto. Não é diferente em nossos dias. A grande maioria de nós prefere o mundo, cujo símbolo para nós é o Egito deles no passado.
Para nos mantermos firmes no caminho da salvação, é imprescindível que usemos as armas de DEUS. Só assim estaremos a salvos. Quais são estas armas? Elas já foram estudadas no passado. Vamos revisar outra vez e, portanto, entender melhor esse assunto vital para todos nós. É importante esse estudo, pois devemos tomar consciência que dele depende nada menos do que a nossa vida eterna, já assegurada a todos, mas que será dada aos que se dedicarem por tê-la.


  1. 1.      Primeiro dia: A necessidade de usar a armadura
Paulo usou o equipamento do soldado romano para ilustrar a necessidade de preparo do soldado da fé. O exército romano era basicamente de ataque. O exército divino não é de ataque, mas de conquista e defesa. Nada temos contra o comandante inimigo e seus poderes, ou seja, referimo-nos aos principados e potestades. Estes poderes, é evidente, querem nos destruir, mas de nossa parte, o que devemos fazer é tirar desses poderes
pessoas para o Reino de DEUS. É neste sentido que nossa luta é contra tais poderes, pois quanto a vencê-los não nos compete: tais poderes foram derrotados na cruz.
Então, a rigor, nos compete, em território inimigo, cheio de cilada, entrar por lá e retirar as pessoas para levá-las a CRISTO. Essa é a nossa luta: salvar pessoas para a vida eterna. E isso é muito perigoso, pois provoca fortíssima reação por parte dos maus espíritos, e também por parte de agentes humanos envolvidos com o inimigo. Então compete que estejamos bem armados para a defesa e bem protegidos contra ataques do inimigo.
Vamos a um exemplo. Seja o caso de um vendedor de livros espirituais, que esteja trabalhando numa cidade onde vivem muitos espíritas e pessoas fanáticas. Ele não pode ir lá sem levar a sua espada, que é a Bíblia, e não lhe valerá levar a Bíblia se não vigiar em oração, além de necessitar do restante do equipamento. Deverá saber manejar bem a Bíblia e ter o poder do alto, para responder aos ataques com falsas doutrinas. Trocando por outras palavras, a pessoa interessada estará avaliando o que fala esse homem de DEUS e o que falam os inimigos. É um debate entre um representante de DEUS e os do inimigo. Nesses momentos ele deverá não só ter a sua espada como saber manejar bem. Se for assim, derrotará os argumentos do inimigo e salvará aquela pessoa, que sairá conscientemente do império da morte para vir ao reino da vida eterna.

  1. 2.      Segunda: Cinto da verdade, couraça da justiça
“Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça” (Efésios 6:14).
Paulo, quando escreveu sobre as duas armas, o cinto e a couraça, as colocou próximas, e a pessoa que dividiu o texto em versículos, os colocou no mesmo verso. Paulo comparou o cinto com a verdade e a couraça com a justiça. É bem evidente que as duas têm afinidade íntima. A verdade é o alvo da justiça, e quem se pauta pela verdade tem proteção da justiça.
Nas vestes de um soldado romano havia o cinto e a couraça. O cinto não só firmava a roupa e servia para sustentar a espada e outros apetrechos como também protegia parte do ventre e as partes genitais. Por sua vez, a couraça protegia o tronco.
A verdade é a disposição de um soldado de DEUS quanto ao modo dele pensar, falar e agir. Ele jamais deve mentir. A mentira é o principal recurso do inimigo, e por causa dela a justiça anda atrás dele para puni-lo, quando chegar a hora. Como soldado de CRISTO, nossa meta é atrair escravos em território inimigo a fim de traze-los para o exército da verdade. Portanto, não podemos fazer isso mentindo e enganando. Pois quem age assim, estará contribuindo para que outros se percam e ele mesmo se perderá. Ao lado de JESUS não há o menor espaço para quem mente.
A justiça é a nossa grande defesa. É por ela que permanecemos vivos. A justiça defende quem age com verdade, não condena quem não mente. Portanto, aos verdadeiros, a justiça é uma arma de defesa, mas para quem mente, a justiça se torna uma arma de ataque. Melhor dizendo, quem mente perde essa couraça, e ela se torna num poder de condenação para a morte.

  1. 3.      Terça: Preparação e escudo da fé
Um soldado tem que estar equipado com tudo o que existe à disposição, conforme o que ele irá fazer. Uma armadura e as armas não são nada sem o soldado. O soldado quase nada pode fazer sem que esteja equipado e armado. E ele ainda deve estar bem treinado.
Assim é com o cristão. As armas que Paulo descreve aqui não são nada se não estiverem fazendo parte de uma pessoa bem treinada, melhor, capacitada. A armadura e as armas fazem um conjunto que se completa com o soldado capacitado.
Vamos então continuar estudando as armas do soldado cristão. O calçado do soldado tem sua importância para o conforto, para que canse menos, que tenha os pés protegidos, que possa caminhar ou correr bastante, que possa fazer isso em terreno perigoso, que não se machuque, para que não caia facilmente, e assim por diante. O calçado e os pés, como um conjunto, formam a base que mantém um soldado em pé e em posição favorável para a luta, seja na defesa, seja no ataque. O calçado deve ser adequado ao terreno. Se o soldado irá lutar na neve, é uma coisa, se num lugar encharcado é outra, e se em encostas e morros, ainda outra.
É o conjunto pés e calçados que levarão o soldado de um lugar a outro, dando-lhe locomoção. Por isso, o soldado cristão, que não mata mas que busca salvar, deve estar bem calçado espiritualmente, para que possa ir e levar boas e importantes notícias, seja aos próprios irmãos, seja aos que ainda se encontram presos com o inimigo. O calçado simbólico do cristão é necessário para levar o “evangelho da paz”, as boas notícias da salvação e da vida eterna. O calçado evangelho da paz é o que motiva o soldado da salvação a ir onde deve para levar as notícias de vida sem esse sofrimento que enfrentamos aqui.
E o escudo que o soldado romano usava? Paulo, quanto ao soldado cristão, disse que esse escudo é a fé. Bem comparado, pois o escudo o soldado romano usava bastante nos momentos críticos. Era mais um equipamento de defesa contra a ação da espada, lança ou flecha inimiga, mas, eventualmente era usado para derrubar um inimigo. No cristão, o escudo da fé se torna uma arma de defesa nos momentos em que parece que o mundo vai cair sobre nós. Por exemplo, o quanto é necessária a fé quando perdemos o emprego, quando a doença ataca, quando se é atacado com falsas doutrinas, quando nos querem enganar, etc.
O escudo romano servia de defesa para todo o corpo do lutador, assim é também a fé. Ela serve para nos manter firmes ao lado de CRISTO em momentos decisivos, e nesses momentos não perder o ânimo nas promessas de DEUS.

  1. 4.      Quarta: Capacete e espada
O centro decisório de um país, ou de uma organização é sempre o lugar vital. Sem esse centro não há como, por exemplo, uma igreja funcionar. E as pessoas também tem seu centro de decisão. Ele encontra-se no cérebro, é a nossa mente. Quando o cérebro é atingido pode comprometer a mente. Para proteger o cérebro há uma forte camada de ossos bem emendados, a caixa craniana. Porém, em certas circunstâncias ela pode não ser suficiente para a proteção. É o caso de uma guerra. Então os soldados usam capacetes. Uma paulada dada na perna, ou nas costas pode não ser tão comprometedora quando a mesma paulada é dada na cabeça. Ela necessita de proteção especial, por exemplo, um capacete de aço. Hoje em dia os motociclistas, o pessoal da construção civil e quem trabalha em fábricas também usam, e quem já sofreu um acidente sabe bem qual a sua utilidade.
No campo espiritual esse capacete representa a salvação, ou seja, a garantia de que a nossa mente não entrará em colapso quando o inimigo atacar. Temos a garantia de que nossa mente não sofrerá tentação acima do que ela possa suportar. DEUS suprirá o poder extra necessário. DEUS defenderá a nossa mente, se ela mesma sentir a necessidade. A garantia da salvação dada por DEUS, a todo que se interesse, funciona como um capacete protetor ao centro decisório que temos. Se nesse centro tomarmos a decisão de nos mantermos ao lado do Salvador, o capacete de DEUS estará sempre disponível, e aconteça o que tiver que vir, a salvação não nos poderá ser tirada.
Por sua vez, a espada é uma arma de defesa e ataque. Espiritualmente é representada pela Bíblia. Como essa é uma guerra espiritual, que acontece no campo dos pensamentos e seus respetivos atos, não poderia ser diferente de um livro, como um manual de sobrevivência nessa guerra serve como espada. Para isso temos que ter a lembrança do que ali está escrito para a nossa defesa. Por exemplo, se nos atacarem dizendo que a nossa igreja não é a verdadeira, um dos versículos que temos que ter em mente é Apoc. 12:17, onde fala que o dragão se irou contra a mulher e foi pelejar contra os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de DEUS e têm o testemunho de JESUS. Isso quer dizer que seguem os Dez Mandamentos da Bíblia, porque os outros dez mandamentos não são de DEUS nem estão na Bíblia. E mais uma coisa, a igreja verdadeira tem a Bíblia e a segue. Apocalipse 14:12 repete de modo quase idêntico. Dizer: “está escrito” é equivalente a manejar a espada de dois gumes, que corta dos dois lados. A Bíblia tem dois gumes, o Antigo e o Novo Testamento.
Essa espada também pode e deve servir para atrair pessoas ao reino de DEUS. É sua principal utilidade. Por ela se pode provar que igreja está no caminho certo e quais pertencem a Babilônia. É assim que devemos lutar quanto ao uso de nossa espada.

  1. 5.      Quinta: Orando sempre
Imagine um soldado num posto avançado do campo de batalha. Ele é um observador dos movimentos do inimigo. De que adianta a ele e ao comando de seu exército se estiver ali sem um aparelho de rádio-comunicação?
Imagine agora outro soldado, de CRISTO, em idêntica situação. O que esse outro soldado estaria fazendo? Poderia estar dando um estudo bíblico a uma única pessoa, numa família de espíritas, de uma cidade hostil à Bíblia pura.
O que esses dois soldados tem em comum, quanto à necessidade? Estarem ligados ao comando central. Um utiliza seu rádio, o outro a oração.
Vigiar e orar é fundamental nessa guerra espiritual, como em qualquer guerra. Vigiar é estar atento, orar é estar conectado com o comando central, que em nosso caso é DEUS.
Pela oração, como diz o apóstolo, orando o tempo todo, e isto é um estilo de vida ligado com o Céu, podemos receber orientações, sermos supridos de forças extras e nos animar e reforçar mutuamente, pois podemos orar uns pelos outros. Assim formaremos unidade entre nós, pois estando unidos com nosso Comandante superior que é JESUS CRISTO. Estaremos unidos no sentido completo, isto é, com DEUS Pai e entre nós. É aí que reside o poder superior, pois, assim, mais um entra em cena, o prometido ESPÍRITO SANTO. Esse poder que se forma por estarmos unidos é tão importante que tem um nome específico: sinergia, ou seja, o efeito multiplicador de agir unidos. Imagine a sinergia que se forma com o poder de DEUS, com a cooperação do ESPÍRITO SANTO e os anjos de DEUS com os homens! Bem por isso, em tudo o que fizermos devemos estar, ou orando ou em atitude de oração.
Mas qual é a diferença entre orar e estar em atitude de oração? Simples de entender. Vamos outra vez para o exemplo do soldado em posto avançado com seu rádio. Ele está em oração quando está falando pelo rádio com o comando central, e está em atitude de oração quando faz duas coisas: tem seu rádio ligado e está sempre pronto a receber mensagens e, segunda, de todas as mensagens que já recebeu, está sempre atento para colocá-las em prática. No caso de um soldado de CRISTO, orar significa falar diretamente com DEUS, e estar em atitude de oração significa levar um estilo de vida coerente com as instruções que já conhece. Aí vem uma pergunta: será que alguém assim pode ser derrotado por satanás? A resposta é óbvia!

  1. 6.      Aplicação do estudo – Sexta-feira, dia da preparação para o santo sábado:
Agora raciocinemos sobre um soldado em meio à guerra, no campo de batalha, mas sem algum equipamento, faltando uma peça. Por exemplo, seja um caso de luta convencional, como ocorre nesse mundo. Imagine o soldado sem a munição. Ou que perdeu uma bota. Enfim, ele fica fragilizado. Imagine idêntica situação para um soldado de CRISTO, depois do decreto dominical, portanto, em meio ao alto clamor que é o período entre esse decreto e o fechamento da porta da graça, isto é, ainda antes das pragas. Esse é o período de grande derramamento do poder do ESPÍRITO SANTO. Vai ser de dar dó quanto aos adventistas que nesse tempo ainda não se tiverem preparados, pois ficarão sem esse poder. Mas tente imaginar esse soldado sem saber manejar a Bíblia. Fica como se estivesse sem a espada, ou, sem munição, que dá no mesmo. O que ele poderá fazer em tal situação, quando tiver que explicar porque não guarda o domingo?
Tentemos imaginar outra situação. A de um soldado de CRISTO que se encontra em um lugar infestado de inimigos, e que esqueceu seu rádio de comunicação, no caso, cuja oração não funciona. Esse aí está numa situação sem saída. Como fará para obter suprimentos espirituais? É certo que será vencido. A fé que precisa ser o tempo todo alimentada irá faltar (lembre de Elias, que venceu centenas de falsos profetas diante de milhares de pessoas, mas no outro dia lhe faltou fé e acabou fugindo de Jesabel…). A fé nesses momentos serve como poder para ficar em pé e não ser vencido. Quanto mais apertar a situação, mais fé receberemos, e assim, aconteça o que vier, permaneceremos firmes. Disse Paulo “porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em DEUS para destruir fortalezas anulando sofismas” (II Cor. 10:4). Nos dias finais, quem não possuir todo armamento, corre enorme risco de ser engambelado pelas ideologias do mundo, falsas doutrinas, sofismas, que são agradáveis a uma mente carnal, mas que não contribuem para a salvação. Pelo contrário, levam à morte eterna.

Assista o comentário clicando aqui.
O comentário em vídeo tem ênfase evangelística.

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