Sua missão na vida

(adaptado do texto de Ruben Dargã Holdorf)

"...Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo" (João 16:33)

Assim como há pessoas inconformadas com a vida neste mundo, cheia de pesares e desilusões, também existem aquelas resignadas e felizes com as posses, riquezas, crédito bancário, poder. Como isso se aplica à fala de Jesus de que no mundo Seus seguidores teriam aflições e estes deveriam tomar sua cruz?

Há alguns anos, a Universidade Andrews, nos Estados Unidos, adotou o lema "Prepare-se para algo que dure mais que uma vida" a fim de mostrar a extensão eterna da educação ideal. O contexto espiritual de cada indivíduo não pode ser tratado de modo diferente. As agruras e contratempos devem ser compreendidos como passageiros.

Se as situações se mostrassem sempre com aspecto positivo, não haveria motivos para alcançar outra felicidade. Não que se deva demonstrar conformismo com as perspectivas negativas ou um falso contentamento diante de possíveis derrotas. A hipocrisia se alia à mentira, prima de outros caracteres permissivos à natureza humana. A Bíblia revela Deus permitindo os percalços a fim de alertar Seus filhos de que há algo muito melhor a se conquistar e que seu lugar não é aqui.

Não há qualquer problema em se aproveitar das facilidades do mundo contemporâneo. O desafio diante do caos econômico e das mazelas políticas e sociais visa estimular a cada pessoa a começar a viver a eternidade enquanto se tem forças, jamais desperdiçando as oportunidades de compartilhar as verdades inseridas nessa experiência de relacionamento com Deus e que explicam sua missão na vida.

REFLEXÃO: "A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo" (Fil. 3:20)

Esperança para quem enfrenta a solidão

(adaptado do texto de Evandro Fávero)

“O Senhor, pois, é aquele que vai adiante de ti; ele será contigo, não te deixará, nem te desamparará. Não temas, nem te espantes” (Deut. 31:8)

Você já se sentiu sozinho? Se sua resposta é sim, você não é o único. O que é solidão? O dicionário Aurélio define solidão como um "estado do que se encontra ou vive só, isolamento". Mas o mesmo dicionário também define a mesma palavra como "situação ou sensação de quem vive isolado numa comunidade". Talvez você não viva em um lugar ermo ou despovoado, mas esteja se sentindo solitário e sem esperança.

A Bíblia apresenta alguns personagens que enfrentaram a solidão. Elias ficou vários dias sozinho junto ao ribeiro de Querite (I Re. 17:1-7). perdeu os bens, família, saúde, e os únicos "amigos" que ficaram ao seu lado o acusavam de pecar. Ele estava acompanhado, porém só. Daniel ficou só na cova dos leões durante uma noite inteira. João ficou só na ilha de Patmos.

Mas talvez a maior solidão tenha sido experimentada por Jesus no Getsêmani e na cruz. Ele ficou só. Os discípulos dormiram quando deveriam orar e estavam longe quando deveriam estar perto (Lc. 22:39-46). Na cruz, Ele também estava só. Seu clamor foi "Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?" (Mt. 27:46). Ele estava só.

No entanto, o homem não foi criado para viver sozinho. Ao criá-lo, Deus declarou que "não é bom que o homem esteja só" (Gn. 2:18). Apesar de referir-se ao casamento, este texto também diz respeito aos relacionamentos, por isso Salomão diz que "melhor é serem dois do que um..." (Ec. 4:9-12).

Como vencer a solidão? A melhor receita foi prescrita por Jesus quando disse que "onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, ali estou Eu no meio deles" (Mt. 18:20).

Por isso, em primeiro lugar, tenha um relacionamento saudável com outras pessoas através do ambiente do Pequeno Grupo ("dois ou três reunidos em Meu nome"). Ali a solidão é banida, pois é o lugar onde Deus está presente, amigos se encontram, sonhos são compartilhados e orações são atendidas.

Em segundo lugar, procure relacionar-se com as pessoas através da igreja, comunidade e estreitando a amizade com um amigo. A Bíblia afirma que "há amigos mais chegados que um irmão" (Pv. 18:24), e este certamente poderá lhe ajudar.

E, acima de tudo, tenha esperança e certeza de que Deus está ao seu lado. Ele afirmou: "não temas, porque Eu sou contigo..." (Is. 41:10), e Jesus disse "eis que Estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt. 28:20). Isso fará você se sentir feliz e acompanhado.

REFLEXÃO: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam” (Salmos 23:4)

Quem diz o povo ser Jesus? E pra você?

(adaptado do texto do Pr Rubens M. Scheffel)

Indo Jesus para os lados de Cesareia de Filipe, perguntou a Seus discípulos: Quem diz o povo ser o Filho do Homem? (Mateus 16:13)

Jesus é, sem dúvida, a figura mais controversa da História. Se perguntássemos ao povo, hoje, “quem foi Jesus?”, obteríamos uma variedade de respostas: “Um celibatário”, “um pacifista”, “um líder guerrilheiro”, “um político ingênuo”, “um líder carismático”, “um mágico”, “um grande mestre”.

Ele realmente foi um homem notável, para ser visto de tantas maneiras diferentes. Mesmo em Seu tempo, as opiniões a Seu respeito divergiam muito. Quando Cristo perguntou aos discípulos: “Quem diz o povo ser o Filho do Homem”, eles responderam: “Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas” (Mt 16:14). O próprio Cristo disse que alguns O consideravam “um glutão e bebedor de vinho” (Lc 7:34).

Jesus abriu a discussão a Seu respeito porque o Seu tempo estava se esgotando. Logo Ele deveria “seguir para Jerusalém e sofrer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitado no terceiro dia” (Mt 16:21). Será que eles haviam entendido quem Ele era e qual Sua missão? Estavam os doze preparados para continuar a obra após Sua morte? Se ninguém houvesse entendido essas questões, a fé cristã não sobreviveria à Sua ausência.

Se Ele fosse considerado apenas um “Mestre vindo da parte de Deus” (Jo 3:2), ou um dos profetas ressuscitado dos mortos, Sua morte não teria maior significado do que a de qualquer outro grande homem.

Para que alguém encontrasse salvação na cruz do Calvário seria preciso, primeiramente, reconhecer que Aquele que estava pendurado na cruz não era outro senão o Filho de Deus, o Salvador do mundo, o Messias, o Cristo.

“Jesus, obviamente, sabia muito bem o que o povo pensava dEle. A razão dessa pergunta feita aos discípulos foi a de preparar-lhes a mente para a pergunta seguinte: o que eles próprios pensavam dEle” (SDA Bible Commentary, v. 5, p. 429).

O que pensa você de Jesus? A resposta é essencial, porque dela depende seu destino eterno.

Analisemos, primeiramente, as respostas dos discípulos quanto à opinião do povo sobre a identidade de Jesus, o que não foi senão uma triste constatação de que, apesar das evidências, “os Seus” não O haviam reconhecido como o Messias anunciado nas profecias.

Uns diziam que Ele era João Batista, que havia ressuscitado dos mortos. Não era só Herodes que pensava assim (ver Mt 14:1, 2), mas muitos dentre o povo.

Outros diziam que Jesus era Elias. Ao considerá-Lo assim, o povo pensava estar enaltecendo Jesus, pois Elias era tido como o “príncipe dos profetas”. E isto significava também que O consideravam como o precursor do Messias. Barclay diz que até o dia de hoje os judeus esperam o retorno de Elias antes da vinda do Messias, e ao celebrarem a Páscoa, mantêm uma cadeira vazia, pois quando Elias vier, o Messias não irá demorar.

E outros, ainda, afirmavam que Jesus era Jeremias. Várias lendas circulavam acerca de Jeremias. Acreditava-se que, antes de o povo ser levado para o exílio, Jeremias havia escondido a arca do concerto e o altar do incenso numa caverna do Monte Nebo, e que, antes da vinda do Messias ele retornaria, mostraria a arca, e a glória de Deus voltaria ao povo de Deus novamente (2 Macabeus 2:1-12). Ao considerar Jesus como Jeremias, o povo Lhe estava atribuindo a elevada posição de precursor do Messias.

Todas essas opiniões, no entanto, eram inadequadas, pois Jesus era o próprio Messias, e não o Seu precursor. Mateus apresenta uma sequência progressiva na compreensão que os discípulos e as multidões tiveram de Jesus, passando da admiração à adoração: “E maravilharam-se os homens, dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar Lhe obedecem?” (Mt 8:27). “E as multidões se admiravam, dizendo:

Jamais se viu tal coisa em Israel” (9:33). “E toda a multidão se admirava e dizia: É este, porventura, o Filho de Davi?” (12:23). “E chegando à Sua terra, ensinava-os na sinagoga, de tal sorte que se maravilhavam e diziam: Donde Lhe vêm esta sabedoria e estes poderes miraculosos?” (13:54). “E os que estavam no barco O adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus!” (14:33).

“Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (16:16).

Admirar Jesus não é suficiente. É preciso adorá-Lo na beleza da Sua santidade. E reconhecê-Lo como “Senhor meu e Deus meu” (Jo 20:28). Só assim estaremos no caminho da salvação.

REFLEXÃO: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai” (João 1:1, 14)
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Fé e Esperança

(adaptado do texto de Michelson Borges)

"Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti" (Isaías 26:3)

Não costumo ler o caderno de esportes dos jornais, mas a edição do dia 29 de setembro de 2005 de O Estado de S. Paulo trouxe um texto que me chamou a atenção, sob o título "Porém, eu sinto a Sua falta".

O articulista e compositor Nando Reis escreveu, dentre outras coisas, o seguinte: "Infelizmente não acredito em Deus. Digo infelizmente pois essa impossibilidade muitas vezes faz da minha vida um trajeto silencioso e solitário. Gostaria de poder dividir com alguém as penúrias e as agruras dessa vida tão complicada. Quantas vezes não quis, eu, olhar para o alto e me sentir amparado pela mão do Senhor, quando me vi impotente diante de tantos perigos. Quando temi pela vida de meus filhos, vindos e criados para desfrutarem a graça deste mundo, mas que, como todos nós, são vulneráveis à violência que nos acua e nos ameaça - me sinto só sem poder pedir proteção para meus entes amados."

Por que Nando sente a falta de Deus? Porque o ser humano foi criado para crer. Somos seres com vocação religiosa, mesmo que muitos entre nós não queiram admitir isso.

Algum tempo atrás li um livro do ex-professor de Neurologia e Psiquiatria da Universidade de Viena e fundador da Logoterapia, Viktor Frankl (1905-1997), que me fez pensar nessa necessidade humana nem sempre satisfeita. Por ser judeu, Frankl foi enviado para campos de concentração, entre 1942 e 1945, inclusive os de pior fama como o de Therezin e o de Auschwitz, onde perdeu a esposa (recém-casada), a mãe e um irmão. Durante os anos de cativeiro, o que manteve o médico ativo e animado foi seu grande interesse pelo comportamento humano, o que o levou depois à conclusão de que esse interesse o havia salvo e que aqueles companheiros de prisão que tinham algum tipo de esperança e davam um significado a suas vidas, predominavam entre os sobreviventes da selvageria e da fome a que todos haviam sido submetidos.

O livro a que me refiro é A Presença Ignorada de Deus. Nele, Frankl fala de uma "fé inconsciente" e de um "inconsciente transcendental" que inclui a dimensão religiosa. Para ele, quando a fé, em escala individual, se atrofia, transforma-se em neurose; e na escala social, degenera em superstição."

"Somente a pessoa espiritual estabelece a unidade e totalidade do ente humano", garante Frankl. "Ela forma esta totalidade como sendo bio-psico-espiritual. ... Somente a totalidade tripla torna o homem completo" (A Presença Ignorada de Deus, p. 21).

As palavras de Frankl fazem eco a algo escrito quase um século antes, por Ellen White: "Todos quantos consagram corpo, alma e espírito a Seu [de Deus] serviço estarão constantemente recebendo nova provisão de poder físico, mental e espiritual. Os inesgotáveis abastecimentos celestes se acham a sua disposição. Cristo lhes dá o alento de Seu próprio espírito, a vida de Sua vida. O Espírito Santo desenvolve suas mais altas energias para operar na mente e no coração" (A Ciência do Bom Viver, p. 159).

Não conheço Nando Reis pessoalmente, mas acho que dá para dizer que ele "sente falta de algo" porque, segundo Frankl, não é um homem completo; e, segundo Ellen White, falta-lhe o "alento de Cristo". Em outras palavras, não tem uma esperança duradoura, que vá além das vãs promessas deste mundo.

Frankl afirma que a consciência mostra nossa origem e a compara ao umbigo. O umbigo só pode ser compreendido a partir da história pré-natal do homem, como sendo um "resto" no homem que o transcende e o leva à sua procedência do organismo materno. Da mesma forma, a consciência só pode ser entendida em seu sentido pleno quando a concebemos à luz de uma origem transcendente.

Para o psicanalista, "a consciência é a voz da transcendência e, por isso mesmo, ela mesma é transcendente. O homem irreligioso, portanto, é aquele que ignora essa transcendência da consciência. O homem irreligioso 'tem' consciência, assim como responsabilidade; apenas ele não questiona além, não pergunta pelo que é responsável, nem de onde provém sua consciência" (Ibidem, p. 42).

Na página 45 de seu livro, Frankl faz outra comparação interessante: "O homem irreligioso se deteve antes do tempo no seu caminho em busca de sentido, já que não foi além de sua consciência, não perguntou para além dela. É como se tivesse chegado a um pico imediatamente inferior ao mais alto. Por que não vai adiante? É porque não quer perder o 'chão firme sob seus pés', pois o verdadeiro pico não está visível para ele, está oculto na neblina, e nesta neblina, nesta incerteza, ele não se arrisca a penetrar. Somente a pessoa religiosa assume este risco."

O que falta, para Nando e tantos outros, é dar o passo da fé; subir o monte que lhes trará verdadeira satisfação existencial, senso de completude e verdadeira esperança. Afinal, é essa tendência (muitas vezes inconsciente) em direção a Deus que precisa ser satisfeita. E não adianta tentar preencher esse vazio com qualquer outra coisa ou pessoa. Só Deus satisfaz, pois foi Ele quem "pôs no coração do homem o anseio pela eternidade" (Eclesiastes 3:11).

REFLEXÃO: “Porque, se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rom. 10:9)

As tormentas são passageiras

(Pr Rubens M. Scheffel)

"Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação" (II Coríntios 4:17)

Noé estava dentro da arca com todo tipo de animais e também com sua família. Durante quarenta dias e quarenta noites a chuva caiu, fazendo as águas subirem, destruindo tudo que havia. Seus vizinhos não mais existiam. O mundo, como ele o conhecia, havia desaparecido. Ele teria de começar a vida de novo.

Isso acontece ainda hoje, com as pessoas. De repente, a terra foge debaixo de nossos pés, nosso mundo desaba, e precisamos começar tudo do zero outra vez.

Um homem de 53 anos foi demitido da firma em que trabalhava como gerente. Ele havia gasto a maior parte de sua vida adulta adquirindo conhecimentos e experiência que subitamente se tornaram obsoletos.

O mundo, como ele o conhecia, não mais existia. Ele precisou começar tudo de novo.

A vida nos puxa o tapete, às vezes. Mas as tormentas não duram para sempre. O luto passa e o tempo cura a dor. Muitas pessoas que perdem um emprego acabam conseguindo outro.

Herman Gockel perdeu a voz aos 32 anos. Uma experiência terrível para um jovem pregador. Demitiu-se de sua igreja e foi morar com a esposa e os dois filhos na casa de sua mãe viúva.

A esposa conseguiu trabalho como secretária. E ele ficou em casa com as crianças. Ao cuidar dos afazeres domésticos, um texto bíblico lhe veio à mente: “Aquele que não poupou o Seu próprio Filho, antes por todos nós O entregou, porventura, não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?” (Rm 8:32).

Herman teve um raio de esperança. Orou. Seis meses mais tarde conseguiu um trabalho respondendo cartas de um programa de rádio. E também passou a ajudar na expedição da Editora Concórdia.

Dois anos mais tarde Herman se tornou gerente da Concórdia. Então a esposa ficou gravemente enferma e foi hospitalizada 26 vezes. Seis vezes esteve à morte. Mas Herman continuou crendo em Romanos 8:32. Seus livros e artigos inspiraram milhões de pessoas, e ele foi convidado a criar um novo programa de televisão para sua igreja. Tudo isso depois que ele perdeu a voz.

Após a tormenta surgiu o "arco-íris". Ah, é claro que isso nem sempre acontece. Mas Deus nos prometeu que não seremos tentados além das nossas forças; “pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” (1Co 10:13).

Apeguemo-nos a Deus e confiemos em Suas promessas.

REFLEXÃO: “Eis que vou hoje pelo caminho de toda a terra; e vós sabeis em vossos corações e em vossas almas que não tem falhado uma só palavra de todas as boas coisas que a vosso respeito falou o Senhor vosso Deus; nenhuma delas falhou, mas todas se cumpriram” (Josué 23:14)


Vivendo até os 100 anos

(adaptado do texto de Débora Kotz - revista "secular" U.S. News Set/2009)

“Disse-lhes mais: Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, as quais se acham sobre a face de toda a terra, bem como todas as árvores em que há fruto que dá semente; ser-vos-ão para mantimento” (Gênesis 1:29)

O fator mais importante que determina quantos anos você viverá, não são seus genes, mas quão bem você vive. Não se convenceu? Um novo estudo [secular] publicado no Jornal Médico Britânico (British Medical Journal) com 20 mil britânicos idosos demonstra que você pode cortar seu risco de ataque cardíaco pela metade simplesmente fazendo 4 coisas: 30 minutos por dia de atividade física, comer 5 porções de frutas e vegetais diariamente, evitar o cigarro e excesso de álcool.

Embora esses são alguns passos óbvios que você pode tomar para viver bem, pesquisadores tem descoberto que os centenários tendem a compartilhar certas características: como eles se alimentam, fazem exercícios, lidam com o stress – coisas que podemos fazer para melhorar nosso processo de envelhecimento. É claro que conseguir viver até os 100 é um tempo consideravelmente maior do que viveram seus pais. Contudo, Thomas Perls, que estuda os que passaram dos 100 anos na Escola de Medicina na Universidade de Boston, acredita que, mesmo se você evitasse os genes de doenças fatais como de ‘Huntington’ (doença hereditária que se desenvolve na idade adulta e termina em demência), “não há nada que impeça você de viver bem até os 90 anos. Imagine que, se seus pais e avós fossem fumantes inveterados, eles poderiam ter morrido prematuramente sem alcançar o verdadeiro potencial do tempo de vida deles, portanto vá em frente e alcance aqueles 3 dígitos (100 anos). Siga esses 10 hábitos e confirme a “previsão do tempo de vida” de Perls.

1. Não se aposente. “Evidências provam que nas sociedades onde as pessoas param repentinamente de trabalhar, há uma explosão da incidência de obesidade e doenças crônicas depois da aposentadoria,” disse Luigi Ferrucci, diretor do Estudo Longitudinal Baltimore sobre Envelhecimento. A região de Chianti na Itália, com alta porcentagem de centenários, tem uma visão diferente do tempo de folga. Depois que se afastam de seus empregos, eles gastam a maior parte do dia trabalhando em seus sítios, cultivando uvas e vegetais. Eles nunca são realmente inativos. Cultivar não é prá você? Seja voluntário em Creches, Escolas, Asilos, ou junte-se a um grupo de voluntários e participe de projetos comunitários.

2. Use fio dental diariamente. Isso pode ajudar a manter suas artérias saudáveis. Um estudo da Universidade de Nova Iorque em 2008 mostrou que usar o fio dental diariamente reduziu na saliva a quantidade de bactérias causadoras de doenças. Essas bactérias entram na corrente sanguínea e começam uma inflamação nas artérias, maior fator de risco para doenças do coração. Outra pesquisa mostrou que, os que tem altas quantidades de bactérias em sua boca, tem mais probabilidade de entupir suas artérias, outro sinal de doenças cardíacas. “Eu realmente penso que as pessoas deveriam usar o fio dental duas vezes ao dia para conseguir os benefícios de maior expectativa de vida,” enfatiza Perls.

3. Mexa-se. “O exercício é a única fonte real da juventude que existe,” afirma Jay Olshansky, um professor de Medicina e pesquisador do envelhecimento na Universidade de Illinois-Chicago. “É como o óleo para o seu carro. Você não tem que usá-lo, mas seu carro definitivamente correrá melhor.” Grande quantidade de pesquisas tem documentado os benefícios do exercício para melhorar seu humor, acuidade mental, equilíbrio, massa muscular, e os ossos. “E os benefícios começam imediatamente após seu primeiro dia de atividade física,” acrescenta Olshansky. Não se preocupe se você não for um ‘rato’ de Academia. Aqueles que recebem os maiores benefícios são os que saem do comodismo e simplesmente caminham na vizinhança ou pela quadra, 30 minutos por dia. Fortalecer os músculos com treinamento de resistência também é ideal, mas exercícios leves e constantes podem dar a você efeitos similares de força e resistência mesmo sem fazer levantamento de peso.

4. Coma cereais ricos em fibra no desjejum. Servir-se de grãos integrais, especialmente pela manhã, parece ajudar os de mais idade a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue por todo o dia, conforme um recente estudo dirigido por Ferrucci. Diz ele que “aqueles que fazem isso tem uma baixa incidência de diabetes, um conhecido acelerador da velhice”.

5. Feche os olhos durante 6 horas pelo menos. Em vez de dormir menos para ganhar mais horas de atividades por dia, durma mais para acrescentar anos à sua vida. “Dormir é uma das mais importantes funções que seu corpo usa para regular e curar as células,” afirma Ferrucci. “O mínimo de sono que os mais velhos necessitam para conseguir as fases REM curativas é aproximadamente de 6 horas.” Aqueles que alcançam a marca de um século de vida colocam o sono como prioridade máxima.

6. Consuma alimentos integrais, não suplementos. Fortes evidências sugerem que as pessoas com altos níveis no sangue de certos nutrientes – selênio, beta-caroteno, vitaminas C e E – vivem mais e melhor e tem baixo índice de declínio cognitivo. Infelizmente não há evidência que tomar comprimidos com esses nutrientes provê os mesmos benefícios anti-idade. “Há mais de 200 carotenóides, e 200 flavonóides diferentes num único tomate,” destaca Ferrucci, “e essas substâncias químicas tem interações complexas que nutrem a saúde; além do Licopeno e a Vitamina C”. Evite alimentos brancos pobres em nutrientes (pães, farinha, arroz branco e açúcar) e aproveite-se de todas as frutas coloridas, vegetais, cereais e pães integrais, com todo seu “exército” de nutrientes escondidos neles.

7. Seja menos neurótico. Pode funcionar para Woody Allen, que mistura suas preocupações com uma saudável dose de humor, mas o resto de nós neuróticos podemos querer encontrar uma nova maneira de lidar com o stress. “Temos um novo estudo que mostra que os centenários tendem a não internalizar coisas ou enfatizar seus problemas,” diz Perls. “Eles são fortes e flexíveis ao lidar com as adversidades.” Se essa característica inata é difícil de conquistar, encontre outros meios de lidar com o stress. Experimente essas dicas: faça exercícios, meditação, ou apenas respire fundo por alguns momentos. Roer as unhas, mascar chicletes em frente à TV, cair na bebida? Isso tudo é péssimo para a sua saúde.

8. Viva como um Adventista do Sétimo Dia. Os americanos que definem a si mesmos como Adventistas do Sétimo Dia tem uma expectativa média de vida de 89 anos; uma década a mais do que a média nos Estados Unidos. Uma das doutrinas básicas dos Adventistas é que, é importante cuidar do nosso corpo porque pertence a Deus. Isso quer dizer não fumar, não usar bebidas alcoólicas, e não abusar dos doces. Os Adventistas típicos seguem uma dieta vegetariana baseada em frutas, legumes, feijões e nozes; e praticam bastante exercício. Eles também valorizam muito a família e a comunidade.

9. Seja uma criatura de hábitos. Centenários tendem a viver em rotinas rígidas, diz Olshansky, comendo o mesmo tipo de dieta e fazendo as mesmas atividades por toda a vida. Dormir e despertar, nos mesmos horários cada dia é outro bom hábito que mantém seu corpo em constante equilíbrio; mas que pode ser facilmente rompido com o passar dos anos. “Sua fisiologia fica mais frágil quando envelhece,” explica Ferrucci, “e fica mais difícil seu corpo recuperar-se se você, perder algumas horas de sono numa noite ou beber muito álcool. Isso pode debilitar suas defesas imunológicas deixando-o mais susceptível a gripe e infecções bacterianas.

10. Fique conectado. Manter contatos sociais regulares com amigos e familiares é a chave para evitar a depressão. Isto pode levar a morte prematura, fato que é mais comum entre viúvos e viúvas. Alguns psicólogos acreditam que um dos maiores benefícios que os de idade avançada obtêm do exercício são as fortes interações sociais desenvolvidas ao caminhar com um amigo ou participar de exercícios em grupo. Tendo uma conexão diária com um amigo íntimo ou um membro da família, há um benefício adicional, com alguém em quem se apoiar. “Eles avisarão se notarem que sua memória está falhando ou se você parece mais reservado,” diz Perls, “e poderão insistir com você para procurar um médico, mesmo antes de você reconhecer, que precise de um.”

Fonte: U.S. News (http://health.usnews.com/articles/health/baby-boomer-health/2009/02/20/10-health-habits-that-will-help-you-live-to-100.html)

REFLEXÃO: “Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo” (I Cor 6:19-20)

Leia também: http://meditandoemjesus.blogspot.com/2009/03/anos-multiplicados.html e aqui http://meditandoemjesus.blogspot.com/2009/02/lidando-com-alimentacao.html

Assista - Adventistas longevos (Reportagem Sbt):

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