Como eu amo a tua Lei!

(adaptado do texto do Pr. Ricardo Gondim)

“Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (II Timóteo 3:16)

Aconteceu num feriado. O sol já caminhava na metade do seu percurso quando preguiçosamente resolvi sair da cama. Sem coragem de tomar um ônibus para ir à praia, optei ficar em casa e ler.
Fui até a estante, sempre abarrotada e sempre empoeirada, querendo um livro que me servisse de companhia naquele dia, que eu supunha sem importância. A Bíblia de capa preta se sobressaiu; parecia pedir-me que a escolhesse. Eu já tentara ler a Bíblia, mas nunca consegui atravessar seu quarto livro, Números. Aquelas estatísticas intermináveis me faziam cochilar. Hesitei, mas parecia que duas mãos se estendiam do dorso, suplicando que eu a pegasse. Aquiesci e elegi o tomo negro.

Adolescente, eu não cogitava grandes mudanças de vida. Ledo engano: depois daquele dia jamais seria o mesmo. Deitei-me e comecei a folheá-la; lembrei que meus amigos crentes haviam me aconselhado a ler o Novo Testamento. Abri em Mateus e em poucos minutos cheguei ao Sermão do Monte. Cada versículo alongava-se das páginas como um punhal, lacerando minha alma. As verdades proferidas pelos lábios de Jesus me encurralaram. Mateus 7.13-14 levou-me a nocaute: “Entrem pela porta estreita, pois larga é a porta e amplo o caminho que leva à perdição, e são muitos os que entram por ela. Como é estreita a porta, e apertado o caminho que leva à vida! São poucos os que a encontram”. Assim, no começo da tarde, com a porta trancada, ajoelhado e resoluto, assumi um compromisso de seguir a Jesus Cristo por essa vereda estreita.

Desde aqueles verdes anos procurei referenciar minha vida neste livro magnífico. Tentei estudá-la; meditei em seus versículos em minhas horas tranqüilas; fiz palestras e sermões em suas verdades. Mas sinto que ainda não consegui chegar às margens da profundidade do conhecimento e sabedoria da Palavra de Deus. Quanto mais me detenho em seus ensinos, maior é meu espanto, meu maravilhamento.

A Bíblia é uma coletânea de livros com a história de pessoas, famílias, nações e, sobretudo, a linhagem do Messias. Fascinam-me os relatos milenares do comportamento humano nas crônicas, a sabedoria popular dos provérbios, a indignação dos profetas, as orações dos Salmos e a sistematização de verdades eternas das epístolas. Alguns detalhes da Bíblia me deixam admirado. Ela nunca foi homogeneizada pelo poder eclesiástico. As histórias de seus heróis não foram retocadas. Assim, sabe-se que o patriarca Abraão mentiu e agiu impensadamente em diversas ocasiões; que Moisés, o homem mais manso que o mundo conheceu, irou-se; que Davi, o mais amado rei em Israel, adulterou e ainda tramou o assassinato de um soldado leal. A Bíblia não mascara que a igreja primitiva teve de aprender a conviver com pontos de vista distintos — Pedro e Paulo travaram debates ríspidos sobre usos e costumes; as igrejas plantadas no primeiro esforço missionário tinham idiossincrasias seriíssimas — a igreja de Corinto chegou a vulgarizar o sacramento da Eucaristia.

Ao contrário de outros livros sagrados, a Bíblia não alega ter sido ditada ou psicografada. Em 2 Pedro 1.21, o apóstolo reconhece que sua origem é divina, mas respeita a singularidade dos autores: “Pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens santos falaram da parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo”. O conceito teológico para sua “inspiração” significa que Deus respeitou a liberdade e as ambigüidades humanas, permitindo até possíveis contradições dos relatos históricos. Diante de circunstâncias diversas, os autores demonstraram que a revelação das verdades eternas podia se dar dentro de contextos geográficos, sociais e culturais distintos.

Contudo, a maior grandeza da Bíblia vem da encarnação. A chegada do Messias, seu breve tempo de vida na terra, seu curtíssimo ministério fazendo o bem e anunciando a chegada do reino de Deus, sua morte e ressurreição, constituem-se na mais alvissareira notícia já impressa. Até Jesus Cristo vir, Deus resumia-se a uma especulação filosófica ou religiosa. Os gregos afirmavam que, assim como um pássaro não pode voar até o infinito, os seres humanos, mortais, jamais poderiam alcançar a divindade eterna. No cristianismo, Deus fez o caminho inverso. “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14).

A singularidade da Bíblia vem da encarnação de Jesus. O filho de Maria fez Deus conhecido da humanidade. Paulo ressalta essa verdade em sua carta aos colossenses (Cl 2.9): “Pois em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade”. Em João 14.8-9, Felipe pediu a Jesus o que toda a humanidade mais deseja: uma revelação completa de Deus: “‘Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta’. Jesus respondeu: ‘Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: Mostra-nos o Pai’?” Todas as vezes que ouço a Bíblia sendo exposta, sei que suas verdades brilharão como feixes de luz, guiando o viajante pelas tortuosas estradas da vida, pois o Salmo 119.105 afirma: “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho”.

Quando encontro alguém arqueado de culpa, gosto de recomendar o Evangelho de João. Qualquer um pode se colocar no diálogo entre Jesus e uma mulher prestes a ser apedrejada: “‘Mulher, onde estão eles [os seus acusadores]? Ninguém a condenou?’ ‘Ninguém, Senhor’, disse ela. Declarou Jesus: ‘Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado’” (Jo 8.10-11).

Passados milênios desde que a Bíblia Sagrada foi escrita, estudiosos se revezam tentando analisá-la, mas ela permanece um mistério. E diante do mistério reconhece-se a limitação humana. Razão e método não abrangem todo o “conselho de Deus”. Por isso, Paulo afirmou em Romanos 11.33-36: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro? Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense? Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém”. Neste mundo sedento de esperança, a Bíblia pode tornar-se um manancial de vida, desde que volte a ser o livro de cabeceira que alimenta a vida devocional e o alicerce dos princípios que nortearão as decisões do dia-a-dia.

Soli Deo Gloria.

REFLEXÃO: “O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável” (Provérbios 28:9)

Você convive com Deus?

(adaptado do texto de Laerte Júnior)

“Orai sem cessar” (I Tessalonicenses 5:17)
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Sabemos que intimidade é algo que depende das duas partes. Não basta somente Deus buscar ser íntimo do homem, o homem também tem que buscar intimidade com Deus. Mas, como ter esta intimidade?

Quando conhecemos uma pessoa, já no primeiro dia não contamos a ela toda a nossa vida, todos os nossos sonhos, ou os nossos segredos mais profundos. Por que? Porque ainda não estamos íntimos com esta pessoa. Mas, se o tempo passar e todos os dias conversarmos um pouco e formos nos conhecendo mais e mais, chegará um momento em que teremos confiança um no outro para contar tudo o que passa em nosso interior.

Podemos então afirmar que intimidade, vem com convivência. Nós não podemos ser íntimos de uma pessoa com a qual conversamos raramente e de forma superficial.

Com Deus funciona da mesma forma, como podemos dizer que somos íntimos de Deus se mal conversamos com Ele? Ou se falamos, apenas coisas superficiais. Aquelas orações diárias e "obrigatórias" que fazem o "currículo" de todo crente - orar ao acordar, orar no momento das refeições e na hora de dormir, que absolutamente não fazem de ninguém uma pessoa íntima de Deus. Deus é nosso melhor Amigo, e como tal, precisamos ter intimidade de tal forma que O conheçamos pelo menos do mesmo jeito que conhecemos com detalhes um grande amigo aqui na terra. Você tem um grande amigo com quem compartilha idéias? Vocês se falam sempre ou só de vez em quando? Você sabe o que ele mais gosta de fazer? Sabe os lugares que ele gosta de frequentar? Sabe o estilo de música que ele gosta de ouvir? Pois é, com Deus é a mesma coisa - é impossível conhecê-Lo sem conviver com Ele... orando e estudando Sua palavra!

E é exatamente isto que Deus tem buscado no homem, intimidade, Ele quer que passemos um tempo diário com Ele, como Adão passava antes de sua queda, Ele quer que contemos os nossos desejos, sonhos e segredos mais profundos. Mas será que Ele já não sabe disso tudo? Você pode estar se perguntado, sim, Ele sabe, mas tem prazer em nos ouvir e falar conosco, porque da mesma forma que quer ouvir os nossos segredos, quer também ter a oportunidade de compartilhar conosco os Seus sonhos, planos, e os desejos mais profundos do coração dEle.

Você quer conhecer os planos de Deus pra sua vida... então seja íntimo dEle!

Devemos pedir a Deus orientação espiritual, para sabermos verdadeiramente se o nosso desejo é o mesmo dEle para conosco, para que possamos sempre viver na vontade dEle, e não na nossa, que vem da "carne".

Precisamos crer mais; crer que DEUS é verdadeiramente nosso Amigo, que Ele nos ouve, que Ele pode conversar conosco por este canal incrível, ilimitado em poder: a oração.

Talvez seja difícil de acreditar, mas só estando na Sua presença, compartilhando idéias a todos momentos e fazendo a Sua vontade, sentiremos verdadeiramente o som da Sua voz.

REFLEXÃO: “Ó tu que ouves a oração! a ti virá toda a carne” (Salmos 65:2)

ALELUIA!

(Adaptado do texto de Vernon C. Grounds)

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz" (Isaías 9:6)

O compositor alemão George F. Handel estava falido quando em 1741 um grupo de instituições de caridade de Dublin (Irlanda) lhe ofereceu o encargo para escrever uma obra musical. Tratava-se de uma peça para uma apresentação beneficiente, a fim de levantar fundos para libertar homens endividados da prisão. Ele aceitou a comissão e entregou-se a um trabalho incansável para escrever a peça.

Em apenas 24 dias, Handel compôs a sua obra sublime conhecida como Messias. É sua mais famosa criação e está entre as mais populares obras corais da literatura ocidental. Numa das partes do oratório, que narra a vida de Jesus Cristo, aparece também a famosa "Aleluia de Handel". Durante aquele tempo, ele não saía de casa e muitas vezes ficou sem comer. Em determinado momento, um empregado encontrou-o chorando sobre sua partitura em desenvolvimento.

Handel era um cristão calvinista devotado, e ao recontar sua experiência, certa vez escreveu: "Se estava em meu corpo ou fora de meu corpo quando escrevi a peça, eu não sei. Deus o sabe", certamente fazendo alusão às palavras de Paulo em II Coríntios 12:2. Mais tarde ele também disse: "Eu pensei que vi todo o céu diante de mim e o próprio e grande Deus".

O apóstolo Paulo neste capítulo fala modestamente da sua experiência de visão onde havia sido arrebatado até o "terceiro céu" (Paraíso de Deus), ou até a presença do Senhor. Lá esteve em contato com o próprio Deus e ouviu palavras que não fora permitido ser reveladas... tamanho privilégio e oportunidade.

Neste contexto, fico imaginando os pensamentos de Paulo pela especial honra de ter tido acesso a presença divina. Certamente adorou e louvou a nosso Deus com TODAS AS SUAS FORÇAS neste momento tão especial.
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Você sabia que "louvai ao Senhor" é o significado resultante da transliteração da palavra hebraica "halleluya"?

"O Coro do Aleluia", o coro que louva "o Senhor dos senhores" continua sendo extremamente conhecido em nosso meio mesmo nos dias de hoje. É uma música que mexe com a minha alma sempre que a ouço, e sei que isto também acontece com você. Mas asseguremo-nos que faremos mais que ressoar aquela música magnífica. Vamos abrir nossos corações em fé, em adoração e louvores profundos, com todas as nossas forças, pelo Messias prometido no livro de Isaías (9:1-7). Ele esteve entre nós. Ele viveu uma vida de devoção e de total dependência do Pai. Ele venceu. Aleluia!!!

REFLEXÃO: "Bendito seja o SENHOR Deus de Israel, de eternidade em eternidade, e todo o povo diga: Amém. Louvai ao SENHOR [aleluia]" (Salmo 106:48).

O dia em que o sol brilhará à meia noite

(por Filipe Reis)

“Porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! então lhes sobrevirá repentina destruição...” (I Tess 5:2-3)

'O mais longo eclipse total do sol do século XXI mergulhou nesta última quarta-feira (22/07) uma parte da Ásia nas trevas, podendo ter sido observado por dois mil milhões de pessoas. O sol ficou totalmente encoberto pela Lua numa zona pouco habitada do Pacífico durante 6 minutos e 39 segundos, uma duração recorde que só virá a ser batida no ano de 2132. O eclipse foi observado por dois mil milhões de pessoas, um recorde na história da humanidade.

O eclipse total demorou menos tempo na Índia (três a quatro minutos) e na megalópole de Xangai (cinco minutos), mas nas duas regiões o céu espessamente coberto de nuvens impediu a observação do fenómeno. Chuvas torrenciais abateram-se sobre Bombaim, na costa ocidental da Índia, tornando inúteis as lentes escuras compradas por muitos para observar o eclipse.'

Fonte: Expresso (com gráfico animado)

Este acontecimento fez-me lembrar uma PROFECIA sobre o ÚLTIMO DIA da HISTÓRIA DA TERRA, quando o sol brilhará como toda a sua força... à meia noite.

Leia este trecho de 'O Grande Conflito', da escritora Ellen G. White, págs. 636-642:

'É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na Natureza parece desviado de seu curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: “Está feito.” Apoc. 16:17.

Essa voz abala os céus e a Terra. Há um grande terremoto “como nunca tinha havido desde que há homens sobre a Terra; tal foi este tão grande terremoto.” (Apoc. 16:18). O firmamento parece abrir-se e fechar-se. A glória do trono de Deus dir-se-ia atravessar a atmosfera. As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e anfractuosas rochas são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. A grande Babilônia veio em lembrança perante Deus, “para lhe dar o cálice do vinho da indignação da Sua ira” (Apoc. 16:19 e 21). Grandes pedras de saraiva, cada uma “do peso de um talento”, estão a fazer sua obra de destruição. As mais orgulhosas cidades da Terra são derribadas. Os suntuosos palácios em que os grandes homens do mundo dissiparam suas riquezas com a glorificação própria, desmoronam-se diante de seus olhos. As paredes das prisões fendem-se, e o povo de Deus, que estivera retido em cativeiro por causa de sua fé, é libertado.

Abrem-se sepulturas, e “muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dan. 12:2). Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos que O traspassaram” (Apoc. 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes.

Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são compreendidas por todos; entendem-nas, porém, distintamente os falsos ensinadores. Os que pouco antes eram tão descuidados, tão jactanciosos e desafiadores, tão exultantes em sua crueldade para com o povo de Deus, observador dos mandamentos, acham-se agora vencidos pela consternação, e a estremecer de medo. Ouve-se o seu pranto acima do som dos elementos. Demônios reconhecem a divindade de Cristo, e tremem diante de Seu poder, enquanto homens estão suplicando misericórdia e rastejando em abjeto terror.

Disseram os profetas da antiguidade, ao contemplar em santa visão o dia de Deus: “Uivai, porque o dia do Senhor está perto; vem do Todo-poderoso como assolação” (Isaías 13:6). “Entra nas rochas e esconde-te no pó, da presença espantosa do Senhor e da glória da Sua majestade. Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o Senhor será exaltado naquele dia. Porque o dia do Senhor dos exércitos será contra todo o soberbo e altivo, e contra todo o que se exalta, para que seja abatido.” “Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os ídolos de ouro, que fizeram para ante eles se prostrarem, e meter-se-á pelas fendas das rochas, pelas cavernas das penhas, por causa da presença espantosa do Senhor, e por causa da glória da Sua majestade, quando Ele Se levantar para assombrar a Terra” (Isa. 2:10, 20-21).

Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em contraste com as trevas. Fala de esperança e alegria aos fiéis, mas de severidade e ira aos transgressores da lei de Deus. Os que tudo sacrificaram por Cristo estão agora em segurança, como que escondidos no lugar secreto do pavilhão do Senhor. Foram provados, e perante o mundo e os desprezadores da verdade, evidenciaram sua fidelidade Àquele que por eles morreu. Uma mudança maravilhosa sobreveio aos que mantiveram firme integridade em face mesmo da morte. Foram subitamente libertos da negra e terrível tirania de homens transformados em demônios. Seu rosto, pouco antes tão pálido, ansioso e descomposto, resplandece agora de admiração, fé e amor. Sua voz ergue-se em cântico triunfal: “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia. Pelo que não temeremos, ainda que a Terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza” (Sal. 46:1-3).

Enquanto estas palavras de santa confiança ascendem a Deus, as nuvens recuam, e se vêem os constelados céus, indescritivelmente gloriosos em contraste com o firmamento negro e carregado de cada lado. A glória da cidade celestial emana de suas portas entreabertas. Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. Diz o profeta: “Os céus anunciarão a Sua justiça; pois Deus mesmo é o juiz” (Salmo 50:6). Aquela santa lei, a justiça de Deus, que por entre trovões e chamas foi do Sinai proclamada como guia da vida, revela-se agora aos homens como a regra do juízo. A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra.

É impossível descrever o horror e desespero dos que pisaram os santos mandamentos de Deus. O Senhor lhes deu Sua lei; eles poderiam haver aferido seu caráter por ela, e conhecido seus defeitos enquanto ainda havia oportunidade para arrependimento e correção; mas, a fim de conseguir o favor do mundo, puseram de parte seus preceitos e ensinaram outros a transgredir. Esforçaram-se por compelir o povo de Deus a profanar o Seu sábado. Agora são condenados por aquela lei que desprezaram. Com terrível clareza vêem que se acham sem desculpas. Escolheram a quem servir e adorar. “Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que O não serve” (Mal. 3:18).

Os inimigos da lei de Deus, desde o ministro até ao menor dentre eles, têm nova concepção da verdade e do dever. Demasiado tarde vêem que o sábado do quarto mandamento é o selo do Deus vivo. Tarde demais vêem a verdadeira natureza de seu sábado espúrio, e o fundamento arenoso sobre o qual estiveram a construir. Acham que estiveram a combater contra Deus. Ensinadores religiosos conduziram almas à perdição, ao mesmo tempo que professavam guiá-las às portas do Paraíso. Antes do dia do ajuste final de contas, não se conhecerá quão grande é a responsabilidade dos homens no mister sagrado, e quão terríveis são os resultados de sua infidelidade. Somente na eternidade poderemos com acerto avaliar a perda de uma única alma. Terrível será a condenação daquele a quem Deus disser: Retira-te, mau servo.

A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória.

Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. Agora, não como “Homem de dores”, para sorver o amargo cálice da ignomínia e miséria, vem Ele vitorioso no Céu e na Terra para julgar os vivos e os mortos. “Fiel e verdadeiro”, Ele “julga e peleja em justiça.” E “seguiram-nO os exércitos no Céu” (Apoc. 19:11 e 14). Com antífonas de melodia celestial, os santos anjos, em vasta e inumerável multidão, acompanham-nO em Seu avanço. O firmamento parece repleto de formas radiantes – milhares de milhares, milhões de milhões. Nenhuma pena humana pode descrever esta cena, mente alguma mortal é apta para conceber seu esplendor. “A Sua glória cobriu os céus” e a Terra encheu-se do Seu louvor. E o Seu resplendor era como a luz” (Hab. 3:3 e 4). Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano. “E no vestido e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apoc. 19:16).

À Sua presença “se têm tornado macilentos todos os rostos”; sobre os que rejeitaram a misericórdia de Deus cai o terror do desespero eterno. “Derrete-se o coração, e tremem os joelhos”, “e os rostos de todos eles empalidecem” (Jer. 30:6; Naum 2:10). Os justos clamam, a tremer: “Quem poderá subsistir?” Silencia o cântico dos anjos, e há um tempo de terrível silêncio. Ouve-se, então, a voz de Jesus, dizendo: “A Minha graça te basta.” Ilumina-se a face dos justos, e a alegria enche todos os corações. E os anjos entoam uma melodia mais forte, e de novo cantam ao aproximar-se ainda mais da Terra.

O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de seu lugar. “Virá o nosso Deus, e não Se calará; adiante dEle um fogo irá consumindo, e haverá grande tormenta ao redor dEle. Chamará os céus, do alto, e a Terra para julgar o Seu povo” (Sal. 50:3-4).

“E os reis da Terra e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto dAquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir?” (Apoc. 6:15-17).'

REFLEXÃO: “Então os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se desimpedirão. Então o coxo saltará como o cervo, e a língua do mudo cantará de alegria” (Isaías 35:5-6)

Fonte: http://otempofinal.blogspot.com/2009/07/o-dia-em-que-o-sol-brilhara-meia-noite.html

O nascer do sol com Jesus

(adaptado do texto de Shirley C Iheanacho)

"Sua grande fidelidade é nova cada manhã, refrescante como o orvalho e certa como o nascer do sol" (Lamentações 3:23)

Ocorreu novamente hoje de manhã, enquanto fazíamos nossa caminhada bem cedinho. Meu esposo e eu estávamos para fazer uma curva quando nossos olhos captaram o lampejo de um majestoso nascer do sol. Impressionados, paramos para contemplar novamente as obras de Deus que iluminavam o céu, introduzindo o milagre de um dia novinho em folha. Mais um dia pelo qual sermos agradecidos, um dia para contemplar a bondade de Deus e as bênçãos abundantes que com tanta freqüência consideramos automáticas. Um cântico que muito tempo atrás costumávamos entoar me veio à mente de imediato. "Por belezas naturais, pelo azul do lindo céu, por encantos imortais, ó Senhor, ao trono Teu se erguerá, e com fervor, nossa voz em Teu louvor."

Continuamos a caminhada, mas o belo quadro permaneceu comigo e comecei a cantarolar a melodia: "Bem de manhã, sereno surge o dia; já aves mil entoam seu louvor. Luz vem encher o mundo de alegria. Bem de manhã, contigo estou, Senhor."

Quão abençoados somos por podermos apreciar o nascer do sol! Ouvir as aves trinando seus tons musicais; poder caminhar a passos rápidos e apreciar a brisa matutina. Elevar uma oração em favor da minha maravilhosa família, do meu local de trabalho, da igreja mundial e dos habitantes e líderes de nossa nação. Meu coração transborda de alegria e contentamento por essas magníficas dádivas que me fazem lembrar da fidelidade de Deus para conosco, cada manhã.

Ao refletir sobre a beleza daquela esplêndida alvorada, minha mente imagina o grande amanhecer que ocorrerá em breve, quando nosso amado Jesus, acompanhado por Suas hostes angélicas, incendiará os céus e todo olho O verá. Que dia de regozijo será aquele! Não mais haverá tristeza, doença, pranto, dor; não haverá mais médicos ou hospitais, contas para pagar, angústia de alma e espírito, e não mais a morte – somente a manhã eterna com Jesus. Quero contemplá-Lo face a face naquele grande e glorioso dia.

E você? Até lá, sejamos fiéis.

REFLEXÃO: "Porque Eu, o Senhor, não mudo... " (Malaquias 3:6)

Uma visão na Alemanha

(Pastor Sesóstris César Souza)

“E um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor os cercou de resplendor; pelo que se encheram de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais, porquanto vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo.” (Lucas 2:9-10)

Aconteceu em Hamburgo, Alemanha, no dia 5 de março de 1966, durante uma aula de linguagem num Instituto de ensino.

No decorrer da aula, um vulto de um homem suspenso no ar, apareceu parecendo-se como um anjo. Seu rosto era resplandecente e com voz solene disse: "Jesus Cristo em breve voltará". O professor da sala e os alunos ficaram assustados. E então o estranho continuou: "Alguns dos presentes aqui estarão vivos quando Ele voltar. Estejam prontos. Examinem diligentemente a bíblia e procurem a igreja que está anunciando a última mensagem de advertência ao mundo. A sede desta organização está no país onde estão sendo tratados os destinos do mundo"

Sem exitar, escreveram para várias denominações nos EUA, e todas elas mandaram representantes àquele país, mas todos foram rejeitados pois não correspondiam à descrição feita pelo "estranho".

Finalmente, escreveram à Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Na época, o Pastor Bartz viajava pela Europa e lhe foi pedido que entrasse em contato com o grupo. Quando entrou na mesma sala de aula, todos atônitos se levantaram, pois era exatamente a pessoa descrita pelo "estranho" e assim lhe deram boas vindas. A partir de então, o Pastor Bartz estudou a bíblia com aquele grupo e muitos foram batizados.

Esta história me foi contada por um irmão que veio da Alemanha. Certa vez, eu pregava na IASD Central de Curitiba e mencionei esta experiência. No fim do culto, um cavalheiro me procurou, me mostrou uma carta e disse: "Pastor, tudo o que disse é verdade. Tenho aqui uma carta de parentes meus da Alemanha" e a carta dizia em resumo:

"O Pastor Bartz conversava com dois irmãos e duas irmãs estudantes sobre o batismo. Os jovens discutiam entre si se deviam se batizar ou não. Reconhecendo problema, o pastor disse-lhes que se tivessem dúvidas, deveriam orar e Deus lhes mostraria o caminho. Ajoelharam-se, e quando estavam orando, o anjo lhes apareceu e lhes disse: 'Paz seja convosco, e cada um de vós seja batizado. Não deveis ter dúvidas, vós sereis Minhas testemunhas'". E a carta ainda dizia: "No mesmo instante em que oravam, o telefone tocou. Eram os irmãos de Paris, contando que lá haviam tido a mesma visão. Que um anjo lhes havia aparecido. E que a visão havia sido tão gloriosa que não havia linguagem humana para descrever". Os acontecimentos provocaram tamanha reação, tanto que o batismo marcado para o dia 17 de dezembro de 1966 acabou sendo antecipado para o dia 10 do mesmo mês.

Quatro foram batizados naquela data, e no dia 17, mais oito na igreja de Grundel. Na hora do batismo, o Pastor Bartz contou a visão a todos os presentes. Estava presente o Pastor Rubens R. Figuhr, então presidente da Associação Geral.

REFLEXÃO: “Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos; assim será também a vinda do Filho do homem.” (Mateus 24:37-39)

(Adaptado e extraído do livro "Anjos" - págs, 49,50,51. Edit.: Casa Publicadora Brasileira)

O Poder da Oração Intercessória

(adaptado do texto de Marlene Esteves Garcia)

"Peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam, e a porta lhes será aberta" (Mateus 7:7) - NVI
Minha mãe era uma cristã muito sincera, que procurava ser sempre um exemplo para a família. Era uma família grande de dez filhos, uma família típica que morava no interior da região sul do Brasil, tirando seu sustento exclusivamente da agricultura e da criação de um pequeno rebanho de animais.

Minha mãe desenvolvia a fidelidade cristã, devolvendo o dízimo e dando ofertas, orando a Deus todos os dias e pedindo a bênção do Senhor sobre sua família. Eu a via pedindo a Deus que seus filhos permanecessem unidos e fiéis a Ele em qualquer circunstância que enfrentassem.
Vovó Jeorgina, como era amavelmente chamada pelos netos, enfrentou muitas provas e desafios em sua vida. Tinha consciência de que a vida nem sempre era um mar de rosas, e sempre nos fazia lembrar das palavras de Jesus: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; Eu venci o mundo” (João 16:33).

Certa ocasião, quando nos mudamos em busca de melhores chances de trabalho e novas oportunidades na vida, mamãe enfrentou graves problemas de saúde. Numa sexta-feira à noite, ela começou a sentir uma dor aguda nos rins – era uma pedra. Em seu sofrimento e angústia, ela se lembrou de que na frente da nossa casa morava um fiel cristão, e pediu que o chamássemos.

Bondosamente, ele veio, leu a Bíblia e orou com fervor, confortando minha mãe, declarando que em breve ela não sentiria mais qualquer dor e dormiria calmamente, porque Jesus a havia curado. Não demorou para que a dor desaparecesse. Ela dormiu em paz, com imensa gratidão no coração pela cura que Jesus havia operado em sua vida.

Nunca mais teve dor nos rins. O milagre foi completo. A promessa de Jesus se cumprira na vida dela. “Bendiga o Senhor a minha alma! Não esqueça nenhuma de Suas bênçãos! É Ele que perdoa todos os seus pecados e cura todas as suas doenças” (Salmo 103:2, 3, NVI).

Se você está passando por problemas e lutas na vida, coloque-os nas mãos de Jesus. Peça que alguém ore com você e por você. Há poder na oração intercessória! Confie nesse Pai de amor, e milagres acontecerão na sua vida.

REFLEXÃO: “E esta é a confiança que temos nele, que se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. e, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que já alcançamos as coisas que lhe temos pedido” (I João 5:14-15)

Construindo Tendas de Oração

(adaptado do texto do pr Renato Vargens)

"Ora Moisés costumava tomar a tenda e armá-la para si, fora bem longe do arraial; e lhe chamava a Tenda da congregação. Todo aquele que buscava ao Senhor saía a tenda da Congregação, que estava fora do arraial. Quando Moisés saía para a Tenda, fora, todo o povo se erguia, cada um em pé a porta de sua tenda e olhavam pelas costas até entrar ele pela tenda. Uma vez Moisés dentro na tenda; descia a coluna de nuvem; e punha-se a porta da tenda; e o Senhor falava com Moisés. Falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala a seu amigo" (Êx 33:7, 8, 11)

Moisés é um dos maiores referenciais de espiritualidade na Bíblia. Assim como Abraão, Elias e Paulo, ele foi um daqueles que desenvolveram uma profunda relação com o Senhor. Recebeu uma das mais árduas tarefas já dadas por Deus a uma pessoa: libertar Israel da tirania do Egito e Conduzi-los à terra prometida. E assim ele o fez. Comandou de forma brilhante e paciente três milhões de pessoas pelo deserto até a divisa do rio Jordão, quando na ocasião, por volta dos seus 120 anos de idade, foi recolhido ao Deus de seus pais.

Moisés só pôde ser bem sucedido em sua missão devido aos intensos momentos dedicados ao Senhor, através da oração, intercessão e consagração. Jamais esqueça que é praticamente impossível transpor os desertos da existência sem despendermos tempo na tenda da congregação. Para sermos bem sucedidos na vida é absolutamente necessário edificarmos tendas.

Em dias como estes, somos desafiados pelo Senhor a buscar sua face e ouvir sua voz. Ele nos chama a armarmos individualmente nossas tendas bem longe do arraial. Em outras palavras, isto significa encontrar um lugar e um horário distante da correria e agitação cotidiana. Representa também, deixar de lado o choro das crianças, a complexidade do trabalho, os afazeres domésticos e dedicar tempo em comunhão com o Senhor.É preciso que entendamos que a única maneira de vencermos as dificuldades do "arraial" é saindo dele por um determinado momento.

Compreenda que, ainda que você tenha muitos problemas para resolver durante o dia, ou muitas questões para serem dirimidas, nem sempre você conseguirá resolvê-las de forma eficaz, a não ser que dedique parte do seu tempo para encontrar-se com Deus na tenda da oração. Quando oramos, expomos a vida a Deus, desnudando-nos por completo, demonstrando assim, um verdadeiro espírito de humildade e dependência. Ao orarmos conspiramos com Deus, ouvimos sua doce voz, compartilhamos nossos anseios e desejos nutrindo a alma de fé e esperança.

Não tenho dúvida de que o segredo do sucesso ministerial de Moisés estava relacionado ao tempo que dedicava a oração. Quer ser bem sucedido? Escolha um lugar, uma hora e busque a presença de Deus. Com certeza, você colherá frutos maravilhosos.

Se entendermos as etapas da germinação dos sonhos, resistirmos aos destruidores da esperança, bem como obedecermos a princípios práticos da palavra de Deus, estaremos dando largos passos em direção ao cumprimento das promessas do Senhor em nossas vidas. É indispensável que acreditemos com todas as nossas forças e com todo nosso entendimento que o mesmo Deus que plantou sonhos é quem mediante seu eterno poder os transformará em plena realidade.

REFLEXÃO: "A oração é um instrumento poderoso não para fazer com que a vontade do homem seja feita no céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra" (Robert Law)
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A OBRA DE ARTE DE DEUS

"Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos." (Efésios 2:10).

Conta-se que antes de começar um importante trabalho, o grande escultor, pintor, arquiteto e poeta Michelangelo viajou para as pedreiras da cidade de Carrara, situada a noroeste da Itália, e escolheu pessoalmente o bloco de mármore no qual iria realizar uma obra de arte. Enquanto supervisionava pessoalmente o trabalhoso transporte do bloco branco até seu estúdio, projetava em sua mente os contornos da estátua que seu cinzel iria esculpir.

Séculos antes, em sua epístola aos fiéis de Éfeso, o apóstolo Paulo escreveu uma poderosa passagem concernente à obra criadora de Deus na vida do cristão: "Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos BOAS OBRAS, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos." (Efésios 2:10). Significativamente, a palavra grega originial para "criação" é poieo. Este termo se refere à criação de um ARTISTA TALENTOSO. Em realidade, a frase-chave nessa passagem poderia ser traduzida como: "Nós somos o poema de Deus; nós somos a obra de arte de Deus".

Não existe ninguém como você. Bem no início, os seres humanos foram trazidos à existência mediante um ato criativo de Deus - não como resultado de uma fortuita interação de forças naturais. Cada um de nós é inigualável e, apesar de nossa condição pecaminosa, ainda portamos a imagem dAquele que nos fez. Quando vamos a Deus em busca de perdão e de uma vida mediante Jesus, Ele nos recria, transformando nossa vontade, afeições e própósitos. Essa miraculosa mudança é graciosamente oferecida e, de modo semelhante, tem de ser livremente aceita. Assim como Deus nos estende Sua misericordiosa mão, precisamos apegar-nos a ela a fim de sermos erguidos.

Deus preparou as boas obras para fazermos. Uma vez que experimentemos o novo nascimento em Cristo, somos capacitados a fazer o bem. Paulo se expressa com meridiana clareza explicando que nossas boas obras não são MEIOS de conseguirmos a salvação, mas o RESULTADO natural de havermos sido salvos. Como a roseira produz rosas e a macieira maçãs, as ações altruístas são uma consequência natural da vida de um cristão renascido. O Artista-Mestre nos recriou com um propósito - para planejar e agir em benefício de outrem. E Deus é quem proporciona oportunidades e nos motiva a usar nossos talentos, habilidades e dons para esse fim.

Podemos escolher fazer o bem. Em tudo isso, Deus respeita nossa individualidade e vontade. Ele não Se impõe e nem impinge Seus planos sobre nós, mas graciosamente convida-nos a nos tornarmos Suas mãos e pés - Seus instrumentos de misericórdia ao mundo. O Espírito Santo nos move à ação. Nossas palavras positivas podem transformar a tensa atmosfera de um escritório.

Nosso interesse pode transformar a exacerbada competitividade de uma sala de aula ou de trabalho. Nossas ações de amor podem transformar e reunir amigos e famílias separadas. Realmente, "o mais forte argumento em prol do evangelho é um cristão que sabe amar e é amável" (EGW, A Ciência do Bom Viver, 470).

O Artista-Mestre já agiu. A cena está montada. Diariamente, as oportunidades de fazer o bem acham-se disponíveis ao nosso redor. Meu desejo é que você e eu, optemos diariamente a agir como o Deus encarnado agiu; fazendo o bem a todos que cruzarem os nossos caminhos!

REFLEXÃO: "E formou o Senhor Deus o homem do PÓ DA TERRA, e SOPROU em suas narinas o FÔLEGO DE VIDA; e o homem FOI FEITO ALMA vivente." (Gênesis 2:7)

(Por Huberto M. Rasi - Diálogo Universitário 2/vol 16/2004)

O Grãozinho de Mostarda

(adaptado do texto de Margaret Tito)

"Portanto, a fé é assim: se não vier acompanhada de ações, é coisa morta" (Tiago 2:17) - NTLH

Eu não conseguia dormir. Muitos pensamentos desagradáveis me circulavam pela mente. Sentia-me sozinha. Meus filhos estavam em diferentes posições de responsabilidade e programas de estudo, e meu esposo cumpria seu itinerário costumeiro. Fechei os olhos e fiquei deitada por longo tempo. Pensamentos amedrontadores me atacaram, e o sono ficou muito distante. Eu pensava: E se... meu filho não for cauteloso ao dirigir para seu local de trabalho... Minha filha não cuidar de sua gripe e febre, e piorar... Meu caçula não conseguir um lugar apropriado onde ficar? E se meu esposo dormir demais, por estar cansado, e perder a próxima conexão do trem? Pensamentos que não acabavam mais. Orei: Senhor, dá-me sossego mental para que eu possa dormir. Mas não recebi nem sono nem paz.

A manhã chegou, com suas atividades de rotina. Levantei-me com o corpo pesado e a mente mais ainda. A primeira coisa foi telefonar para meus filhos. Durante o curso da conversa, expressei a eles minhas preocupações. Ouviram pacientemente e tentaram me consolar com palavras ternas e animadoras. O comentário do meu filho mais novo me deixou parada: “Mamãe, a senhora tem tantas bênçãos pelas quais ser agradecida, e não tem suficiente fé e confiança em Deus.” Como era verdade! Foi necessário que meu filho, mais jovem relativamente a anos de experiência, me ensinasse aquela grande lição. Foi um pensamento revitalizador para mim.

Sim, sou grata para com Deus, de modo que Lhe expressei gratidão por uma vida matrimonial feliz, com um esposo carinhoso e compreensivo, e por três filhos queridos. Manifestei gratidão por meus pais e irmãos solidários, pelos parentes por afinidade muito prestativos, que me aceitam como parte da família. Agradeci a Deus os vizinhos e colegas cordiais. E agradeci a Deus a própria vida que me é concedida.

Além disso, entendi que, se tivesse uma fé pequenina como um grão de mostarda, poderia ter dormido como uma montanha. De agora em diante, dentro da minha possibilidade, deixarei minha montanha de preocupações com o Senhor e pedirei aquela fé como uma sementinha de mostarda.

Sabe de uma coisa? Desde aquela noite, tenho dormido com aquele grãozinho de mostarda da minha fé, e dormido bem – como uma montanha!

REFLEXÃO: "... Porque a fé que vocês têm é pequena. Eu lhes asseguro que se vocês tiverem fé do tamanho de um grão de mostarda, poderão dizer a este monte: 'Vá daqui para lá, e ele irá. Nada lhes será impossível...' " (Mateus 17:20) - NVI

Fonte: www.maravilhosojesus.com.br

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